Intoxicação por Baccharis spp. em animais de interesse pecuário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/271993 |
Resumo: | Estudos realizados no Rio Grande do Sul (RS) demonstram que as intoxicações por plantas são importantes causas de mortes em animais de produção. Devido à grande importância da intoxicação por Baccharis spp. em animais de interesse pecuário no Sul do Brasil e o grande impacto econômico provocado pela doença, essa revisão tem por objetivo fornecer uma abordagem detalhada da intoxicação por B. coridifolia e B. megapotamica var. weirii e var. megapotamica em animais de interesse pecuário. A revisão possui o enfoque no princípio tóxico e patogenia dessas espécies, além de detalhar a epidemiologia, os sinais clínicos, lesões observadas, o diagnóstico, o controle e profilaxia e os diagnósticos diferenciais. As intoxicações por B. coridifolia e B. megapotamica ocorrem, principalmente, em bovinos e ovinos e geralmente estão relacionadas ao desconhecimento da planta por parte dos animais e a fome. B. coridifolia é mais difundida na fronteira oeste do RS e habita áreas secas do campo nativo. Já as intoxicações por B. megapotamica são observadas, principalmente, na região centro-sul e leste do RS e essa espécie é observada em áreas alagadas. As plantas possuem como princípios tóxicos os tricotecenos macrocíclicos, que são produzidos por fungos do gênero Myrothecium. Os animais intoxicados apresentam curso clínico agudo da doença e as manifestações relacionam-se, principalmente, a distúrbios digestivos, que incluem apatia, anorexia, dor abdominal, diarreia e desidratação. Na necropsia observa-se avermelhamento, hemorragia, edema e erosões na mucosa dos pré-estômagos dos ruminantes e no estômago dos equinos. Histologicamente, visualizam-se alterações degenerativas e necróticas no epitélio de revestimento desses órgãos. O diagnóstico da intoxicação por Baccharis spp. é realizado através dos achados epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos. É importante diferenciar a intoxicação, principalmente, de outras intoxicações por plantas que cursam com alterações do sistema gastrointestinal e acidose ruminal. A prevenção deve ser realizada através do manejo correto, evitando que os animais com fome ou que desconhecem a planta, sejam inseridos em campos com grande quantidade da Baccharis spp. |
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Gomes, Vinicius Tweedie de MattosPanziera, Welden2024-02-16T05:00:34Z2020http://hdl.handle.net/10183/271993001195622Estudos realizados no Rio Grande do Sul (RS) demonstram que as intoxicações por plantas são importantes causas de mortes em animais de produção. Devido à grande importância da intoxicação por Baccharis spp. em animais de interesse pecuário no Sul do Brasil e o grande impacto econômico provocado pela doença, essa revisão tem por objetivo fornecer uma abordagem detalhada da intoxicação por B. coridifolia e B. megapotamica var. weirii e var. megapotamica em animais de interesse pecuário. A revisão possui o enfoque no princípio tóxico e patogenia dessas espécies, além de detalhar a epidemiologia, os sinais clínicos, lesões observadas, o diagnóstico, o controle e profilaxia e os diagnósticos diferenciais. As intoxicações por B. coridifolia e B. megapotamica ocorrem, principalmente, em bovinos e ovinos e geralmente estão relacionadas ao desconhecimento da planta por parte dos animais e a fome. B. coridifolia é mais difundida na fronteira oeste do RS e habita áreas secas do campo nativo. Já as intoxicações por B. megapotamica são observadas, principalmente, na região centro-sul e leste do RS e essa espécie é observada em áreas alagadas. As plantas possuem como princípios tóxicos os tricotecenos macrocíclicos, que são produzidos por fungos do gênero Myrothecium. Os animais intoxicados apresentam curso clínico agudo da doença e as manifestações relacionam-se, principalmente, a distúrbios digestivos, que incluem apatia, anorexia, dor abdominal, diarreia e desidratação. Na necropsia observa-se avermelhamento, hemorragia, edema e erosões na mucosa dos pré-estômagos dos ruminantes e no estômago dos equinos. Histologicamente, visualizam-se alterações degenerativas e necróticas no epitélio de revestimento desses órgãos. O diagnóstico da intoxicação por Baccharis spp. é realizado através dos achados epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos. É importante diferenciar a intoxicação, principalmente, de outras intoxicações por plantas que cursam com alterações do sistema gastrointestinal e acidose ruminal. A prevenção deve ser realizada através do manejo correto, evitando que os animais com fome ou que desconhecem a planta, sejam inseridos em campos com grande quantidade da Baccharis spp.Studies carried out in Rio Grande do Sul (RS) show that intoxications by plants are important causes of deaths of livestock animals. Due to the great importance of Baccharis spp. for livestock animals in southern Brazil and to the great economic impact caused by the poisoning, this review seeks to detail the poisoning by B. coridifolia and B. megapotamica var. weirii and var. megapotamica in farm animals. The review emphasizes the toxic principle and pathogenesis of these species, in addition to detail the epidemiology, clinical signs, diagnosis, lesions observed, control and prophylaxis and differential diagnoses. Poisoning by B. coridifolia and B. megapotamica occurs mainly in cattle and sheep and is generally related to lack of knowledge of the plant by the animals and hunger. B. coridifolia is widespread on the western border of RS and inhabits dry areas of the native field. B. megapotamica intoxications are observed mainly in the south-central and eastern regions of Rio Grande do Sul and this species is observed in flooded areas. The toxic principles of plants are macrocyclic trichothecenes, which are produced by fungi of the genus Myrothecium. Intoxicated animals have an acute clinical course of the disease and the manifestations are mainly related to digestive disorders, which include apathy, anorexia, abdominal pain, diarrhea and dehydration. At necropsy, redness, hemorrhage, edema and erosions are observed in the mucosa of rumen, pre-stomachs and in the stomach of horses. Histologically, degenerative and necrotic changes are seen in the lining epithelium of these organs. The diagnosis of Baccharis spp. is carried out through epidemiological, clinical and anatomopathological findings. It is important to differentiate the intoxication, especially from other plants intoxications that are associated with changes in the gastrointestinal system and ruminal acidosis. Preventive control must be carried out through correct management, preventing animals that are hungry or that are unaware of the plant, from being inserted in fields with a large amount of Baccharis spp.application/pdfporToxicologia veterináriaPlantas tóxicasIntoxicacao por plantasBaccharisRuminantesRio Grande do SulToxic plantsMio-mioBaccharis coridifoliaBaccharis megapotamicaCattleSheepHorsesGastrointestinal systemRumenitisIntoxicação por Baccharis spp. em animais de interesse pecuárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2020Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001195622.pdf.txt001195622.pdf.txtExtracted Texttext/plain50172http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271993/2/001195622.pdf.txt84909c452da3df46e09c146b7e82f50eMD52ORIGINAL001195622.pdfTexto completoapplication/pdf532965http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271993/1/001195622.pdf950c0e02a868e05de2f24c0f98e3c807MD5110183/2719932024-02-17 05:55:40.955349oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271993Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-17T07:55:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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