O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/16451 |
Resumo: | As leishmanioses são ocasionadas por protozoários do gênero Leishmania e transmitidas pelo flebotomíneo infectado. A leishmaniose apresenta sintomatologia variada, desde lesões cutâneas até a leishmaniose visceral, forma mais grave da doença. O desenvolvimento dos sintomas e a progressão das patologias distintas dependem da espécie de Leishmania, da constituição genética e do estado de saúde do hospedeiro, bem como da resposta imune. A análise dos genomas de diferentes espécies de Leishmania demonstrou que apenas alguns genes são espécie-específicos, sugerindo que a regulação da expressão gênica no parasito também seja fundamental para a patogênese da doença. Em L. major, espécie causadora da leishmaniose cutânea, foram descritos três genes semelhantes à ecotina, um inibidor de serino proteases da família S1A encontrado em bactérias, e denominados ISP1, ISP2, ISP3. Demonstramos que o ISP2 da L. major inibe a atividade da elastase neutrofílica (NE) durante a fagocitose do parasito por macrófagos. L. major transgênicas deficientes em ISP2 apresentam sobrevivência reduzida em macrófagos, devido à ativação de uma via celular envolvendo NE - receptor do tipo Toll 2 (TLR2) e do tipo Toll 4 (TLR4). Contudo, a expressão do ISP2 não foi detectada em L. donovani, causadora da leishmaniose visceral. Em ensaios de infecção in vitro e in vivo o crescimento da L. donovani foi reduzido tanto na presença de um inibidor sintético da NE (NEi), como na infecção de camundongos deficientes em elastase (ela2-/- ). Estes resultados indicam que na infecção por L. donovani a atividade do ISP2 é silenciada em benefício da infecção, por permitir que a via de sinalização celular NE- TLR4-TLR2 permaneça ativada, garantindo a sobrevivência dos parasitos no interior dos macrófagos. A fim de investigar como o balanço ISP2-NE se apresenta nas diferentes espécies viscerotrópicas, avaliamos infecções de macrófagos in vitro e in vivo por L. i. chagasi. A expressão do ISP2 não foi detectada em L. i. chagasi através da técnica de Western blotting. Ensaios de infecção in vitro demonstraram resultados divergentes, ora a ausência ou inibição da NE promove o crescimento do parasito no interior dos macrófagos, ora não há efeitos significativos. Observou-se maior crescimento intracelular do parasito na presença de NEi ou em macrófagos ela2-/- quando comparado com a infecção em macrófagos do background genético (C57BL/6). Ao adicionarmos NE exógena na infecção, o crescimento intracelular dos parasitos foi diminuído após 72h, tanto em macrófagos C57BL/6, como ela2-/-. Em infecções in vivo observamos maior carga parasitária no baço de camundongos ela2-/- do que em C57BL/6. Sugerimos que na infecção por L. i. chagasi, a modulação da atividade da NE é um fator importante para garantir a manutenção e estabelecimento da infecção, similar ao observado em L. major. Porém, reformulação metodológica é necessária para resultados mais conclusivos e confiáveis. |
id |
UFRJ_d8e8a0755d315b343c4d1f7737098a10 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/16451 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Moreira, Amanda Ambrosiohttp://lattes.cnpq.br/8385018148471433Dias, Bruna Torreshttp://lattes.cnpq.br/9838413851671042Almeida, Ana Maria Mazotto deMelo, Christianne Bandeira deHeise, NortonLima, Ana Paula Cabral de Araujo2022-03-15T15:57:22Z2023-11-30T03:01:22Z2016-12-16MOREIRA, Amanda Ambrósio. O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi, 2016. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016.http://hdl.handle.net/11422/16451Submitted by Ana Teixeira (biblioteca.impg@micro.ufrj.br) on 2022-03-15T15:57:22Z No. of bitstreams: 1 AAMoreira2016.pdf: 1219814 bytes, checksum: 6635236d5e58686bd03bf9f7e9f43b9c (MD5)Made available in DSpace on 2022-03-15T15:57:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AAMoreira2016.pdf: 1219814 bytes, checksum: 6635236d5e58686bd03bf9f7e9f43b9c (MD5) Previous issue date: 2016-12-16As leishmanioses são ocasionadas por protozoários do gênero Leishmania e transmitidas pelo flebotomíneo infectado. A leishmaniose apresenta sintomatologia variada, desde lesões cutâneas até a leishmaniose visceral, forma mais grave da doença. O desenvolvimento dos sintomas e a progressão das patologias distintas dependem da espécie de Leishmania, da constituição genética e do estado de saúde do hospedeiro, bem como da resposta imune. A análise dos genomas de diferentes espécies de Leishmania demonstrou que apenas alguns genes são espécie-específicos, sugerindo que a regulação da expressão gênica no parasito também seja fundamental para a patogênese da doença. Em L. major, espécie causadora da leishmaniose cutânea, foram descritos três genes semelhantes à ecotina, um inibidor de serino proteases da família S1A encontrado em bactérias, e denominados ISP1, ISP2, ISP3. Demonstramos que o ISP2 da L. major inibe a atividade da elastase neutrofílica (NE) durante a fagocitose do parasito por macrófagos. L. major transgênicas deficientes em ISP2 apresentam sobrevivência reduzida em macrófagos, devido à ativação de uma via celular envolvendo NE - receptor do tipo Toll 2 (TLR2) e do tipo Toll 4 (TLR4). Contudo, a expressão do ISP2 não foi detectada em L. donovani, causadora da leishmaniose visceral. Em ensaios de infecção in vitro e in vivo o crescimento da L. donovani foi reduzido tanto na presença de um inibidor sintético da NE (NEi), como na infecção de camundongos deficientes em elastase (ela2-/- ). Estes resultados indicam que na infecção por L. donovani a atividade do ISP2 é silenciada em benefício da infecção, por permitir que a via de sinalização celular NE- TLR4-TLR2 permaneça ativada, garantindo a sobrevivência dos parasitos no interior dos macrófagos. A fim de investigar como o balanço ISP2-NE se apresenta nas diferentes espécies viscerotrópicas, avaliamos infecções de macrófagos in vitro e in vivo por L. i. chagasi. A expressão do ISP2 não foi detectada em L. i. chagasi através da técnica de Western blotting. Ensaios de infecção in vitro demonstraram resultados divergentes, ora a ausência ou inibição da NE promove o crescimento do parasito no interior dos macrófagos, ora não há efeitos significativos. Observou-se maior crescimento intracelular do parasito na presença de NEi ou em macrófagos ela2-/- quando comparado com a infecção em macrófagos do background genético (C57BL/6). Ao adicionarmos NE exógena na infecção, o crescimento intracelular dos parasitos foi diminuído após 72h, tanto em macrófagos C57BL/6, como ela2-/-. Em infecções in vivo observamos maior carga parasitária no baço de camundongos ela2-/- do que em C57BL/6. Sugerimos que na infecção por L. i. chagasi, a modulação da atividade da NE é um fator importante para garantir a manutenção e estabelecimento da infecção, similar ao observado em L. major. Porém, reformulação metodológica é necessária para resultados mais conclusivos e confiáveis.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIALeishmaniaLeishmaniose visceralInfecçãoMacrófagosO papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16451/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALAAMoreira2016.pdfAAMoreira2016.pdfapplication/pdf1219814http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16451/1/AAMoreira2016.pdf6635236d5e58686bd03bf9f7e9f43b9cMD5111422/164512023-11-30 00:01:22.22oai:pantheon.ufrj.br:11422/16451TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:22Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
title |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
spellingShingle |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi Moreira, Amanda Ambrosio CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA Leishmania Leishmaniose visceral Infecção Macrófagos |
title_short |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
title_full |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
title_fullStr |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
title_full_unstemmed |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
title_sort |
O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi |
author |
Moreira, Amanda Ambrosio |
author_facet |
Moreira, Amanda Ambrosio |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8385018148471433 |
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv |
Dias, Bruna Torres |
dc.contributor.advisorCo1Lattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9838413851671042 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Moreira, Amanda Ambrosio |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Almeida, Ana Maria Mazotto de |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Melo, Christianne Bandeira de |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Heise, Norton |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lima, Ana Paula Cabral de Araujo |
contributor_str_mv |
Almeida, Ana Maria Mazotto de Melo, Christianne Bandeira de Heise, Norton Lima, Ana Paula Cabral de Araujo |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA Leishmania Leishmaniose visceral Infecção Macrófagos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Leishmania Leishmaniose visceral Infecção Macrófagos |
description |
As leishmanioses são ocasionadas por protozoários do gênero Leishmania e transmitidas pelo flebotomíneo infectado. A leishmaniose apresenta sintomatologia variada, desde lesões cutâneas até a leishmaniose visceral, forma mais grave da doença. O desenvolvimento dos sintomas e a progressão das patologias distintas dependem da espécie de Leishmania, da constituição genética e do estado de saúde do hospedeiro, bem como da resposta imune. A análise dos genomas de diferentes espécies de Leishmania demonstrou que apenas alguns genes são espécie-específicos, sugerindo que a regulação da expressão gênica no parasito também seja fundamental para a patogênese da doença. Em L. major, espécie causadora da leishmaniose cutânea, foram descritos três genes semelhantes à ecotina, um inibidor de serino proteases da família S1A encontrado em bactérias, e denominados ISP1, ISP2, ISP3. Demonstramos que o ISP2 da L. major inibe a atividade da elastase neutrofílica (NE) durante a fagocitose do parasito por macrófagos. L. major transgênicas deficientes em ISP2 apresentam sobrevivência reduzida em macrófagos, devido à ativação de uma via celular envolvendo NE - receptor do tipo Toll 2 (TLR2) e do tipo Toll 4 (TLR4). Contudo, a expressão do ISP2 não foi detectada em L. donovani, causadora da leishmaniose visceral. Em ensaios de infecção in vitro e in vivo o crescimento da L. donovani foi reduzido tanto na presença de um inibidor sintético da NE (NEi), como na infecção de camundongos deficientes em elastase (ela2-/- ). Estes resultados indicam que na infecção por L. donovani a atividade do ISP2 é silenciada em benefício da infecção, por permitir que a via de sinalização celular NE- TLR4-TLR2 permaneça ativada, garantindo a sobrevivência dos parasitos no interior dos macrófagos. A fim de investigar como o balanço ISP2-NE se apresenta nas diferentes espécies viscerotrópicas, avaliamos infecções de macrófagos in vitro e in vivo por L. i. chagasi. A expressão do ISP2 não foi detectada em L. i. chagasi através da técnica de Western blotting. Ensaios de infecção in vitro demonstraram resultados divergentes, ora a ausência ou inibição da NE promove o crescimento do parasito no interior dos macrófagos, ora não há efeitos significativos. Observou-se maior crescimento intracelular do parasito na presença de NEi ou em macrófagos ela2-/- quando comparado com a infecção em macrófagos do background genético (C57BL/6). Ao adicionarmos NE exógena na infecção, o crescimento intracelular dos parasitos foi diminuído após 72h, tanto em macrófagos C57BL/6, como ela2-/-. Em infecções in vivo observamos maior carga parasitária no baço de camundongos ela2-/- do que em C57BL/6. Sugerimos que na infecção por L. i. chagasi, a modulação da atividade da NE é um fator importante para garantir a manutenção e estabelecimento da infecção, similar ao observado em L. major. Porém, reformulação metodológica é necessária para resultados mais conclusivos e confiáveis. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-12-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-03-15T15:57:22Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:01:22Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
MOREIRA, Amanda Ambrósio. O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi, 2016. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/16451 |
identifier_str_mv |
MOREIRA, Amanda Ambrósio. O papel da elastase neutrofílica em infecções experimentais por leishmania infantum chagasi, 2016. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. |
url |
http://hdl.handle.net/11422/16451 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16451/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/16451/1/AAMoreira2016.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 6635236d5e58686bd03bf9f7e9f43b9c |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097238940647424 |