Mapeamento geológico da região de Tapera, Distrito de Macaé, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varela, Pablo Ventin
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4596
Resumo: Esse relatório foi desenvolvido como Trabalho Final de Conclusão de Curso e compreendeu o estudo de uma área de cerca de 20 km² nas proximidades de Tapera, distrito de Macaé, RJ. O trabalho consistiu em pesquisas bibliográficas a respeito da geologia da região, etapas de campo, que permitiu a elaboração de um mapa geológico na escala de 1:25.000 e estudos petrográficos de lâminas delgadas feitas de amostras coletadas nas etapas de campo. Nessa área, afloram rochas metassedimentares da Unidade São Fidélis do Complexo Paraíba do Sul, granitóides sin-tectônicos do tipo-S da Suíte Desengano, granitóides pós-tectônicos do tipo-I e diques de diabásio relacionados ao Evento Sul-Atlantiano. A Unidade São Fidélis é representada pelo Biotita-Gnaisse Migmatítico, que é um paragnaisse migmatítico com leucossoma de granulação grossa, podendo gerar pegmatitos concordantes à foliação, composto por alcalifeldspato, plagioclásio, quartzo e biotita. O paleossoma é um gnaisse biotítico fortemente foliado e composto de biotita, plagioclásio, quartzo, granada, sillimanita e anfibólio e o melanossoma é principalmente composto por agregados de biotitas. A presença de sillimanita e granada defende a idéia que essas rochas são derivadas de protólitos paraderivados. A Suíte Desengano foi sub-dividida em dois litotipos na área: Granitóide Foliado Grosso e Granitóide Foliado Fino. O Granitóide Foliado Grosso é leucocrático, foliado, de composição granítica a tonalítica e com mineralogia constituída por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita, com minerais acessórios zircão, minerais opacos, apatita e granada e apresentando como mineralogia hidrotermal clorita e mica branca. O Granitóide Foliado Fino é leucocrático fino foliado, de composição monzogranítica e com mineralogia principal constituída por plagioclásio, microclina, quartzo, granada e biotita e a acessória por minerais opacos, rutilo e zircão, tendo como minerais secundários clorita, sericita, muscovita. Os granitóides pós-tectônicos se apresentam, na área mapeada, como três corpos distintos, sendo compostos pelas fácies equigranular a inequigranular e a megaporfirítica. A primeira é representada por granitos leucocráticos, de composição monzogranítica, granulação média e apresentando texturas variando de equigranular a inequigranular porfirítica. A mineralogia essencial consiste em álcali-feldspato, plagioclásio, quartzo e biotita e a acessória em allanita, titanita, apatita, rutilo, zircão e minerais opacos. Quando inequigranular porfirítica, apresenta as mesmas características, com presença de fenocristais de microclina e plagioclásio. A fácies megaporfirítica consiste em monzogranitos leucocráticos de textura inequigranular porfirítica, com matriz de granulação média e fenocristais de microclina e plagioclásio que chegam a 5 cm. A mineralogia essencial é composta por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita e a acessória por titanita, allanita, rutilo, zircão, apatita e minerais opacos. O dique de diabásio é representado por diques de direção NE-SW, sendo o maior de espessura variando de 40 a 700 m. A rocha é representada por um diabásio de composição gabronorítica, mesocrático, equigranular, fina a média e apresenta texturas intergranular, granofírica e subofítica. A mineralogia essencial é composta por plagioclásio, clinopiroxênio, olivina e minerais opacos, com hornblenda como mineral acessório. A mineralogia secundária é composta por biotita, minerais opacos, hornblenda, clorita e sericita.
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