Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stohler, Rômulo de Campos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/6549
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo o estudo geológico do ortognaisse granítico São Tiago visando sua inserção no contexto evolutivo da região. Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 em uma área de cerca de 164 km2 entre as cidades de São Tiago, Ritápolis e Resende Costa, bem como o estudo petrográfico e geoquímico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozoico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por rochas crustais arqueanas parcialmente retrabalhadas durante o Paleoproterozoico, bem como o greenstone belt Rio das Velhas, além de greenstone belts e plútons máficos e félsicos paleoproterozoicos (como o granitóide Ritápolis e o diorito Brumado). De modo geral, a área mapeada é composta por: 1) sequência greenstone belt; 2) ortognaisse granítico São Tiago e pegmatitos associados; 3) Sequência metassedimentar; 4) Ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra e ortognaisse trondhjemítico Canoas (com pegmatitos associados); 5) Gnaisse biotítico; 6) Granitóides e pegmatitos correlacionados ao granitóide Ritápolis; 7) Diques noríticos; 8) Diques máficos. A sequência greenstone belt agrupa uma série de tipos litológicos distintos interpretados como pertencentes a uma seqüência metavulcanossedimentar composta por rochas metafélsicas, metamáficas, metaultramáficas, metassedimentares e gnaisses. As rochas metafélsicas são representadas por um metandesito de coloração esverdeada que possui granulação fina e foliação bem marcada. As rochas metamáficas são representadas por anfibolitos, que ocorrem normalmente muito alterados, ocasionando a formação de um solo marrom avermelhado. São compostos por anfibólio, plagioclásio, e minerais opacos, bem como apresentam foliação metamórfica bem marcada. As rochas metaultramáficas também ocorrem muito alteradas e são representadas por serpentinito, talco xisto, anfibolitito, cloritito e metapiroxenito. As rochas metassedimentares são representadas por xistos e filitos que afloram isoladamente ao longo de todo o greenstone belt. Os gnaisses pertencentes ao greenstone belt pode ser separados em gnaisses homogêneos e bandados. O gnaisse V homogêneo é composto por epidoto, quartzo e plagioclásio, enquanto o gnaisse bandado possui bandas félsicas, compostas por quartzo e álcali-feldspato, e máficas, anfibolíticas. O ortognaisse granítico São Tiago é caracterizado por seu bandamento e estrutura gnáissica, podendo ser localmente porfirítico e possuir estrutura migmatítica. É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. Os diques de diabásio apresentam diferentes strikes (070°-250° e 030°-210°), espessuras de cerca de 1 m e são intrusivos na sequência greenstone belt, no ortognaisse granítico São Tiago, na sequência metassedimentar (quartzitos) e no ortognaisse tonalítico Bandeira, enquanto o dique de metadiabásio possui strike 110°-290°, espessura de vários metros e corta o ortognaisse granítico São Tiago.
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Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 em uma área de cerca de 164 km2 entre as cidades de São Tiago, Ritápolis e Resende Costa, bem como o estudo petrográfico e geoquímico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozoico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por rochas crustais arqueanas parcialmente retrabalhadas durante o Paleoproterozoico, bem como o greenstone belt Rio das Velhas, além de greenstone belts e plútons máficos e félsicos paleoproterozoicos (como o granitóide Ritápolis e o diorito Brumado). De modo geral, a área mapeada é composta por: 1) sequência greenstone belt; 2) ortognaisse granítico São Tiago e pegmatitos associados; 3) Sequência metassedimentar; 4) Ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra e ortognaisse trondhjemítico Canoas (com pegmatitos associados); 5) Gnaisse biotítico; 6) Granitóides e pegmatitos correlacionados ao granitóide Ritápolis; 7) Diques noríticos; 8) Diques máficos. A sequência greenstone belt agrupa uma série de tipos litológicos distintos interpretados como pertencentes a uma seqüência metavulcanossedimentar composta por rochas metafélsicas, metamáficas, metaultramáficas, metassedimentares e gnaisses. As rochas metafélsicas são representadas por um metandesito de coloração esverdeada que possui granulação fina e foliação bem marcada. As rochas metamáficas são representadas por anfibolitos, que ocorrem normalmente muito alterados, ocasionando a formação de um solo marrom avermelhado. 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É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. 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É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. Os diques de diabásio apresentam diferentes strikes (070°-250° e 030°-210°), espessuras de cerca de 1 m e são intrusivos na sequência greenstone belt, no ortognaisse granítico São Tiago, na sequência metassedimentar (quartzitos) e no ortognaisse tonalítico Bandeira, enquanto o dique de metadiabásio possui strike 110°-290°, espessura de vários metros e corta o ortognaisse granítico São Tiago.
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