Explorando a possibilidade de atrito linguístico : uma análise acústica da produção da vogal átona final /e/ na variedade porto-alegrense do português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Bruna da Rosa de Los
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Alves, Ubiratã Kickhöfel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/182447
Resumo: Neste artigo, com o propósito de investigar efeitos de atrito linguístico, entre porto-alegrenses aprendizes de Espanhol como Segunda Língua (L2), analisamos a produção da vogal átona final /e/ em ambas as línguas desses aprendizes, verificando, mais especificamente, seus padrões acústicos (que dizem respeito à altura e anterioridade da língua, bem como os valores de duração absoluta e relativa) em comparação à produção de monolíngues de Espanhol (variedade de Montevidéu/Uruguai) e de Português (variedade de Porto Alegre/Brasil). Em nossas hipóteses prevíamos: (i) diferenças significativas nos valores das frequências formânticas (F1 e F2) e no padrão duracional das produções da vogal átona final /e/ entre as línguas dos bilíngues (Português/L1 e Espanhol/ L2); (ii) diferenças não significativas entre a vogal átona final /e/ do Espanhol produzida pelos bilíngues e a produzida pelos monolíngues de Espanhol; e (iii) diferenças significativas nas frequências formânticas (F1 e F2) e no padrão duracional entre a vogal átona final /e/ do PB produzida pelos bilíngues e a sua contraparte produzida pelos monolíngues de PB. Os dados de fala foram obtidos através de Tarefas de Leitura (leitura de frasesveículo). Os resultados indicaram que os bilíngues distinguem, em suas produções, a vogal átona final /e/ entre a L1 (Português) e a L2 (Espanhol), embora não tenham desenvolvido o padrão nativo de altura e anterioridade/posterioridade na L2. Em relação à L1, as produções vocálicas dos bilíngues não se diferenciam significativamente das dos monolíngues de PB. Entretanto, individualmente, alguns bilíngues apontam para sinais de atrito linguístico em altura e anterioridade/posterioridade vocálica.
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spelling Santos, Bruna da Rosa de LosAlves, Ubiratã Kickhöfel2018-09-22T03:01:41Z20182526-2718http://hdl.handle.net/10183/182447001075310Neste artigo, com o propósito de investigar efeitos de atrito linguístico, entre porto-alegrenses aprendizes de Espanhol como Segunda Língua (L2), analisamos a produção da vogal átona final /e/ em ambas as línguas desses aprendizes, verificando, mais especificamente, seus padrões acústicos (que dizem respeito à altura e anterioridade da língua, bem como os valores de duração absoluta e relativa) em comparação à produção de monolíngues de Espanhol (variedade de Montevidéu/Uruguai) e de Português (variedade de Porto Alegre/Brasil). Em nossas hipóteses prevíamos: (i) diferenças significativas nos valores das frequências formânticas (F1 e F2) e no padrão duracional das produções da vogal átona final /e/ entre as línguas dos bilíngues (Português/L1 e Espanhol/ L2); (ii) diferenças não significativas entre a vogal átona final /e/ do Espanhol produzida pelos bilíngues e a produzida pelos monolíngues de Espanhol; e (iii) diferenças significativas nas frequências formânticas (F1 e F2) e no padrão duracional entre a vogal átona final /e/ do PB produzida pelos bilíngues e a sua contraparte produzida pelos monolíngues de PB. Os dados de fala foram obtidos através de Tarefas de Leitura (leitura de frasesveículo). Os resultados indicaram que os bilíngues distinguem, em suas produções, a vogal átona final /e/ entre a L1 (Português) e a L2 (Espanhol), embora não tenham desenvolvido o padrão nativo de altura e anterioridade/posterioridade na L2. Em relação à L1, as produções vocálicas dos bilíngues não se diferenciam significativamente das dos monolíngues de PB. Entretanto, individualmente, alguns bilíngues apontam para sinais de atrito linguístico em altura e anterioridade/posterioridade vocálica.In this article, aiming to investigate the effects of language attrition among Brazilian learners (from the city of Porto Alegre) of Spanish (L2), we analyze the production of the word-final unstressed vowel /e/ in both their L1 and L2 systems. We verify their acoustic patterns (F1 and F2, as well as absolute and relative durations) in comparison to the vowels produced by Brazilian Portuguese monolinguals (from the city of Porto Alegre - Brazil) and Spanish monolinguals (from the city of Montevideo – Uruguay). We hypothesized (i) significant differences in F1, F2 and (absolute and relative) durational values between the two languages of the bilingual participants (L1: Portuguese, L2: Spanish); (ii) no significant differences in the productions of Spanish word-final unstressed /e/ by the L2 learners and the native speakers; (iii) significant differences, in terms of formant frequencies (F1 and F2 values) and duration (absolute and relative values), in the productions in Brazilian Portuguese by monolinguals and L2 leaners of Spanish. The data were collected in a sentence reading task. Our results show that the L2 leaners are able to produce a difference between Brazilian Portuguese (L1) /e/ and Spanish (L2) /e/, even though the target L2 pattern has not been fully developed. As for the L1 productions, significant differences between monolinguals and bilinguals have not been found. However, when analyzed individually, some learners show some signs of language attrition in their F1 and F2 values.application/pdfporGradus : revista brasileira de fonologia de laboratório. Curitiba, PR. Vol. 3, n. 1 (2018), p. 14-41LinguísticaLíngua espanholaAquisição de segunda línguaLanguage attritionWord-final unstressed vowel /e/Portuguese/ Spanish bilingualsExplorando a possibilidade de atrito linguístico : uma análise acústica da produção da vogal átona final /e/ na variedade porto-alegrense do português brasileiroinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001075310.pdfTexto completoapplication/pdf461435http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182447/1/001075310.pdf719711ea376beac6e6651e4f30f54d3eMD51TEXT001075310.pdf.txt001075310.pdf.txtExtracted Texttext/plain84981http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182447/2/001075310.pdf.txt5d28b476e6aeef92f372344cd55c975fMD52THUMBNAIL001075310.pdf.jpg001075310.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2028http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182447/3/001075310.pdf.jpgdfc037d3ac24b065956feff6725f3f36MD5310183/1824472022-11-06 05:37:58.911892oai:www.lume.ufrgs.br:10183/182447Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-11-06T07:37:58Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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