Destoxificação da torta de pinhão-manso (Jatropha curcas): seleção de fungos potencialmente degradadores de ésteres de forbol
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/19179 |
Resumo: | O pinhão-manso é uma oleaginosa muito estudada por conta da sua utilização na produção de biodiesel e pela presença de compostos tóxicos em suas sementes, como os ésteres de forbol. Devido a esses componentes tóxicos presentes principalmente no óleo, os resíduos (casca e outros restos da semente), vindos da extração industrial para produção de biodiesel, não podem ser aproveitados como, por exemplo, para produção de ração animal. Ésteres de forbol são compostos policíclicos nos quais dois grupos hidroxila nos átomos de carbono vizinhos são esterificados em ácidos graxos, apresentam altos graus de toxicidade e nos humanos têm papel promotor de tumor. Diante desses fatores, torna-se necessária a implementação de procedimentos de destoxificação desses resíduos de pinhão-manso para que possam ser melhor aproveitados. Um dos métodos mais promissores para o estudo da destoxificação é a fermentação em estado sólido (FES), pois ela permite a eliminação de compostos indesejáveis, tornando o resíduo agroindustrial adequado para outras utilizações. Neste estudo selecionamos fungos potencialmente degradadores de ésteres de forbol, que estão presentes na torta de pinhão-manso. Para execução da FES, foram utilizados fungos filamentosos da coleção de culturas do Laboratório de Biotecnologia Microbiana (LaBiM-UFRJ) Penicillium brevicompactum, Rhizopus sp., Trichoderma harzianum, Aspergillus awamori e Penicillium simplicissimum. As fermentações foram realizadas em reatores do tipo becker, com 20g de torta de pinhão-manso, incubados a 30ºC em estufas com injeção de ar úmido com 95% de saturação. A cada 24h, reatores foram retirados para determinação do teor de ésteres de forbol, além das medidas de parâmetros de processos (teor de umidade, atividade de água e pH). Foi observado que todos os microrganismos testados apresentaram boas condições de crescimento na torta tóxica de pinhão-manso. Os parâmetros do processo mostraram-se bem controlados com baixa perda de umidade após 72 horas (de 8 a 11% de perda em média) e altos valores de atividade de água (0,951 em média) no mesmo período. Durante o trabalho, foram testadas duas diferentes metodologias de extração de ésteres de forbol, sendo uma escolhida para os experimentos seguintes devido à uma maior eficiência na extração. As extrações foram realizadas nas amostras de pinhão-manso in natura, bem como das outras tortas fermentadas pelos fungos . Dentre eles, P. simplicissimum (controle), Rhizopus sp. e T. harzianum foram os fungos que atingiram os maiores níveis de redução do teor de ésteres de forbol em 120h: 42,5%, 30,6% e 14,8%, respectivamente. Assim, foi realizada uma cinética de degradação dos ésteres de forbol por Rhizopus sp. e T. harzianum, apresentando uma maior redução em 96h de fermentação, 46,3% e 50,3%, respectivamente. Os resultados obtidos no estudo são promissores e essenciais para a continuidade da obtenção de uma metodologia para destoxificação completa da torta de pinhão-manso e, assim, agregar valor a esse resíduo. |
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