Identificação de ciclorrotas : mobilidade cicloviária entre os Campi Centro e Saúde da UFRGS

• Autor(a) principal: Osório, Marcos Vinícius Santos
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189341
• topic: Engenharia civil; Cycle paths; Bicycle College Campus; Bicycle level of service; Bike way design; Bicycle Safety; Urban mobility

Este trabalho visa identificar a melhor ciclorrota entre os campi centro e saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, localizados no município de Porto Alegre a partir do levantamento dos trajetos realizados por ciclistas que realizam esse deslocamento. No referencial teórico é abordada a relação da bicicleta dentro do contexto de mobilidade urbana e são indicadas suas características favoráveis e desfavoráveis em relação a outros modos. Em seguida, é definido o conceito de ciclorrota como a melhor rota disponível para ciclistas dentre as rotas cicláveis. Sendo possível que este caminho seja composto por trechos com ciclovias, ciclofaixas ou vias compartilhadas. São apresentados casos de ciclorrotas em capitais brasileiras sendo observadas semelhanças quanto ao uso de sinalização horizontal e vertical e diferenças em relação à utilização de vias calmas ou vias com maiores velocidades e a forma de determinar o trajeto. Por fim é feita a contextualização da área de estudo onde é identificado que a região possui vias com rampas aceitáveis e que os dois campi se localizam entre a rede cicloviária do Bom Fim e da Avenida Ipiranga. O método para coleta dos trechos se deu por meio de um questionário aplicado pessoalmente em locais de acesso aos campi e foi composto por uma parte relativa a características do participante e da viagem e outra parte com um mapa onde foi pedido que fosse traçado o caminho efetivo que realizava. A amostra indicou que os usuários desse trajeto são principalmente homens, jovens, estudantes da universidade que possuem bicicleta própria e viajam pela manhã ou tarde. Priorizam trajetos com, na seguinte ordem, menores distâncias, menores fluxos de veículos, pavimento de boa qualidade e presença de infraestrutura cicloviária. Identificaram como problemas a falta de ciclovias, falta de respeito no trânsito e mal estado de conservação das ruas. Para se deslocar entre os campi mais de 60% pedalam sobre a calçada em algum trecho devido ao medo de acidentes sendo que aproximadamente 30% pedalam no parque. No sentido campus saúde-centro, 40% realizam cruzamentos proibidos para realizar caminhos mais curtos, se expondo ao risco de colisões. A análise das rotas levantadas revelou que as principais ruas utilizadas são a Ramiro Barcelos, Osvaldo Aranha, Santana e Jerônimo de Ornelas, todas sem infraestrutura cicloviária. Foram identificados pontos críticos nos caminhos realizados tais como asfalto com condições ruins, calçamento irregular e cruzamentos de difícil realização que receberam propostas de melhorias através de sinalização e utilização de minirotatória, bike box e platô elevado. Os trechos obtidos dos entrevistados foram avaliados utilizando a metodologia proposta por Dixon (1998) cujo pressuposto é que para atrair ciclistas, as vias devem possuir certas características tais como maior largura de faixa, poucos conflitos e pequeno diferencial de velocidades. O resultado obtido foi à classificação em níveis de serviço com as melhores rotas concentradas na Av. Osvaldo Aranha. A ciclorrota resultante proposta utiliza trechos nessa avenida e trechos sobre o parque visando contemplar as priorizações indicadas pelos entrevistados e garantir maior segurança.