Prevalência e fatores associados à multimorbidade em idosos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Laércio Almeida de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26804
Resumo: Objetivou-se identificar a prevalência de multimorbidade em idosos no Brasil e seus fatores associados com variáveis socioeconômicas e referentes ao estilo de vida. Além disso, realizouse uma revisão integrativa sobre o tema. Trata-se de um estudo transversal e de base populacional. Para a sua realização, foi utilizada a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde. O idoso foi considerado com multimorbidade quando se tinha um diagnóstico de duas ou mais doenças crônicas. Na análise dos dados, o teste Qui-quadrado foi utilizado e em seguida as razões de prevalência foram estimadas por meio da regressão múltipla de Poisson, ambos com nível de confiança de 95%. Participaram do estudo 11.697 idosos com idade média de 70,1 anos. Como resultado na revisão integrativa, os fatores associados foram o ato de fumar, consumo de álcool, morar em áreas rurais, baixa escolaridade, sexo feminino, idosos mais envelhecidos e não morar com crianças. Para a maioria dos artigos, uma renda familiar baixa também se mostrou associada à multimorbidade. A prevalência de multimorbidade foi de 53,1% em idosos brasileiros. Já na análise multivariada, os idosos do sexo feminino (p<0,001), os mais envelhecidos (p=0,002), os que não são solteiros, mais fortemente associados aos viúvos (p=0,001) e os que possuem plano de saúde no ato da entrevista (p<0,001) estão associados à multimorbidade. Comparando com os idosos que possuem duas doenças crônicas, as mulheres estão associadas à presença de três (p=0,003) e quatro ou mais doenças crônicas (p<0,001). Ademais, para aqueles idosos com multimorbidade, verificou-se que as condições mais prevalentes foram: Hipertensão e Colesterol alto (31,3%), Hipertensão e AVC (30,9%) e Hipertensão e Diabetes (23,3%). Houve associação da primeira condição com o sexo feminino (p<0,001), idosos mais jovens (p<0,001) e ao fato de não fumar (p=0,005). Já a segunda condição, esteve associada ao sexo feminino (p=0,001) e à baixa escolaridade (p<0,001). A terceira associou-se à baixa escolaridade (p=0,020), aos que não realizam exercício físico (p<0,001) e não fumam (p<0,001). Conclui-se que a multimorbidade em idosos brasileiros é uma condição bastante comum e que ela tem sido influenciada por fatores socioeconômicos e pouco relacionada ao estilo de vida. Entretanto, para as principais multimorbidades, além das condições socioeconômicas, o estilo de vida também influenciou nas suas prevalências.
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Na análise dos dados, o teste Qui-quadrado foi utilizado e em seguida as razões de prevalência foram estimadas por meio da regressão múltipla de Poisson, ambos com nível de confiança de 95%. Participaram do estudo 11.697 idosos com idade média de 70,1 anos. Como resultado na revisão integrativa, os fatores associados foram o ato de fumar, consumo de álcool, morar em áreas rurais, baixa escolaridade, sexo feminino, idosos mais envelhecidos e não morar com crianças. Para a maioria dos artigos, uma renda familiar baixa também se mostrou associada à multimorbidade. A prevalência de multimorbidade foi de 53,1% em idosos brasileiros. Já na análise multivariada, os idosos do sexo feminino (p<0,001), os mais envelhecidos (p=0,002), os que não são solteiros, mais fortemente associados aos viúvos (p=0,001) e os que possuem plano de saúde no ato da entrevista (p<0,001) estão associados à multimorbidade. Comparando com os idosos que possuem duas doenças crônicas, as mulheres estão associadas à presença de três (p=0,003) e quatro ou mais doenças crônicas (p<0,001). Ademais, para aqueles idosos com multimorbidade, verificou-se que as condições mais prevalentes foram: Hipertensão e Colesterol alto (31,3%), Hipertensão e AVC (30,9%) e Hipertensão e Diabetes (23,3%). Houve associação da primeira condição com o sexo feminino (p<0,001), idosos mais jovens (p<0,001) e ao fato de não fumar (p=0,005). Já a segunda condição, esteve associada ao sexo feminino (p=0,001) e à baixa escolaridade (p<0,001). A terceira associou-se à baixa escolaridade (p=0,020), aos que não realizam exercício físico (p<0,001) e não fumam (p<0,001). Conclui-se que a multimorbidade em idosos brasileiros é uma condição bastante comum e que ela tem sido influenciada por fatores socioeconômicos e pouco relacionada ao estilo de vida. Entretanto, para as principais multimorbidades, além das condições socioeconômicas, o estilo de vida também influenciou nas suas prevalências.The objective of this study was to identify the prevalence of multimorbidity in the elderly in Brazil and its factors associated with socioeconomic and lifestyle variables. In addition, an integrative review was conducted on the topic. This is a cross-sectional, population-based study. The database was used for the National Health Survey. The elderly were considered multimorbital when they had a diagnosis of two or more chronic diseases. In the analysis of the data, the chi-square test was used and then the prevalence ratios were estimated by means of Poisson multiple regression, both with 95% confidence level. A total of 11,697 elderly people with a mean age of 70.1 years participated in the study. As a result of the integrative review, the associated factors were smoking, alcohol consumption, living in rural areas, low schooling, female sex, older people and not living with children. For most articles, a low household income was also associated with multimorbity. The prevalence of multimorbidity was 53.1% in brazilian elderly. In the multivariate analysis, the elderly (p<0.001), the older (p=0.002), those who are not single, more strongly associated with widowers (p=0.001) and those with health insurance in the (p<0.001) are associated with multimorbidity. Compared with the elderly with two chronic diseases, women are associated with three (p=0.003) and four or more chronic diseases (p<0,001). In addition, hypertension and high cholesterol (31.3%), hypertension and stroke (30.9%) and hypertension and diabetes (23.3%) were found to be the most prevalent conditions for those with multimorbidity. There was association of the first condition with the female sex (p<0.001), younger elderly people (p<0.001) and the fact of not smoking (p = 0.005). On the other hand, the second condition was associated with female gender (p = 0.001) and low level of education (p<0,001). The third group was associated with low educational level (p=0.020), those who did not exercise (p<0.001) and did not smoke (p<0.001). It is concluded that multimorbidity in Brazilian elderly is a very common condition and that it has been influenced by socioeconomic factors and little related to lifestyle. However, for the main multimorbities, in addition to socioeconomic conditions, lifestyle also influenced their prevalence.CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAMultimorbidadeIdososDoenças crônicasPrevalência e fatores associados à multimorbidade em idosos brasileirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTPrevalênciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.txtPrevalênciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain138785https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26804/2/Preval%c3%aanciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.txtd40bb1d771570894ce4b5742c7ad9b82MD52THUMBNAILPrevalênciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.jpgPrevalênciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1369https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26804/3/Preval%c3%aanciafatoresassociados_Melo_2019.pdf.jpg570cd5933f11480cb3081ea51410c499MD53ORIGINALPrevalênciafatoresassociados_Melo_2019.pdfapplication/pdf1512643https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26804/1/Preval%c3%aanciafatoresassociados_Melo_2019.pdf61a26d78c482c3b25ab0a24ff46da6b9MD51123456789/268042019-05-26 03:18:44.455oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26804Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T06:18:44Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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