Os quinze anos do caso Eloá: os sentidos construídos pelo G1 sobre uma vítima de feminicídio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Sophia Maia
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/274226
Resumo: O objetivo desta pesquisa é identificar quais foram os sentidos atribuídos à Eloá Cristina Pimentel, pelo portal de notícias g1, durante a cobertura de seu sequestro, em 2008, e 15 anos depois, em 2023. Para tanto, selecionamos 13 notícias: 10 publicadas em 2008, na cobertura ao vivo; e três publicadas em 2023, que relembravam o caso e faziam menção à estreia do programa Linha Direta, que trataria desse acontecimento. Para entender o contexto desse fato, apresentamos sua cronologia, fazendo uma reflexão sobre a conduta jornalística na cobertura frente às principais correntes teóricas da ética e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Além disso, os conceitos de sensacionalismo, gênero, patriarcado e feminicídio também são abordados em sua relação com o jornalismo. Como metodologia, utilizamos a Análise do Discurso (AD) de linha francesa, identificando três Formações Discursivas (FDs) com sentidos atribuídos à Eloá: Mulher vítima de homicídio (FD1), Mulher semelhante (FD2) e Mulher responsabilizada pelo crime (FD3). A FD1 foi a de maior incidência durante toda a cobertura, o que se explica pelo contexto do caso. A FD2 se acentua após a morte de Eloá, em uma tentativa de humanizar a vítima. Já a FD3, apesar de menos presente, explicita as caracterizações de Eloá enquanto ingrata e insubordinada, uma das principais diferenças entre as notícias de 2008 e 2023.
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