Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Miquéias Job da
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Bongiolo, Everton Marques, Ávila, Ciro Alexandre
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40026
Resumo: Rochas neoarqueanas afloram nas adjacências dos municípios mineiros de Lavras e Nepomuceno, na borda meridional do Cráton do São Francisco. Critérios texturais e estruturais abordados neste trabalho permitiram a individualização do ortognaisse Lavras e de um metagranito fino. O ortognaisse Lavras, unidade de maior expressão local, é um litotipo foliado, leuco- a mesocrático, cinza a cinza-escuro, com granulação média a grossa e textura variável entre granolepidoblástica e porfiroclástica. Sua assembleiamineral essencial é constituída por quartzo, oligoclásio, microclínio, biotita e hornblenda, enquanto zircão, titanita1 e apatita são acessórios. Biotita2, titanita2, clorita, epidoto, zoisita, estilpnomelano e carbonato são minerais metamórficos. O ortognaisse contém xenólitos anfibolíticos e metaultramáficos, bem como enclaves microgranulares máficos, que estão orientados segundo a foliação. Por outro lado, o ortognaisse Lavras é intrudido por (i) um metagranito equigranular, cinza claro e de granulação fina, não descrito anteriormente e caracterizado neste estudo, (ii) pegmatitos de dimensões variadas e (iii) diques metamáficos. O metagranito éhololeucocrático, homogêneo, incipientemente foliado e composto por quartzo, microclínio, oligoclásio e biotita. O ortognaisse Lavras varia amplamente em relação aos aspectos texturais, pois é seccionado por zonas de cisalhamento de orientação preferencial NW-SE. Feições microtectônicas revelam estruturas de deformação típicas de milonitos de baixo a médio grau (200-300ºC a 400-500ºC) no ortognaisse e no metagranito, enquanto indicadores cinemáticos apontam para movimentação predominantemente destral. A partir dos dados obtidos, sugere-se que a crosta arqueana da área de estudo teve uma evolução policíclica, diferentemente do que era descrito anteriormente na literatura. A presença de enclaves microgranulares máficos no ortognaisse Lavras e de cristais maiores de feldspato do ortognaisse nos domínios internos dos enclaves apontam para a sincronicidade entre líquidos de diferentes composições e processos de magma mingling. Da mesma forma, as feições observadas entre o ortognaisse Lavras e o metagranito sugerem processos de interação mecânica e relativa contemporaneidade entre seus melts predecessores, indicando magma mingling entre eles.
id UFRJ-21_4ee9f2532c7a6cecc7c6b4eb072513ca
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/40026
network_acronym_str UFRJ-21
network_name_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository_id_str
spelling Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, BrasilOrtognaisse Lavras; Neoarqueano; Cráton do São FranciscoRochas neoarqueanas afloram nas adjacências dos municípios mineiros de Lavras e Nepomuceno, na borda meridional do Cráton do São Francisco. Critérios texturais e estruturais abordados neste trabalho permitiram a individualização do ortognaisse Lavras e de um metagranito fino. O ortognaisse Lavras, unidade de maior expressão local, é um litotipo foliado, leuco- a mesocrático, cinza a cinza-escuro, com granulação média a grossa e textura variável entre granolepidoblástica e porfiroclástica. Sua assembleiamineral essencial é constituída por quartzo, oligoclásio, microclínio, biotita e hornblenda, enquanto zircão, titanita1 e apatita são acessórios. Biotita2, titanita2, clorita, epidoto, zoisita, estilpnomelano e carbonato são minerais metamórficos. O ortognaisse contém xenólitos anfibolíticos e metaultramáficos, bem como enclaves microgranulares máficos, que estão orientados segundo a foliação. Por outro lado, o ortognaisse Lavras é intrudido por (i) um metagranito equigranular, cinza claro e de granulação fina, não descrito anteriormente e caracterizado neste estudo, (ii) pegmatitos de dimensões variadas e (iii) diques metamáficos. O metagranito éhololeucocrático, homogêneo, incipientemente foliado e composto por quartzo, microclínio, oligoclásio e biotita. O ortognaisse Lavras varia amplamente em relação aos aspectos texturais, pois é seccionado por zonas de cisalhamento de orientação preferencial NW-SE. Feições microtectônicas revelam estruturas de deformação típicas de milonitos de baixo a médio grau (200-300ºC a 400-500ºC) no ortognaisse e no metagranito, enquanto indicadores cinemáticos apontam para movimentação predominantemente destral. A partir dos dados obtidos, sugere-se que a crosta arqueana da área de estudo teve uma evolução policíclica, diferentemente do que era descrito anteriormente na literatura. A presença de enclaves microgranulares máficos no ortognaisse Lavras e de cristais maiores de feldspato do ortognaisse nos domínios internos dos enclaves apontam para a sincronicidade entre líquidos de diferentes composições e processos de magma mingling. Da mesma forma, as feições observadas entre o ortognaisse Lavras e o metagranito sugerem processos de interação mecânica e relativa contemporaneidade entre seus melts predecessores, indicando magma mingling entre eles.Universidade Federal do Rio de JaneiroCNPq, CAPES, FAPERJSilva, Miquéias Job daBongiolo, Everton MarquesÁvila, Ciro Alexandre2020-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/4002610.11137/2020_4_18_33Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 18_33Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 18_331982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40026/21739/*ref*/Almeida, J.A.C.; Dall'Agnol, R. & Leite, A.A.S. 2013. Geochemistry and zircon geochronology of the Archean granite suites of the Rio Maria granite-greenstone terrane, Carajás Province, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 42: 103-126. Araújo, A.J.D.; Bongiolo, E.M. & Ávila, C.A. 2019. The southern São Francisco Craton puzzle: Insights from aerogeophysical and geological data. Journal of South American Earth Sciences, 94, 102203. https://doi.org/10.1016/j.jsames.2019.05.019 Ávila, C.A.; Teixeira, W.; Cordani, U.G.; Moura, C.A.V. & Pereira, R.M. 2010. Rhyacian (2.23 220 Ga) juvenile accretion in the southern São Francisco craton, Brazil: Geochemical and isotopic evidence from the Serrinha magmatic suite, Mineiro belt. Journal of South American Earth Sciences, 29: 464-482. Ávila, C.A.; Teixeira, W.; Bongiolo, E.M.; Dussin, I. & Vieira, T.A.T. 2014. Rhyacian evolution of subvolcanic and metasedimentary rocks of the southern segment of the Mineiro belt, São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 243: 221-251. Babinski, M.; Chemale Jr, F. & Van Schmus, W.R. 1995. The Pb/Pb age of the Minas Supergroup carbonate rocks, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Precambrian Research, 72: 235-245. Campos, J.C.S. 2004. O Lineamento Jeceaba-Bom Sucesso como Limite dos Terrenos Arqueanos e Paleoproterozóicos do Cráton São Francisco Meridional: Evidências Geológicas, Geoquímicas (Rocha Total) e Geocronológicas (U–Pb). Programa de Pós-graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Universidade Federal de Ouro Preto, Tese de Doutorado, 191p. Cardoso, C.D.; Ávila, C.A.; Neumann, R.; Oliveira, E.P.; Valeriano, C.M. & Dussin, I.A. 2019. A Rhyacian continental arc during the evolution of the Mineiro belt, Brazil: Constraints from the Rio Grande and Brumado metadiorites. Lithos, 326: 246-264. Castro, A. 2014. The off-crust origin of granite batholiths. Geoscience Frontiers, 5: 63-75. CPRM (Brazilian Geological Survey)/Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais) Partnership, 2014. Geological Map of the State of Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil, Integração, Atualização e Difusão de Dados da Geologia do Brasil - Projeto Mapas Geológicos Estaduais. Dorr, J.V.N. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. U.S. Geological Survey, U.S.G.S. 110 p. Farina, F.; Albert, C. & Lana, C. 2015. The Neoarchean transition between medium and high-K granitoids: clues from the Southern São Francisco Craton (Brazil). Precambrian Research, 266: 375-394. Frost, C.D.; Frost, B.R.; Kirkwood, R. & Chamberlain, K.R. 2006. The tonalite-trondhjemite-granodiorite (TTG) to granodiorito-granite (GG) transition in the late Archean plutonic rocks of the central Wyoming Province. Canadian Journal of Earth Sciences, 43: 1419-1444. Grohmann, C.H. & Campanha, G.A.C. 2010. OpenStereo: open source, cross-platform software for structural geology analysis. Presented at the AGU 2010 Fall Meeting, San Francisco, CA. Hartmann, L.A.; Endo, I.; Suita, M.T.F.; Santos, J.O.S.; Frantz, J.C.; Carneiro, M.A.; Naughton, N.J. & Barley, M.E. 2006. Provenance and age delimitation of Quadrilátero Ferrífero sandstones based on zircon U-Pb isotopes. Journal of South American Earth Sciences, 20: 273-285. Heilbron, M.; Duarte, B.P.; Valeriano, C.M.; Simonetti, A.; Machado, N. & Nogueira, J.R. 2010. Evolution of reworked Paleoproterozoic basement rocks within the Ribeira belt (Neoproterozoic), SE-Brazil, based on U/ Pb geochronology: Implications for paleogeographic reconstructions of the São Francisco-Congo paleocontinent. Precambrian Research, 178: 136-148. Hibbard, M.J. 1995. Mixed magma rocks. Petrography to petrogenesis. New Jersey: Prentice-Hall, Inc. p. 242-260. Hirth, G. & Tullis, J. 1992. Dislocation creep regimes in quartz aggregates. Journal of Structural Geology, 14: 145-159. Lana, C.; Alkmim, F.F.; Armstrong, R.; Scholz, R.; Romano, R. & Nalini, H.A. 2013. The ancestry and magmatic evolution of Archaean TTG rocks of the Quadrilátero Ferrífero province, southeast Brazil. Precambrian Research, 231: 157-173. Laurent, O.; Martin, H.; Moyen, J.F. & Doucelance, R. 2014. The diversity and evolution of late-Archean granitoids: Evidence for the onset of “modern-style” plate tectonics between 3.0 and 2.5 Ga. Lithos, 205: 208-235. Le Maître, R.W. 2002. Igneous rocks. A Classification and Glossary of Terms. Recommendations of the International Union of Geological Sciences, Sub-Commission on the Systematics of Igneous Rocks, Cambridge University Press, 236p. Moreno, J.A.; Baldim, M.R.; Semprich, J.; Oliveira, E.P.; Verma, S.K. & Teixeira, W. 2017. Geochronological and geochemical evidences for extension-related Neoarchean granitoids in the southern São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 294: 322-343. Moyen, J.F. 2011. The composite Archaean grey gneisses: petrological significance, and evidence for a non-unique tectonic setting for Archaean crustal growth. Lithos, 123: 21–36. Moyen, J.F.; Martin, H.; Jayananda, M. & Auvray, B. 2003. Late Archaean granites: A typology based on the Dharwar Craton (India). Precambrian Research, 127: 103–123. Moyen, J.F. & Martin, H. 2012. Forty years of TTG research. Lithos, 148: 312–336. Neri, M.E.N.V.; Rosière, C.A. & Lana, C.C. 2013. Supergrupo Minas na Serra de Bom Sucesso, extremo sudoeste do Quadrilátero Ferrífero – MG: petrografia, geoquímica e isótopos de U-Pb. Revista Geologia USP. Série Científica, 13: 117–202. Noce, C.M.; Teixeira, W.; Quéméneur, J.J.; Martins, V.T. & Bolzachini, É. 2000. Isotopic signatures of Paleoproterozoic granitoids from the southern São Francisco Craton and implications for the evolution of the Transamazonian Orogeny. Journal of South American Earth Sciences, 13: 225–239. Noce, C.M.; Pedrosa-Soares, A.C.; Silva, L.C. & Alkmim, F.F. 2007. O Embasamento Arqueano e Paleoproterozóico do Orógeno Araçuaí. Geonomos, 15: 25-43. Quéméneur, J.J.G. 1996. Os magmatismos de idade arqueana e transamazônica na região Campos das Vertentes, MG (sul do Cráton São Francisco), com base em geoquímica e geocronologia. Universidade Federal de Minas Gerais, Tese de Livre Docência, 79p. Paciullo, F.V.P.; Trouw, R.A.J.; Ribeiro, A.; Cherman, A.; Chrispim, S. & Maciel, R.R. 2008. Folha Nepomuceno (SF.23-V-D-III). Escala 1:100.000: relatório final. Rio de Janeiro, 2007. Programa Geologia do Brasil: Levantamentos Geológicos Básicos. Passchier, C.W. & Trouw, R.A.J. 2005. Micro-tectonics. Berlin, Springer-Verlag, 366p. Renger, F.E.; Noce, C.M.; Romano, A.W. & Machado, N. 1994. Evolução sedimentar do Supergrupo Minas: 500 Ma de registro geológico no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. Geonomos, 2: 1-11. Romano, R.; Lana, C.; Alkmim, F.F.; Stevens, G. & Armstrong, R. 2013. Stabilization of the Southern São Francisco Craton, SE Brazil, through a long-lived and episodic period of potassic magmatism. Precambrian Research, 224: 1-20. Rosenberg, C.L. & Stünitz, H. 2003. Deformation and recrystallization of plagioclase along temperature gradient: an example from the Bergell tonalite. Journal of Structural Geology, 25: 389-408. Simon, M.B.; Bongiolo, E.M.; Ávila, C.A.; Oliveira, E.P.; Teixeira, W.; Stohler, R.C. & Soares de Oliveira, F.V. 2018. Neoarchean reworking of TTG-like crust in the southernmost portion of the São Francisco Craton: U-Pb zircon dating and geochemical evidence from the São Tiago Batholith. Precambrian Research, 314: 353-376. Stipp, M.; Stunitz, H.; Heilbronner, R . & Schmid, S.M. 2002. The eastern Tonale fault zone: A ‘‘natural laboratory’’ for crystal plastic deformation of quartz over a temperature range from 250ºC to 700ºC. Journal of Structural Geology, 24: 1861-1884. Streckeisen, A. 1976. To each plutonic rock, its proper name. Earth Sciences Reviews, 12: 1–33. Teixeira, W.; Carneiro, M.A.; Noce, C.M.; Machado, N.; Sato, K. & Taylor, P.N. 1996. Pb, Sr and Nd isotope constraints on the Archean evolution of gneissic-granitoid complexes in the southern São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 78: 151-164. Teixeira, W.; Cordani, U.G.; Nutman, A.P. & Sato, K. 1998. Polyphase Archean evolution in the Campo Belo Metamorphic Complex, Southern São Francisco Craton, Brasil: SHRIMP U-Pb zircon evidence. Journal of South American Earth Sciences, 11: 279-289. Teixeira, W.; Ávila, C.A.; Dussin, I.; Correa Neto, A.V.; Bongiolo, E.M.; Santos, J.O. & Barbosa, N. 2015. A juvenile accretion episode (2.35-2.32Ga) in the Mineiro belt and its role to the Minas accretionary orogeny: Zircon U-Pb-Hf and geochemical evidences. Precambrian Research, 256: 148-169. Trouw, R.A.J.; Peternel, R.; Ribeiro, A.; Heilbron, M.; Vinagre, R.; Duffles, P.; Trouw, C.C.; Fontainha, M. & Kussama, H.H. 2013. A new interpretation for the interference zone between the southern Brasília belt and the central Ribeira belt, SE Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 48: 43–57. Vernon, R. H. 1984. Microgranitoid enclaves in granites - Globules of hybrid magma quenched in a plutonic environment. Nature, 309(5967): 438-439. Whitney D.L. & Evans B.W. 2010. Abbreviations for names of rock forming minerals. American Mineralogist, 95: 185-187. Williams, H.; Turner, F.J. & Gilbert, C.M. 1970. Petrografia: uma introdução ao estudo das rochas em seções delgadas. Publisher, USP, 445p.Copyright (c) 2020 Anuário do Instituto de Geociênciashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-28T02:11:17Zoai:www.revistas.ufrj.br:article/40026Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/indexPUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/oaianuario@igeo.ufrj.br||1982-39080101-9759opendoar:2021-12-28T02:11:17Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
title Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
spellingShingle Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
Silva, Miquéias Job da
Ortognaisse Lavras; Neoarqueano; Cráton do São Francisco
title_short Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
title_full Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
title_fullStr Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
title_full_unstemmed Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
title_sort Aspectos Petrográficos e Estruturais do Ortognaisse Lavras, Borda Meridional do Cráton do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
author Silva, Miquéias Job da
author_facet Silva, Miquéias Job da
Bongiolo, Everton Marques
Ávila, Ciro Alexandre
author_role author
author2 Bongiolo, Everton Marques
Ávila, Ciro Alexandre
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv CNPq, CAPES, FAPERJ
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Miquéias Job da
Bongiolo, Everton Marques
Ávila, Ciro Alexandre
dc.subject.por.fl_str_mv Ortognaisse Lavras; Neoarqueano; Cráton do São Francisco
topic Ortognaisse Lavras; Neoarqueano; Cráton do São Francisco
description Rochas neoarqueanas afloram nas adjacências dos municípios mineiros de Lavras e Nepomuceno, na borda meridional do Cráton do São Francisco. Critérios texturais e estruturais abordados neste trabalho permitiram a individualização do ortognaisse Lavras e de um metagranito fino. O ortognaisse Lavras, unidade de maior expressão local, é um litotipo foliado, leuco- a mesocrático, cinza a cinza-escuro, com granulação média a grossa e textura variável entre granolepidoblástica e porfiroclástica. Sua assembleiamineral essencial é constituída por quartzo, oligoclásio, microclínio, biotita e hornblenda, enquanto zircão, titanita1 e apatita são acessórios. Biotita2, titanita2, clorita, epidoto, zoisita, estilpnomelano e carbonato são minerais metamórficos. O ortognaisse contém xenólitos anfibolíticos e metaultramáficos, bem como enclaves microgranulares máficos, que estão orientados segundo a foliação. Por outro lado, o ortognaisse Lavras é intrudido por (i) um metagranito equigranular, cinza claro e de granulação fina, não descrito anteriormente e caracterizado neste estudo, (ii) pegmatitos de dimensões variadas e (iii) diques metamáficos. O metagranito éhololeucocrático, homogêneo, incipientemente foliado e composto por quartzo, microclínio, oligoclásio e biotita. O ortognaisse Lavras varia amplamente em relação aos aspectos texturais, pois é seccionado por zonas de cisalhamento de orientação preferencial NW-SE. Feições microtectônicas revelam estruturas de deformação típicas de milonitos de baixo a médio grau (200-300ºC a 400-500ºC) no ortognaisse e no metagranito, enquanto indicadores cinemáticos apontam para movimentação predominantemente destral. A partir dos dados obtidos, sugere-se que a crosta arqueana da área de estudo teve uma evolução policíclica, diferentemente do que era descrito anteriormente na literatura. A presença de enclaves microgranulares máficos no ortognaisse Lavras e de cristais maiores de feldspato do ortognaisse nos domínios internos dos enclaves apontam para a sincronicidade entre líquidos de diferentes composições e processos de magma mingling. Da mesma forma, as feições observadas entre o ortognaisse Lavras e o metagranito sugerem processos de interação mecânica e relativa contemporaneidade entre seus melts predecessores, indicando magma mingling entre eles.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-18
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40026
10.11137/2020_4_18_33
url https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40026
identifier_str_mv 10.11137/2020_4_18_33
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/40026/21739
/*ref*/Almeida, J.A.C.; Dall'Agnol, R. & Leite, A.A.S. 2013. Geochemistry and zircon geochronology of the Archean granite suites of the Rio Maria granite-greenstone terrane, Carajás Province, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 42: 103-126. Araújo, A.J.D.; Bongiolo, E.M. & Ávila, C.A. 2019. The southern São Francisco Craton puzzle: Insights from aerogeophysical and geological data. Journal of South American Earth Sciences, 94, 102203. https://doi.org/10.1016/j.jsames.2019.05.019 Ávila, C.A.; Teixeira, W.; Cordani, U.G.; Moura, C.A.V. & Pereira, R.M. 2010. Rhyacian (2.23 220 Ga) juvenile accretion in the southern São Francisco craton, Brazil: Geochemical and isotopic evidence from the Serrinha magmatic suite, Mineiro belt. Journal of South American Earth Sciences, 29: 464-482. Ávila, C.A.; Teixeira, W.; Bongiolo, E.M.; Dussin, I. & Vieira, T.A.T. 2014. Rhyacian evolution of subvolcanic and metasedimentary rocks of the southern segment of the Mineiro belt, São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 243: 221-251. Babinski, M.; Chemale Jr, F. & Van Schmus, W.R. 1995. The Pb/Pb age of the Minas Supergroup carbonate rocks, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Precambrian Research, 72: 235-245. Campos, J.C.S. 2004. O Lineamento Jeceaba-Bom Sucesso como Limite dos Terrenos Arqueanos e Paleoproterozóicos do Cráton São Francisco Meridional: Evidências Geológicas, Geoquímicas (Rocha Total) e Geocronológicas (U–Pb). Programa de Pós-graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais, Universidade Federal de Ouro Preto, Tese de Doutorado, 191p. Cardoso, C.D.; Ávila, C.A.; Neumann, R.; Oliveira, E.P.; Valeriano, C.M. & Dussin, I.A. 2019. A Rhyacian continental arc during the evolution of the Mineiro belt, Brazil: Constraints from the Rio Grande and Brumado metadiorites. Lithos, 326: 246-264. Castro, A. 2014. The off-crust origin of granite batholiths. Geoscience Frontiers, 5: 63-75. CPRM (Brazilian Geological Survey)/Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais) Partnership, 2014. Geological Map of the State of Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil, Integração, Atualização e Difusão de Dados da Geologia do Brasil - Projeto Mapas Geológicos Estaduais. Dorr, J.V.N. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. U.S. Geological Survey, U.S.G.S. 110 p. Farina, F.; Albert, C. & Lana, C. 2015. The Neoarchean transition between medium and high-K granitoids: clues from the Southern São Francisco Craton (Brazil). Precambrian Research, 266: 375-394. Frost, C.D.; Frost, B.R.; Kirkwood, R. & Chamberlain, K.R. 2006. The tonalite-trondhjemite-granodiorite (TTG) to granodiorito-granite (GG) transition in the late Archean plutonic rocks of the central Wyoming Province. Canadian Journal of Earth Sciences, 43: 1419-1444. Grohmann, C.H. & Campanha, G.A.C. 2010. OpenStereo: open source, cross-platform software for structural geology analysis. Presented at the AGU 2010 Fall Meeting, San Francisco, CA. Hartmann, L.A.; Endo, I.; Suita, M.T.F.; Santos, J.O.S.; Frantz, J.C.; Carneiro, M.A.; Naughton, N.J. & Barley, M.E. 2006. Provenance and age delimitation of Quadrilátero Ferrífero sandstones based on zircon U-Pb isotopes. Journal of South American Earth Sciences, 20: 273-285. Heilbron, M.; Duarte, B.P.; Valeriano, C.M.; Simonetti, A.; Machado, N. & Nogueira, J.R. 2010. Evolution of reworked Paleoproterozoic basement rocks within the Ribeira belt (Neoproterozoic), SE-Brazil, based on U/ Pb geochronology: Implications for paleogeographic reconstructions of the São Francisco-Congo paleocontinent. Precambrian Research, 178: 136-148. Hibbard, M.J. 1995. Mixed magma rocks. Petrography to petrogenesis. New Jersey: Prentice-Hall, Inc. p. 242-260. Hirth, G. & Tullis, J. 1992. Dislocation creep regimes in quartz aggregates. Journal of Structural Geology, 14: 145-159. Lana, C.; Alkmim, F.F.; Armstrong, R.; Scholz, R.; Romano, R. & Nalini, H.A. 2013. The ancestry and magmatic evolution of Archaean TTG rocks of the Quadrilátero Ferrífero province, southeast Brazil. Precambrian Research, 231: 157-173. Laurent, O.; Martin, H.; Moyen, J.F. & Doucelance, R. 2014. The diversity and evolution of late-Archean granitoids: Evidence for the onset of “modern-style” plate tectonics between 3.0 and 2.5 Ga. Lithos, 205: 208-235. Le Maître, R.W. 2002. Igneous rocks. A Classification and Glossary of Terms. Recommendations of the International Union of Geological Sciences, Sub-Commission on the Systematics of Igneous Rocks, Cambridge University Press, 236p. Moreno, J.A.; Baldim, M.R.; Semprich, J.; Oliveira, E.P.; Verma, S.K. & Teixeira, W. 2017. Geochronological and geochemical evidences for extension-related Neoarchean granitoids in the southern São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 294: 322-343. Moyen, J.F. 2011. The composite Archaean grey gneisses: petrological significance, and evidence for a non-unique tectonic setting for Archaean crustal growth. Lithos, 123: 21–36. Moyen, J.F.; Martin, H.; Jayananda, M. & Auvray, B. 2003. Late Archaean granites: A typology based on the Dharwar Craton (India). Precambrian Research, 127: 103–123. Moyen, J.F. & Martin, H. 2012. Forty years of TTG research. Lithos, 148: 312–336. Neri, M.E.N.V.; Rosière, C.A. & Lana, C.C. 2013. Supergrupo Minas na Serra de Bom Sucesso, extremo sudoeste do Quadrilátero Ferrífero – MG: petrografia, geoquímica e isótopos de U-Pb. Revista Geologia USP. Série Científica, 13: 117–202. Noce, C.M.; Teixeira, W.; Quéméneur, J.J.; Martins, V.T. & Bolzachini, É. 2000. Isotopic signatures of Paleoproterozoic granitoids from the southern São Francisco Craton and implications for the evolution of the Transamazonian Orogeny. Journal of South American Earth Sciences, 13: 225–239. Noce, C.M.; Pedrosa-Soares, A.C.; Silva, L.C. & Alkmim, F.F. 2007. O Embasamento Arqueano e Paleoproterozóico do Orógeno Araçuaí. Geonomos, 15: 25-43. Quéméneur, J.J.G. 1996. Os magmatismos de idade arqueana e transamazônica na região Campos das Vertentes, MG (sul do Cráton São Francisco), com base em geoquímica e geocronologia. Universidade Federal de Minas Gerais, Tese de Livre Docência, 79p. Paciullo, F.V.P.; Trouw, R.A.J.; Ribeiro, A.; Cherman, A.; Chrispim, S. & Maciel, R.R. 2008. Folha Nepomuceno (SF.23-V-D-III). Escala 1:100.000: relatório final. Rio de Janeiro, 2007. Programa Geologia do Brasil: Levantamentos Geológicos Básicos. Passchier, C.W. & Trouw, R.A.J. 2005. Micro-tectonics. Berlin, Springer-Verlag, 366p. Renger, F.E.; Noce, C.M.; Romano, A.W. & Machado, N. 1994. Evolução sedimentar do Supergrupo Minas: 500 Ma de registro geológico no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. Geonomos, 2: 1-11. Romano, R.; Lana, C.; Alkmim, F.F.; Stevens, G. & Armstrong, R. 2013. Stabilization of the Southern São Francisco Craton, SE Brazil, through a long-lived and episodic period of potassic magmatism. Precambrian Research, 224: 1-20. Rosenberg, C.L. & Stünitz, H. 2003. Deformation and recrystallization of plagioclase along temperature gradient: an example from the Bergell tonalite. Journal of Structural Geology, 25: 389-408. Simon, M.B.; Bongiolo, E.M.; Ávila, C.A.; Oliveira, E.P.; Teixeira, W.; Stohler, R.C. & Soares de Oliveira, F.V. 2018. Neoarchean reworking of TTG-like crust in the southernmost portion of the São Francisco Craton: U-Pb zircon dating and geochemical evidence from the São Tiago Batholith. Precambrian Research, 314: 353-376. Stipp, M.; Stunitz, H.; Heilbronner, R . & Schmid, S.M. 2002. The eastern Tonale fault zone: A ‘‘natural laboratory’’ for crystal plastic deformation of quartz over a temperature range from 250ºC to 700ºC. Journal of Structural Geology, 24: 1861-1884. Streckeisen, A. 1976. To each plutonic rock, its proper name. Earth Sciences Reviews, 12: 1–33. Teixeira, W.; Carneiro, M.A.; Noce, C.M.; Machado, N.; Sato, K. & Taylor, P.N. 1996. Pb, Sr and Nd isotope constraints on the Archean evolution of gneissic-granitoid complexes in the southern São Francisco Craton, Brazil. Precambrian Research, 78: 151-164. Teixeira, W.; Cordani, U.G.; Nutman, A.P. & Sato, K. 1998. Polyphase Archean evolution in the Campo Belo Metamorphic Complex, Southern São Francisco Craton, Brasil: SHRIMP U-Pb zircon evidence. Journal of South American Earth Sciences, 11: 279-289. Teixeira, W.; Ávila, C.A.; Dussin, I.; Correa Neto, A.V.; Bongiolo, E.M.; Santos, J.O. & Barbosa, N. 2015. A juvenile accretion episode (2.35-2.32Ga) in the Mineiro belt and its role to the Minas accretionary orogeny: Zircon U-Pb-Hf and geochemical evidences. Precambrian Research, 256: 148-169. Trouw, R.A.J.; Peternel, R.; Ribeiro, A.; Heilbron, M.; Vinagre, R.; Duffles, P.; Trouw, C.C.; Fontainha, M. & Kussama, H.H. 2013. A new interpretation for the interference zone between the southern Brasília belt and the central Ribeira belt, SE Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 48: 43–57. Vernon, R. H. 1984. Microgranitoid enclaves in granites - Globules of hybrid magma quenched in a plutonic environment. Nature, 309(5967): 438-439. Whitney D.L. & Evans B.W. 2010. Abbreviations for names of rock forming minerals. American Mineralogist, 95: 185-187. Williams, H.; Turner, F.J. & Gilbert, C.M. 1970. Petrografia: uma introdução ao estudo das rochas em seções delgadas. Publisher, USP, 445p.
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Anuário do Instituto de Geociências
http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 18_33
Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 18_33
1982-3908
0101-9759
reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Anuário do Instituto de Geociências (Online)
collection Anuário do Instituto de Geociências (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário do Instituto de Geociências (Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv anuario@igeo.ufrj.br||
_version_ 1797053541707153408