Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nóbrega, Antonio José Sarmento da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22625
Resumo: INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por fraqueza muscular progressiva da musculatura periférica e respiratória. O acometimento muscular respiratório gera fraqueza, reduzindo a expansibilidade pulmonar e diminuindo a capacidade de produzir tosse, favorecendo aumento da morbidade e mortalidade associadas a infecções respiratórias agudas. A técnica de Air Stacking (AS) favorece a insuflação pulmonar que pode resultar na expansão do pulmão, otimização da pressão de retração pulmonar, aumento do pico de fluxo de tosse (PFT) e eliminação de secreção. OBJETIVOS: Os objetivos foram divididos entre dois estudos: Estudo 1) Realizar um protocolo prévio para análise e descrição das variações no PFT, distribuição dos volumes na parede torácica (PT) e seus compartimentos (Caixa torácica pulmonar - CTp, Caixa torácica abdominal - CTa e abdômen - AB), padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios antes e após a técnica de AS em sujeitos jovens saudáveis adotando a postura de 45o de inclinação de tronco; Estudo 2) Avaliar e comparar os efeitos agudos da aplicação da técnica de AS nas variações do PFT e volumes da PT em sujeitos com ELA versus saudáveis pareados e observar a segurança da utilização da técnica, por meio da Pletismografia Optoeletrônica (POE) utilizando a postura de 45o de inclinação de tronco. METODOLOGIA: Para estudo 1 foram avaliados indivíduos saudáveis alocados em um único grupo. Para o estudo 2, sujeitos com ELA foram alocados no grupo experimental (GE) e sujeitos saudáveis pareados quanto a idade, gênero e índice de massa corpórea foram alocados no grupo controle (GC). Em ambos estudos, os sujeitos foram avaliados quando a função pulmonar, força muscular respiratória, PFT, volumes da PT, padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios e distribuição em seus compartimentos antes (PreAS) durante (AS) e após (PósAS) a técnica de AS. RESULTADOS: No estudo 1 foram avaliados 20 sujeitos saudáveis e observados aumentos (média ± desvio padrão) significantes no PFT (1,76 ± 0,08 L/s, p < 0,05), nos momentos AS e PósAS comparado com PreAS; Capacidade inspiratória (CI) (~600 ± 0,15 ml), sendo maior entre os momentos CIM e CIpre; Variação de volume da PT e volume inspiratório final (ΔVif) (p < 0,0001), sendo maiores nos compartimentos da CTp e CTa; Volume minuto (VE) (p < 0,0001) e índice de velocidade dos músculos inspiratórios (p < 0,0001), expiratórios (p < 0,0001) e diafragma (p < 0,0005). No Estudo 2 foram avaliados 18 sujeitos (9 com ELA). Na análise intragrupo foram observados aumentos significativos (p < 0.0005) no PFT (4,4 ± 2,2L vs 7 ± 4,1L/s; 7,6 ± 3,1L vs 11,6 ± 4,5L/s) e CI (1,7 ± 0,4L vs 2,2 ± 0,6L; 3,1 ± 0,6L vs 3,6 ± 0,9L) entre os momentos AS e PreAS dos grupos GE e GC, respectivamente. Análise intergrupo mostrou que este aumento do PFT e da CI (59% e 29,4%, respectivamente) foi significantemente maior (p < 0,0001) no GE. A contribuição em volume dos compartimentos da PT para a CI ocorreu de formas diferentes em ambos os grupos. Durante a realização da técnica, foi observado que o compartimento AB obteve uma maior contribuição (0,69 ± 0,2 vs 0,92 ± 0,4L) para o aumento da CI no GE (p < 0,005); diferentemente do GC, onde a maior contribuição (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,5L) foi observada no compartimento CT (p = 0.004). Com relação a capacidade vital, somente o GE obteve aumentos após a realização da técnica (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,7, p < 0,05). CONCLUSÃO: Nos presentes estudos a técnica de AS mostrou ser segura e eficaz no aumento do PFT e volumes pulmonares. Nos sujeitos saudáveis a técnica talvez atue aumentando a complacência pulmonar, diferentemente dos sujeitos com ELA que provavelmente atue no recrutamento alveolar ventilando as áreas pulmonares mais distais, antes hipoventiladas.
id UFRN_286355f6c71233ad2294aed0083e2ab7
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22625
network_acronym_str UFRN
network_name_str Repositório Institucional da UFRN
repository_id_str
spelling Nóbrega, Antonio José Sarmento dahttp://lattes.cnpq.br/5986468588038833http://lattes.cnpq.br/2911134983219799Fregonezi, Vanessa Regiane ResquetiGualdi, Lucien Peronihttp://lattes.cnpq.br/3486514016305167Britto, Raquel RodriguesAndrade, Armele de Fátima Dornelas de2017-04-11T21:32:33Z2017-04-11T21:32:33Z2016-02-16NÓBREGA, Antonio José Sarmento da. Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica. 2016. 88f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22625INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por fraqueza muscular progressiva da musculatura periférica e respiratória. O acometimento muscular respiratório gera fraqueza, reduzindo a expansibilidade pulmonar e diminuindo a capacidade de produzir tosse, favorecendo aumento da morbidade e mortalidade associadas a infecções respiratórias agudas. A técnica de Air Stacking (AS) favorece a insuflação pulmonar que pode resultar na expansão do pulmão, otimização da pressão de retração pulmonar, aumento do pico de fluxo de tosse (PFT) e eliminação de secreção. OBJETIVOS: Os objetivos foram divididos entre dois estudos: Estudo 1) Realizar um protocolo prévio para análise e descrição das variações no PFT, distribuição dos volumes na parede torácica (PT) e seus compartimentos (Caixa torácica pulmonar - CTp, Caixa torácica abdominal - CTa e abdômen - AB), padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios antes e após a técnica de AS em sujeitos jovens saudáveis adotando a postura de 45o de inclinação de tronco; Estudo 2) Avaliar e comparar os efeitos agudos da aplicação da técnica de AS nas variações do PFT e volumes da PT em sujeitos com ELA versus saudáveis pareados e observar a segurança da utilização da técnica, por meio da Pletismografia Optoeletrônica (POE) utilizando a postura de 45o de inclinação de tronco. METODOLOGIA: Para estudo 1 foram avaliados indivíduos saudáveis alocados em um único grupo. Para o estudo 2, sujeitos com ELA foram alocados no grupo experimental (GE) e sujeitos saudáveis pareados quanto a idade, gênero e índice de massa corpórea foram alocados no grupo controle (GC). Em ambos estudos, os sujeitos foram avaliados quando a função pulmonar, força muscular respiratória, PFT, volumes da PT, padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios e distribuição em seus compartimentos antes (PreAS) durante (AS) e após (PósAS) a técnica de AS. RESULTADOS: No estudo 1 foram avaliados 20 sujeitos saudáveis e observados aumentos (média ± desvio padrão) significantes no PFT (1,76 ± 0,08 L/s, p < 0,05), nos momentos AS e PósAS comparado com PreAS; Capacidade inspiratória (CI) (~600 ± 0,15 ml), sendo maior entre os momentos CIM e CIpre; Variação de volume da PT e volume inspiratório final (ΔVif) (p < 0,0001), sendo maiores nos compartimentos da CTp e CTa; Volume minuto (VE) (p < 0,0001) e índice de velocidade dos músculos inspiratórios (p < 0,0001), expiratórios (p < 0,0001) e diafragma (p < 0,0005). No Estudo 2 foram avaliados 18 sujeitos (9 com ELA). Na análise intragrupo foram observados aumentos significativos (p < 0.0005) no PFT (4,4 ± 2,2L vs 7 ± 4,1L/s; 7,6 ± 3,1L vs 11,6 ± 4,5L/s) e CI (1,7 ± 0,4L vs 2,2 ± 0,6L; 3,1 ± 0,6L vs 3,6 ± 0,9L) entre os momentos AS e PreAS dos grupos GE e GC, respectivamente. Análise intergrupo mostrou que este aumento do PFT e da CI (59% e 29,4%, respectivamente) foi significantemente maior (p < 0,0001) no GE. A contribuição em volume dos compartimentos da PT para a CI ocorreu de formas diferentes em ambos os grupos. Durante a realização da técnica, foi observado que o compartimento AB obteve uma maior contribuição (0,69 ± 0,2 vs 0,92 ± 0,4L) para o aumento da CI no GE (p < 0,005); diferentemente do GC, onde a maior contribuição (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,5L) foi observada no compartimento CT (p = 0.004). Com relação a capacidade vital, somente o GE obteve aumentos após a realização da técnica (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,7, p < 0,05). CONCLUSÃO: Nos presentes estudos a técnica de AS mostrou ser segura e eficaz no aumento do PFT e volumes pulmonares. Nos sujeitos saudáveis a técnica talvez atue aumentando a complacência pulmonar, diferentemente dos sujeitos com ELA que provavelmente atue no recrutamento alveolar ventilando as áreas pulmonares mais distais, antes hipoventiladas.INTRODUCTION: Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS) is a neurodegenerative disease characterized by progressive weakness of peripheral and respiratory muscles. The respiratory muscle impairment generates weakness, reducing lung expansion and reducing the capacity to produce cough, favoring increase in morbidity and mortality associated with acute respiratory infections. The Air Stacking technique (AS) improves lung inflation that could lead to the expansion, optimization of lung recoil pressure, increased peak cough flow (PCF) and elimination of secretion. OBJECTIVES: The objectives were divided in two studies: Study 1) Conduct a previous protocol for analysis and description of changes in PCF, distribution of volumes in the chest wall (CW) and its compartments (pulmonary rib cage – RCp, abdominal rib cage – RCa and abdomen - Ab), breathing pattern and shortening velocity index of respiratory muscles before and after AS technique in healthy subjects adopting the posture of 45° inclined position; Study 2) To evaluate and compare the acute effects of AS on PCF and CW volumes in subjects with ALS versus matched healthy by Optoelectronic Plethysmography (OEP) using the posture of 45° inclined position. METHODOLOGY: For Study 1 were evaluated healthy individuals allocated into one group. For Study 2, subjects with ALS were allocated to the experimental group (GE) and matched healthy subjects as age, gender and body mass index were allocated to the control group (GC). In both studies, subjects were evaluated for lung function, respiratory muscle strength, PCF, CW volumes, breathing pattern and shortening velocity index of respiratory muscles and distribution in their magazines before (PreAS), during (AS) and after AS (PostAS). RESULTS: In study 1 were evaluated 20 healthy subjects and observed significant increases (mean ± standard deviation) in PFT (1.76 ± 0.08 L/s, p < 0.05), in AS and PostAS moments compared to PreAS; Inspiratory capacity (IC) (~600 ± 0.15 ml), being higher among MIC and IC moments; CW volumes and end inspiratory volume (ΔEIV) (p < 0.0001), being higher among RCp and RCa compartments; Minute volume (VE) (p < 0.0001) and shortening velocity index of inspiratory muscles (p < 0.0001), expiratory (p <0.0001) and diaphragm (p < 0.0005). In Study 2 were evaluated 18 subjects (9 with ALS). In intragroup analysis were observed significant increases (p < 0.0005) in PCF (4.4 ± 2.2L vs 7 ± 4.1L/s; ± 7.6 vs 11.6 ± 4.5L 3.1L/s) and IC (± 1.7 vs 2.2 ± 0.6L 0.4L; 3.1 ± 0.6 L vs 3.6 ± 0.9L) between AS and PreAS moments of GE and GC groups, respectively. Intergroup analysis showed that this increase in the PCF and the IC was significantly higher in GE (59%, 29.4%, respectively) (p < 0.0001). The contribution in volume of PT compartments for CI occurred differently in both groups. While performing the technique, it was observed that the AB compartment obtained a greater contribution (0.69 ± 0.2 vs 0.92 ± 0.4 L) for the increase in IC in GE group (p <0.005); unlike the GC, where the largest contribution (1.8 ± 0.5 vs 2.2 ± 0.5 L) was observed in the CT compartment (p = 0.004). Regarding the vital capacity, only GE increases were obtained after performing the technique (1.8 ± 0.5 vs 2.2 ± 0.7, p < 0.05). CONCLUSION: The present study shows that AS is safe and effective in increasing PCF and CW volumes. In healthy subjects the technique probably works in a way to increase lung compliance, unlike subjects with ALS who may act in alveolar recruitment ventilating the most distal pulmonary areas, prior hypoventilated.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALAir stackingEsclerose lateral amiotróficaPico de fluxo de tossePletismografia optoeletrônicaBenefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotróficainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdfAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdfapplication/pdf1581472https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/1/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdfe8f6eb270e52ef7b2751c435a12e70afMD51TEXTAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.txtAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain164539https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/4/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.txta3a206845d9585fca1867c31588ef386MD54THUMBNAILAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.jpgAntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2334https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/5/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.jpgabd0670625729696fba71c46b6a77486MD55123456789/226252017-11-04 06:13:45.023oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22625Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-04T09:13:45Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
title Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
spellingShingle Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
Nóbrega, Antonio José Sarmento da
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Air stacking
Esclerose lateral amiotrófica
Pico de fluxo de tosse
Pletismografia optoeletrônica
title_short Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
title_full Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
title_fullStr Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
title_full_unstemmed Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
title_sort Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica
author Nóbrega, Antonio José Sarmento da
author_facet Nóbrega, Antonio José Sarmento da
author_role author
dc.contributor.authorID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.authorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5986468588038833
dc.contributor.advisorID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.advisorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2911134983219799
dc.contributor.advisor-co1ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv Gualdi, Lucien Peroni
dc.contributor.referees1ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.referees1Lattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3486514016305167
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv Britto, Raquel Rodrigues
dc.contributor.referees2ID.pt_BR.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Nóbrega, Antonio José Sarmento da
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Andrade, Armele de Fátima Dornelas de
contributor_str_mv Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti
Andrade, Armele de Fátima Dornelas de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Air stacking
Esclerose lateral amiotrófica
Pico de fluxo de tosse
Pletismografia optoeletrônica
dc.subject.por.fl_str_mv Air stacking
Esclerose lateral amiotrófica
Pico de fluxo de tosse
Pletismografia optoeletrônica
description INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por fraqueza muscular progressiva da musculatura periférica e respiratória. O acometimento muscular respiratório gera fraqueza, reduzindo a expansibilidade pulmonar e diminuindo a capacidade de produzir tosse, favorecendo aumento da morbidade e mortalidade associadas a infecções respiratórias agudas. A técnica de Air Stacking (AS) favorece a insuflação pulmonar que pode resultar na expansão do pulmão, otimização da pressão de retração pulmonar, aumento do pico de fluxo de tosse (PFT) e eliminação de secreção. OBJETIVOS: Os objetivos foram divididos entre dois estudos: Estudo 1) Realizar um protocolo prévio para análise e descrição das variações no PFT, distribuição dos volumes na parede torácica (PT) e seus compartimentos (Caixa torácica pulmonar - CTp, Caixa torácica abdominal - CTa e abdômen - AB), padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios antes e após a técnica de AS em sujeitos jovens saudáveis adotando a postura de 45o de inclinação de tronco; Estudo 2) Avaliar e comparar os efeitos agudos da aplicação da técnica de AS nas variações do PFT e volumes da PT em sujeitos com ELA versus saudáveis pareados e observar a segurança da utilização da técnica, por meio da Pletismografia Optoeletrônica (POE) utilizando a postura de 45o de inclinação de tronco. METODOLOGIA: Para estudo 1 foram avaliados indivíduos saudáveis alocados em um único grupo. Para o estudo 2, sujeitos com ELA foram alocados no grupo experimental (GE) e sujeitos saudáveis pareados quanto a idade, gênero e índice de massa corpórea foram alocados no grupo controle (GC). Em ambos estudos, os sujeitos foram avaliados quando a função pulmonar, força muscular respiratória, PFT, volumes da PT, padrão respiratório e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios e distribuição em seus compartimentos antes (PreAS) durante (AS) e após (PósAS) a técnica de AS. RESULTADOS: No estudo 1 foram avaliados 20 sujeitos saudáveis e observados aumentos (média ± desvio padrão) significantes no PFT (1,76 ± 0,08 L/s, p < 0,05), nos momentos AS e PósAS comparado com PreAS; Capacidade inspiratória (CI) (~600 ± 0,15 ml), sendo maior entre os momentos CIM e CIpre; Variação de volume da PT e volume inspiratório final (ΔVif) (p < 0,0001), sendo maiores nos compartimentos da CTp e CTa; Volume minuto (VE) (p < 0,0001) e índice de velocidade dos músculos inspiratórios (p < 0,0001), expiratórios (p < 0,0001) e diafragma (p < 0,0005). No Estudo 2 foram avaliados 18 sujeitos (9 com ELA). Na análise intragrupo foram observados aumentos significativos (p < 0.0005) no PFT (4,4 ± 2,2L vs 7 ± 4,1L/s; 7,6 ± 3,1L vs 11,6 ± 4,5L/s) e CI (1,7 ± 0,4L vs 2,2 ± 0,6L; 3,1 ± 0,6L vs 3,6 ± 0,9L) entre os momentos AS e PreAS dos grupos GE e GC, respectivamente. Análise intergrupo mostrou que este aumento do PFT e da CI (59% e 29,4%, respectivamente) foi significantemente maior (p < 0,0001) no GE. A contribuição em volume dos compartimentos da PT para a CI ocorreu de formas diferentes em ambos os grupos. Durante a realização da técnica, foi observado que o compartimento AB obteve uma maior contribuição (0,69 ± 0,2 vs 0,92 ± 0,4L) para o aumento da CI no GE (p < 0,005); diferentemente do GC, onde a maior contribuição (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,5L) foi observada no compartimento CT (p = 0.004). Com relação a capacidade vital, somente o GE obteve aumentos após a realização da técnica (1,8 ± 0,5 vs 2,2 ± 0,7, p < 0,05). CONCLUSÃO: Nos presentes estudos a técnica de AS mostrou ser segura e eficaz no aumento do PFT e volumes pulmonares. Nos sujeitos saudáveis a técnica talvez atue aumentando a complacência pulmonar, diferentemente dos sujeitos com ELA que provavelmente atue no recrutamento alveolar ventilando as áreas pulmonares mais distais, antes hipoventiladas.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-02-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-04-11T21:32:33Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-04-11T21:32:33Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv NÓBREGA, Antonio José Sarmento da. Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica. 2016. 88f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22625
identifier_str_mv NÓBREGA, Antonio José Sarmento da. Benefícios da técnica de air stacking em sujeitos com esclerose lateral amiotrófica. 2016. 88f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
url https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22625
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.program.fl_str_mv PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRN
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRN
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron_str UFRN
institution UFRN
reponame_str Repositório Institucional da UFRN
collection Repositório Institucional da UFRN
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/1/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/4/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.txt
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22625/5/AntonioJoseSarmentoDaNobrega_DISSERT.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e8f6eb270e52ef7b2751c435a12e70af
a3a206845d9585fca1867c31588ef386
abd0670625729696fba71c46b6a77486
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1814833040902324224