Perfil nutricional na alta hospitalar de recém-nascidos prematuros com muito baixo peso : dados de 12 utis neonatais brasileiras de 2012 a 2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marta, Stéfani Briskevitski
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/240626
Resumo: Introdução: o peso ao nascer é um indicador da qualidade de vida na infância, sendo o muito baixo peso (<1500g) um fator relevante na taxa de mortalidade infantil. Este critério, acrescido de piores desfechos causados pelo nascimento prematuro, como prejuízos no desenvolvimento a curto e a longo prazos, podem ser amenizados com uma nutrição adequada no início da vida, visando o crescimento e o desenvolvimento adequados da criança. Objetivo: descrever o estado nutricional na alta hospitalar de recém-nascidos prematuros com muito baixo peso de 12 Unidades de Terapia Intensiva Neonatais no Brasil. Métodos: análise descritiva de dados secundários provenientes de 12 Unidades de Terapia Intensivas Neonatais brasileiras, entre janeiro de 2012 a dezembro de 2020. A dieta na alta foi categorizada como 1) somente leite humano; 2) dieta mista (leite humano com fortificante ou leite humano e fórmula infantil); ou 3) alimentação com fórmula infantil exclusiva. O estado nutricional foi descrito segundo a curva de Fenton. O projeto foi aprovado pelo CEP HCPA número 2020-0333. Resultados: Foram incluídos 5737 recém-nascidos no estudo, sendo 52,1% do sexo feminino, 78% provenientes de gestação única e 72,7% dos nascimentos por cesariana. Ao nascer, média do peso foi 1.163g e a mediana da idade gestacional foi de 30,1 semanas. 31,2% dos recém nascidos foram classificados como pequenos para a idade gestacional (abaixo do percentil 10) ao nascer enquanto essa classificação subiu para 81,9% na alta. Na alta hospitalar, a mediana do peso foi 2.045g e da idade gestacional 37,3 semanas; a dieta predominante foi a mista (60,4%), seguida por somente leite humano (24,1%) e fórmula infantil exclusiva (15,5%). A mediana do tempo de internação foi 47 dias. Conclusão: O perfil nutricional da amostra demonstra agravo na incidência de pequenos para a idade gestacional e baixa dieta com leite humano exclusivo na alta hospitalar.
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A dieta na alta foi categorizada como 1) somente leite humano; 2) dieta mista (leite humano com fortificante ou leite humano e fórmula infantil); ou 3) alimentação com fórmula infantil exclusiva. O estado nutricional foi descrito segundo a curva de Fenton. O projeto foi aprovado pelo CEP HCPA número 2020-0333. Resultados: Foram incluídos 5737 recém-nascidos no estudo, sendo 52,1% do sexo feminino, 78% provenientes de gestação única e 72,7% dos nascimentos por cesariana. Ao nascer, média do peso foi 1.163g e a mediana da idade gestacional foi de 30,1 semanas. 31,2% dos recém nascidos foram classificados como pequenos para a idade gestacional (abaixo do percentil 10) ao nascer enquanto essa classificação subiu para 81,9% na alta. Na alta hospitalar, a mediana do peso foi 2.045g e da idade gestacional 37,3 semanas; a dieta predominante foi a mista (60,4%), seguida por somente leite humano (24,1%) e fórmula infantil exclusiva (15,5%). A mediana do tempo de internação foi 47 dias. Conclusão: O perfil nutricional da amostra demonstra agravo na incidência de pequenos para a idade gestacional e baixa dieta com leite humano exclusivo na alta hospitalar.Introduction: birth weight is an indicator of the quality of life in childhood, with very low birth weight (<1500g) being a relevant factor in the infant mortality rate. This criterion, in addition to the worse outcomes caused by premature birth, such as shortand long-term developmental impairments, can be mitigated with adequate nutrition in early life stages, aiming at the infant’s growth and development. Objective: to describe the nutritional status at hospital discharge of very low birth weight premature infants in 12 Neonatal Intensive Care Units in Brazil. Methods: descriptive analysis of secondary data from 12 Brazilian Neonatal Intensive Care Units, between January 2012 and December 2020. Diet at discharge was categorized as 1) human milk only; 2) mixed diet (human milk with fortifier; or human milk and formula), or 3) exclusive formula feeding. Nutritional status was assessed using the Fenton curve. The Clinicas Hospital Ethics Committee approved the project (number 2020-0333). Results: 5737 newborns were included in the analysis, 52,1% female, 78% from a single pregnancy, and 72.7% births delivered by csection. The mean birth weight was 1,163g and the median gestational age was 30.1 weeks. 31.2% of newborns were classified as small for gestational age (below the 10th percentile) at birth, while this classification rose to 81.9% at discharge. At hospital discharge, the median weight was 2,045g and the gestational age was 37.3 weeks; a mixed diet was the main diet at discharged (60.4%), followed by only human milk (24.1%) and exclusive formula (15.5%). The median length of stay was 47 days. Conclusion: The sample nutritional profile shows aggravation in the incidence of small for gestational age and a low prevalence of exclusive human milk diet at hospital discharge.application/pdfporRecém-nascido de muito baixo pesoNutrição do lactenteLeite humanoAleitamento maternoInfantVery low birth weightMilkHumanInfant nutritionPerfil nutricional na alta hospitalar de recém-nascidos prematuros com muito baixo peso : dados de 12 utis neonatais brasileiras de 2012 a 2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2022Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001142227.pdf.txt001142227.pdf.txtExtracted Texttext/plain26937http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240626/2/001142227.pdf.txt1bd8bc306d5920e37bc78211e1977bd6MD52ORIGINAL001142227.pdfTexto parcialapplication/pdf193569http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/240626/1/001142227.pdfce47469109caa5102c386b1a10b3b826MD5110183/2406262022-06-22 05:04:44.781215oai:www.lume.ufrgs.br:10183/240626Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-06-22T08:04:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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