A insignificante trajetória de uma diretora jovem, bela e somente isso ou a grande utopia de ser algo além de jovem e bela quando não se nasce homem

• Autor(a) principal: Custódio, Deborah
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46269
• topic: Mulheres; Woman; Singularidade; Trajetória; Teatro; Teatro - Produção e direção; Diretoras e produtoras de teatro.

Este trabalho de conclusão de curso é um exercício de singularidade, elaborado a partir de relatos de constituição subjetivada acerca de minha trajetória na formação acadêmica, em que se destacam minha substantivação artística, não apenas enquanto discente de uma licenciatura em teatro, mas, sobretudo, enquanto mulher que se reconhece como uma diretora de teatro, em um mundo que não as reconhece. Obedeço, aqui, ao mecanismo reflexivo do modelo memorial de discurso acadêmico. E não me atenho a uma pretensa objetivação dos relatos do que senti e vivi, como sempre nos é exigido, a nós mulheres, pelos inúmeros discursos do machismo (desde o senso comum à normatividade intelectual e hegemônica de homens que ainda constroem as academias). Busco, com esse tipo de critério, refletir o “espaço” e a “validação” do “lugar” artístico e/ou acadêmico para mulheres, posição costumeiramente vista como sendo de homens. A partir de minhas percepções subjetivadas, discute-se, aqui, desde a minha iniciação ao teatro, perpassando pelas minhas aprendizagens em algumas disciplinas da Licenciatura em Teatro e em oficinas de amiúde direção, até chegar a duas obras teatrais, por mim dirigidas: “Este É Um Espetáculo Autobiográfico Mesmo Que Não Sejamos Um Grupo Com Tempo Suficiente De Ter Um Espetáculo Autobiográfico – E, Sim, Este Título Está Longo Demais” e “Hoje Mais Cedo Vi Um Gato Comer A Língua De Um Porco”, ambas de 2021, ambas produções do Grupo Asavessa.