Lesbianidades e identizações no ciberespaço : as narrativas de jovens ativistas no instagram como parte da luta contra a lesbofobia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/235123 |
Resumo: | Neste artigo, propomo-nos a analisar como jovens lésbicas constroem suas identizaçõesem ativismos contra a lesbofobia a partir das narrativas que produzem em redes sociais, e como esse tipo de ativismo contribui para sua luta. Discorre-se, inicialmente, sobre abor-dagens históricas e científicas da lesbianidade e sobre lesbofobia, recorrendo-se, neste caso, às teorizações de Ángela Lorenzo. Em articulação, trabalhamos com o conceito de ‘identização’, tal como problematizado por Alberto Melucci, com vistas à discussão sobre produção identitária e ativismo. A abordagem metodológica alinha-se com a etnografia vir-tual, neste caso realizada na rede social Instagram, durante o ano de 2021. Foram selecio-nadas postagens publicadas por quatro jovens lésbicas, com idades entre 25 e 34 anos, escolhidas por tornarem visíveis assuntos sobre as lesbianidades. As análises mostraram que prevalece o teor autobiográfico das narrativas textuais e imagéticas. São variadas as estratégias narrativas empregadas para investir e tornar visíveis pautas dos movimentos lésbicos. Podemos afirmar que as identizações dessas ativistas são construídas cotidiana-mente na escrita sobre si, bem como no desenvolvimento de uma rede de trocas de infor-mações e afetos com outras lésbicas. Há um uso explicitamente político do Instagram, à medida que as postagens tornam correntes temascomo as lesbianidades e as existências lésbicas, buscando, também, reconhecimento de lutas e identidades. |
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Liebgott, Camila BoninPinheiro, Leandro Rogério2022-02-15T04:38:01Z20212675-3758http://hdl.handle.net/10183/235123001136588Neste artigo, propomo-nos a analisar como jovens lésbicas constroem suas identizaçõesem ativismos contra a lesbofobia a partir das narrativas que produzem em redes sociais, e como esse tipo de ativismo contribui para sua luta. Discorre-se, inicialmente, sobre abor-dagens históricas e científicas da lesbianidade e sobre lesbofobia, recorrendo-se, neste caso, às teorizações de Ángela Lorenzo. Em articulação, trabalhamos com o conceito de ‘identização’, tal como problematizado por Alberto Melucci, com vistas à discussão sobre produção identitária e ativismo. A abordagem metodológica alinha-se com a etnografia vir-tual, neste caso realizada na rede social Instagram, durante o ano de 2021. Foram selecio-nadas postagens publicadas por quatro jovens lésbicas, com idades entre 25 e 34 anos, escolhidas por tornarem visíveis assuntos sobre as lesbianidades. As análises mostraram que prevalece o teor autobiográfico das narrativas textuais e imagéticas. São variadas as estratégias narrativas empregadas para investir e tornar visíveis pautas dos movimentos lésbicos. Podemos afirmar que as identizações dessas ativistas são construídas cotidiana-mente na escrita sobre si, bem como no desenvolvimento de uma rede de trocas de infor-mações e afetos com outras lésbicas. Há um uso explicitamente político do Instagram, à medida que as postagens tornam correntes temascomo as lesbianidades e as existências lésbicas, buscando, também, reconhecimento de lutas e identidades.In this article we propose ourselves to analyze how young lesbians build their identities in activisms against lesbophobia from the narratives they produce on the social media Instagram and how this kind of activism contributes to their fight. We discuss, at first, about historical and scientific approaches of lesbianity and about lesbophobia –poli-tical mechanism of oppression, social domination and subordination of lesbians –using the theorizations of Lorenzo (2012). The concept of “identity” is brought from Melucci (2004) as a field of action with a personal and self-reflective character, built from the definition of ourselves. The methodological approach aligns with the virtual ethnography (HINE, 2004), made in the social media Instagram in 2021. Public posts were selected by four young les-bians, with ages between 25 and 34 years old. The profiles were selected for turning visible subjects about lesbianities, and the analyses show that the autobiographical content pre-vails in the textual narratives and image from the activists, being a feature of online acti-vism. There are multiple narrative strategies applied to invest and turn visible the topic of lesbian movements. We can state that the identities of these activists are built daily by writing about themselves, as well as by the development of a net of exchange of informa-tion and affection with other lesbians. There is apolitical use of Instagram as posts turn lesbianities and the lesbian existences into common themes, searching, also, identity and fight acknowledgment.En este artículo nos proponemos analizar cómo las jóvenes lesbianas constru-yen sus identizaciones en el activismo contra la lesbofobia a partir de las narrativas que producen en las redes sociales, y cómo este tipo de activismo contribuye a su lucha. Inicial-mente, se discuten acercamientos históricos y científicos a la lesbianidad y la lesbofobia, recurriendo, en este caso, a las teorizaciones de Ángela Lorenzo. En articulación, se trabaja con el concepto de ‘identización',como lo discutió Alberto Melucci, con miras a discutir la producción identitaria y el activismo. El enfoque metodológico está en línea con la etno-grafía virtual, en este caso realizada en la red social Instagram durante 2021. Se seleccio-naron los posts publicados por cuatro jóvenes lesbianas, de entre 25 y 34 años, elegidos para visibilizar temas sobre lesbianidades. Los análisis mostraron que prevalece el conte-nido autobiográfico de las narrativas textuales y de imágenes. Las estrategias narrativas utilizadas para invertir y visibilizar las agendas de los movimientos lésbicos son variadas. Podemos afirmar que las identizaciones de estas activistas se construyen a diario en la es-critura sobre sí mismas, así como en el desarrollo de una red de intercambios de informa-ción y afectos con otras lesbianas. Hay un uso explícitamente político de Instagram, ya que las publicaciones actualizan temas como las lesbiandades y las existencias lésbicas, bus-cando también el reconocimiento de luchas e identidades.application/pdfporSul-Sul: Revista de Ciências Humanas e Sociais. Barreiras, BA. Vol. 2, n. 2 (2021), p. 105-131JuventudeLesbianismoIdentidadeRedes sociaisNarrativasLesbophobiaIdentityLesbian activismYouthOnline narrativesSocietyRacismDomesticjobPandemicActivismo lésbicoLesbofobiaIdentizacionesJuventudesLesbianidades e identizações no ciberespaço : as narrativas de jovens ativistas no instagram como parte da luta contra a lesbofobiainfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001136588.pdf.txt001136588.pdf.txtExtracted Texttext/plain70508http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235123/2/001136588.pdf.txt7993398eae067a0c18eb09353ecb02d2MD52ORIGINAL001136588.pdfTexto completoapplication/pdf1167400http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/235123/1/001136588.pdfefdb19aa017ba2c09e8e442cd09a1936MD5110183/2351232022-02-22 04:45:43.121437oai:www.lume.ufrgs.br:10183/235123Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T07:45:43Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Neste artigo, propomo-nos a analisar como jovens lésbicas constroem suas identizaçõesem ativismos contra a lesbofobia a partir das narrativas que produzem em redes sociais, e como esse tipo de ativismo contribui para sua luta. Discorre-se, inicialmente, sobre abor-dagens históricas e científicas da lesbianidade e sobre lesbofobia, recorrendo-se, neste caso, às teorizações de Ángela Lorenzo. Em articulação, trabalhamos com o conceito de ‘identização’, tal como problematizado por Alberto Melucci, com vistas à discussão sobre produção identitária e ativismo. A abordagem metodológica alinha-se com a etnografia vir-tual, neste caso realizada na rede social Instagram, durante o ano de 2021. Foram selecio-nadas postagens publicadas por quatro jovens lésbicas, com idades entre 25 e 34 anos, escolhidas por tornarem visíveis assuntos sobre as lesbianidades. As análises mostraram que prevalece o teor autobiográfico das narrativas textuais e imagéticas. São variadas as estratégias narrativas empregadas para investir e tornar visíveis pautas dos movimentos lésbicos. Podemos afirmar que as identizações dessas ativistas são construídas cotidiana-mente na escrita sobre si, bem como no desenvolvimento de uma rede de trocas de infor-mações e afetos com outras lésbicas. Há um uso explicitamente político do Instagram, à medida que as postagens tornam correntes temascomo as lesbianidades e as existências lésbicas, buscando, também, reconhecimento de lutas e identidades. |
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