Efeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29041 |
Resumo: | Introdução: A dispneia é um dos sintomas mais comuns aos esforços na insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção ventricular esquerda reduzida (ICFEr) e avança implacavelmente com a progressão da doença, levando à redução da capacidade funcional. Portanto, investigações sobre o uso da ventilação não invasiva (VNI) ou do treinamento muscular respiratório (TMR) tornam-se essenciais uma vez que podem orientar melhor a tomada de decisões clínicas para otimizar a tolerância ao exercício durante à Reabilitação Cardiovascular (RC). O uso da VNI tem mostrado ser eficaz na redução do trabalho cardiorrespiratório na IC, enquanto protocolos envolvendo a combinação do treinamento muscular inspiratório (TMI) e treinamento muscular expiratório (TME) podem ser inovadores e ter um efeito aditivo no desempenho ao exercício após o TMR. Porém, a evidência da eficácia desse protocolo não é bem estabelecida até o momento. Embora a ineficiência ventilatória na IC possa ser agravada como resultado da fraqueza muscular expiratória, o TME não é claro na literatura, existindo apenas uma série de relatos de casos mostrando melhora nos parâmetros ventilatórios e esses efeitos benéficos ainda não foram confirmados por estudos randomizados. Assim, hipotetizamos que a modalidade combinando TME mais TMI associado à RC pode apresentar efeitos superiores ao uso da VNI mais RC. Objetivos: O 1º estudo teve como objetivo analisar os efeitos do TME mais TMI associados à RC versus VNI mais RC na tolerância ao exercício, no desempenho da musculatura respiratória e qualidade de vida na ICFEr. O 2º estudo, o objetivo foi avaliar o benefício adicional do TME mais TMI quando comparado ao TMI isolado na ICFEr. O 3º estudo foi uma Revisão sistemática que teve o objetivo avaliar os efeitos do TMI na cinética do consumo de oxigênio (VO2) em indivíduos com IC comparado à indivíduos saudáveis. Métodos: A pesquisa foi dividida em três etapas. Inicialmente foi realizado um ensaio clínico randomizado, 21 pacientes com ICC foram alocados em 3 grupos: Grupo 1 RC- controle (n=7), Grupo 2 – RC mais VNI (n=7), Grupo 3 – RC mais TME + TMI (n=7), portanto 17 pacientes cumpriram 12 semanas do programa estruturado de RC supervisionado três vezes por semana. O Grupo 2 – RC + VNI com modo Continuous positive airway pressure (CPAP ajustado até 8 cmH2O por 20 minutos), usando o VPAP TM Auto 25 ResMed System (ResMed® USA). A RC mais TMR, por 30 minutos de duração, sendo 15 minutos com carga inspiratória até 40% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e 15 minutos com carga expiratória entre 5 e 15% da PEmáx, sendo o TME realizado conforme o protocolo desempenhado no estudo de Cahalin et al. O segundo estudo: foi um ensaio controlado e randomizado. Quatorze pacientes com ICFEr foram randomizados e alocados em três grupos: Grupo 1: Cuidados usuais (controle), Grupo 2: TMI (carga 40% da PImáx), Grupo 3; TMI mais TME (carga 5-15% da PEmáx), com exercícios por 12 semanas. E o terceiro estudo: revisão sistemática a busca incluiu as bases MEDLINE, PEDRo, Embase, Cinahl e Cochrane Central para avaliar os efeitos do TMI na cinética do VO2. Resultados: Portanto, no 1º estudo: quando comparado a VNI versus TME + TMI, essas terapias complementares associadas à RC foram semelhantes quanto à distância caminhada de seis minutos (DC6M) e o VO2 pico, porém houve diferença significativa no Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) comparadas ao controle (de 24,6 vs. 19,2 na RC mais VNI, p=0,0001; e 26,6 vs. 19,2 na RC + TME plus TMI, p<0,0001). A RC mais VNI levou a incremento adicional, na capacidade vital forçada (CVF). A RC mais TME + TMI mostrou benefício adicional nas pressões máximas inspiratórias e expiratórias (p<0,0001) quando comparada tanto ao uso da VNI mais RC, quanto ao grupo controle. Tanto a RC mais VNI ou RC associada ao TME mais TMI podem fornecer benefícios adicionais na qualidade de vida. Na segunda etapa; O treinamento combinando TMI mais TME demonstrou melhora adicional na PEmáx; (75 ± 13 vs.115 ± 16; p = 0,002); quando comparado ao TMI isolado. Houve incremento na DC6M, (339 ± 39 vs. 434 ± 31; p = 0,037) e ventilação voluntária máxima (MVV; 69,6 ± 2,7 vs.77,4 ± 4,0; p = 0,021), comparado ao grupo controle (cuidados usuais). Na terceira etapa a revisão sistemática que incluiu três ensaios randomizados avaliando os efeitos do TMI na cinética do VO2, demostrando que o TMI na IC pode melhorar significativamente a cinética de recuperação do VO2, significando diferenças na cinética do VO2 de -0,66mL / kg / mi (IC95%, -0,84 a -0,47; n=56) e no pico de VO2 em 5,03(IC95%, - 6,73 a -3,32, n=56). O comportamento da dinâmica do VO2 parece ser diferente entre paciente com ICFEr e os indivíduos saudáveis. Em indivíduos saudáveis alguns autores não observaram alterações significativas no VO2 máx durante o teste incremental após a intervenção TMI ou Sham, mas a amplitude da cinética do consumo lento de oxigênio foi reduzida e a pressão inspiratória máxima inicial aumentou significativamente. Portanto, devido um pequeno número de estudos, tornam-se inconclusivos os resultados dessa revisão. A análise da cinética do VO2 conforme a abordagem GRADE, a qualidade da evidência apresentada por esse resultado foi baixa, em razão das limitações na metodologia, imprecisão e inconsistência dos resultados. Os efeitos das terapias complementares associadas à RC podem depender do protocolo de exercício, das condições clínicas basais dos pacientes e na forma de avaliação. Portanto, a combinação de TME mais TMI durante a RC pode ser superior ao uso da VNI na melhora do desempenho dos músculos ventilatórios em pacientes com ICFEr. |
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Araújo, Clênia OliveiraFerezini, Joceline CássiaCruz, Nicole Soares OliverNogueira, Renata Carlos FelipeCampos, Shirley LimaBruno, Selma Sousa2020-05-21T17:20:32Z2020-05-21T17:20:32Z2019-12-16ARAÚJO, Clênia Oliveira. Efeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônica. 2019. 174f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29041Introdução: A dispneia é um dos sintomas mais comuns aos esforços na insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção ventricular esquerda reduzida (ICFEr) e avança implacavelmente com a progressão da doença, levando à redução da capacidade funcional. Portanto, investigações sobre o uso da ventilação não invasiva (VNI) ou do treinamento muscular respiratório (TMR) tornam-se essenciais uma vez que podem orientar melhor a tomada de decisões clínicas para otimizar a tolerância ao exercício durante à Reabilitação Cardiovascular (RC). O uso da VNI tem mostrado ser eficaz na redução do trabalho cardiorrespiratório na IC, enquanto protocolos envolvendo a combinação do treinamento muscular inspiratório (TMI) e treinamento muscular expiratório (TME) podem ser inovadores e ter um efeito aditivo no desempenho ao exercício após o TMR. Porém, a evidência da eficácia desse protocolo não é bem estabelecida até o momento. Embora a ineficiência ventilatória na IC possa ser agravada como resultado da fraqueza muscular expiratória, o TME não é claro na literatura, existindo apenas uma série de relatos de casos mostrando melhora nos parâmetros ventilatórios e esses efeitos benéficos ainda não foram confirmados por estudos randomizados. Assim, hipotetizamos que a modalidade combinando TME mais TMI associado à RC pode apresentar efeitos superiores ao uso da VNI mais RC. Objetivos: O 1º estudo teve como objetivo analisar os efeitos do TME mais TMI associados à RC versus VNI mais RC na tolerância ao exercício, no desempenho da musculatura respiratória e qualidade de vida na ICFEr. O 2º estudo, o objetivo foi avaliar o benefício adicional do TME mais TMI quando comparado ao TMI isolado na ICFEr. O 3º estudo foi uma Revisão sistemática que teve o objetivo avaliar os efeitos do TMI na cinética do consumo de oxigênio (VO2) em indivíduos com IC comparado à indivíduos saudáveis. Métodos: A pesquisa foi dividida em três etapas. Inicialmente foi realizado um ensaio clínico randomizado, 21 pacientes com ICC foram alocados em 3 grupos: Grupo 1 RC- controle (n=7), Grupo 2 – RC mais VNI (n=7), Grupo 3 – RC mais TME + TMI (n=7), portanto 17 pacientes cumpriram 12 semanas do programa estruturado de RC supervisionado três vezes por semana. O Grupo 2 – RC + VNI com modo Continuous positive airway pressure (CPAP ajustado até 8 cmH2O por 20 minutos), usando o VPAP TM Auto 25 ResMed System (ResMed® USA). A RC mais TMR, por 30 minutos de duração, sendo 15 minutos com carga inspiratória até 40% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e 15 minutos com carga expiratória entre 5 e 15% da PEmáx, sendo o TME realizado conforme o protocolo desempenhado no estudo de Cahalin et al. O segundo estudo: foi um ensaio controlado e randomizado. 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A análise da cinética do VO2 conforme a abordagem GRADE, a qualidade da evidência apresentada por esse resultado foi baixa, em razão das limitações na metodologia, imprecisão e inconsistência dos resultados. Os efeitos das terapias complementares associadas à RC podem depender do protocolo de exercício, das condições clínicas basais dos pacientes e na forma de avaliação. Portanto, a combinação de TME mais TMI durante a RC pode ser superior ao uso da VNI na melhora do desempenho dos músculos ventilatórios em pacientes com ICFEr.Introduction: Dyspnea is one of the most common symptoms of efforts in chronic heart failure with reduced left ventricular ejection fraction (HFrEF) and progresses relentlessly with disease progression, leading to reduced functional capacity. Therefore, investigations on the use of non-invasive ventilation (NIV) or respiratory muscle training (RMT) become essential since they can better guide clinical decision-making to optimize exercise tolerance during Cardiovascular Rehabilitation (CR). The use of NIV has been shown to be effective in reducing cardiorespiratory work in HF, while protocols involving the combination of inspiratory muscle training (IMT) and expiratory muscle training (EMT) can be innovative and have an additive effect on exercise performance after TMR. However, the evidence for the effectiveness of this protocol is not well established to date. Although ventilatory inefficiency in HF may be aggravated as a result of expiratory muscle weakness, EMT is not clear in the literature, with only a series of case reports showing improvement in ventilatory parameters and these beneficial effects have not yet been confirmed by randomized studies. Thus, we hypothesize that the modality combining EMT plus IMT associated with CR may have effects that are superior or similar to the use of NIV plus CR. Objectives: The first study aimed to analyze the effects of EMT plus IMT associated with CR versus CR plus NIV on exercise tolerance, respiratory muscle performance and quality of life in HFrEF. The 2nd study; the objective was to assess the additional benefit of EMT plus IMT when compared to IMT alone in HFrEF. The third study was a systematic review that aimed to assess the effects of IMT on the kinetics of oxygen consumption (VO2) in individuals with HF compared to healthy individuals. Methods: The research was divided into three stages. Initially, a randomized clinical trial was carried out, involving 17 patients with CHF who were allocated to Group 1 CR - control (n = 6), Group 2 - CR plus NIV (n = 5), Group 3 - CR plus EMT + IMT (n = 6). All patients were evaluated before and after 12 weeks of the structured supervised CR program three times a week. Group 2 - RC + VNI with Continuous positive airway pressure mode (CPAP adjusted to 8 cmH2O for 20 minutes), using the VPAP TM Auto 25 ResMed System (ResMed® USA). CR plus TMR, for 30 minutes, being 15 minutes with inspiratory load up to 40% of maximum inspiratory pressure (MIP) and 15 minutes with expiratory load between 5 and 15% of MEP, with the EMT performed according to the protocol performed in study by Cahalin et al. The second study: was a controlled and randomized trial; Fourteen patients with HFrEF who were randomized into three groups: Group 1: Usual care (control); Group 2: TMI (load 40% of MIP), Group 3; IMT plus EMT (load 5-15% of MEP), with exercises for 12 weeks. And the third study; a systematic review; the search included the MEDLINE, PEDRo, Embase, Cinahl and Cochrane Central databases to assess the effects of IMT on VO2 kinetics. Results: Therefore, in the 1st study: when compared to NIV versus EMT + IMT, these complementary therapies associated with CR were similar in terms of the six-minute walking distance (6MWD) and VO2peak, however there was a significant difference in the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) compared to control (24.6 vs. 19.2 in RC plus NIV, p = 0.0001; and 26.6 vs. 19.2 in CR + EMT plus IMT, p <0.0001). CR plus NIV led to an additional increase in forced vital capacity (FVC). The CR plus EMT + IMT showed an additional benefit in the maximum inspiratory and expiratory pressures (p <0.0001) when compared to both the use of NIV plus CR and the control group. Both CR plus NIV or CR associated with EMT plus IMT can provide additional quality of life benefits. In the second stage; The training combining IMT plus EMT demonstrated additional improvement in the 6MWD, (339 ± 39 vs. 434 ± 31; p = 0.037); maximum voluntary ventilation (MVV; 69.6 ± 2.7 vs. 77.4 ± 4.0; p = 0.021), compared to the control group (usual care). And in MEP; (75 ± 13 vs. 115 ± 16; p = 0.002); when compared to both the isolated IMT. The study suggests that IMT + EMT can contribute to the additional MEP gain; compared to isolated IMT. In addition, it can optimize exercise tolerance in patients with HFrEF compared to control. And in the third stage, the systematic review that included three randomized trials evaluating the effects of IMT on VO2 kinetics; demonstrated that IMT in HF can significantly improve VO2 recovery kinetics, meaning differences in VO2 kinetics of -0.66mL/kg/min (95% CI, -0.84 to -0.47; n = 56) and at VO2 peak at 5.03mL/kg/min (95% CI, - 6.73 to -3.32, n = 56). The behavior of the VO2 dynamics seems different between a patient with HFrEF and healthy individuals. In healthy individuals, some authors did not observe significant changes in VO2max during the incremental test after the IMT or Sham intervention, but the amplitude of the kinetics of slow oxygen consumption was reduced and the initial maximum inspiratory pressure increased significantly. Therefore, due to a small number of studies, the results of this review are inconclusive. The analysis of VO2 kinetics according to the GRADE approach, the quality of the evidence presented by this result was low, due to the limitations in the methodology, imprecision and inconsistency of the results. The effects of complementary therapies associated with CR may depend on the exercise protocol, the patients' baseline clinical conditions and the form of assessment. Therefore, the combination of EMT plus IMT during CR may be superior to the use of NIV in improving the performance of ventilatory muscles in patients with HFrEF.CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALInsuficiência cardíacaReabilitação cardiovascularTreinamento muscular expiratórioTreinamento muscular inspiratórioVentilação não invasivaEfeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTEfeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.txtEfeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain261984https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29041/2/Efeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.txt9652f5896c2c3499ab31f69fead9d796MD52THUMBNAILEfeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.jpgEfeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1232https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29041/3/Efeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf.jpgf76e16a9187d1bc133a866e1df62bfd8MD53ORIGINALEfeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdfapplication/pdf5030488https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29041/1/Efeitosventilacaoinvasiva_Araujo_2019.pdf7c2cbc2c7d0b192799e36c427d45088aMD51123456789/290412020-05-24 06:22:10.696oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/29041Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-05-24T09:22:10Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Efeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônica Araújo, Clênia Oliveira CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL Insuficiência cardíaca Reabilitação cardiovascular Treinamento muscular expiratório Treinamento muscular inspiratório Ventilação não invasiva |
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Introdução: A dispneia é um dos sintomas mais comuns aos esforços na insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção ventricular esquerda reduzida (ICFEr) e avança implacavelmente com a progressão da doença, levando à redução da capacidade funcional. Portanto, investigações sobre o uso da ventilação não invasiva (VNI) ou do treinamento muscular respiratório (TMR) tornam-se essenciais uma vez que podem orientar melhor a tomada de decisões clínicas para otimizar a tolerância ao exercício durante à Reabilitação Cardiovascular (RC). O uso da VNI tem mostrado ser eficaz na redução do trabalho cardiorrespiratório na IC, enquanto protocolos envolvendo a combinação do treinamento muscular inspiratório (TMI) e treinamento muscular expiratório (TME) podem ser inovadores e ter um efeito aditivo no desempenho ao exercício após o TMR. Porém, a evidência da eficácia desse protocolo não é bem estabelecida até o momento. Embora a ineficiência ventilatória na IC possa ser agravada como resultado da fraqueza muscular expiratória, o TME não é claro na literatura, existindo apenas uma série de relatos de casos mostrando melhora nos parâmetros ventilatórios e esses efeitos benéficos ainda não foram confirmados por estudos randomizados. Assim, hipotetizamos que a modalidade combinando TME mais TMI associado à RC pode apresentar efeitos superiores ao uso da VNI mais RC. Objetivos: O 1º estudo teve como objetivo analisar os efeitos do TME mais TMI associados à RC versus VNI mais RC na tolerância ao exercício, no desempenho da musculatura respiratória e qualidade de vida na ICFEr. O 2º estudo, o objetivo foi avaliar o benefício adicional do TME mais TMI quando comparado ao TMI isolado na ICFEr. O 3º estudo foi uma Revisão sistemática que teve o objetivo avaliar os efeitos do TMI na cinética do consumo de oxigênio (VO2) em indivíduos com IC comparado à indivíduos saudáveis. Métodos: A pesquisa foi dividida em três etapas. Inicialmente foi realizado um ensaio clínico randomizado, 21 pacientes com ICC foram alocados em 3 grupos: Grupo 1 RC- controle (n=7), Grupo 2 – RC mais VNI (n=7), Grupo 3 – RC mais TME + TMI (n=7), portanto 17 pacientes cumpriram 12 semanas do programa estruturado de RC supervisionado três vezes por semana. O Grupo 2 – RC + VNI com modo Continuous positive airway pressure (CPAP ajustado até 8 cmH2O por 20 minutos), usando o VPAP TM Auto 25 ResMed System (ResMed® USA). A RC mais TMR, por 30 minutos de duração, sendo 15 minutos com carga inspiratória até 40% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e 15 minutos com carga expiratória entre 5 e 15% da PEmáx, sendo o TME realizado conforme o protocolo desempenhado no estudo de Cahalin et al. O segundo estudo: foi um ensaio controlado e randomizado. Quatorze pacientes com ICFEr foram randomizados e alocados em três grupos: Grupo 1: Cuidados usuais (controle), Grupo 2: TMI (carga 40% da PImáx), Grupo 3; TMI mais TME (carga 5-15% da PEmáx), com exercícios por 12 semanas. E o terceiro estudo: revisão sistemática a busca incluiu as bases MEDLINE, PEDRo, Embase, Cinahl e Cochrane Central para avaliar os efeitos do TMI na cinética do VO2. Resultados: Portanto, no 1º estudo: quando comparado a VNI versus TME + TMI, essas terapias complementares associadas à RC foram semelhantes quanto à distância caminhada de seis minutos (DC6M) e o VO2 pico, porém houve diferença significativa no Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) comparadas ao controle (de 24,6 vs. 19,2 na RC mais VNI, p=0,0001; e 26,6 vs. 19,2 na RC + TME plus TMI, p<0,0001). A RC mais VNI levou a incremento adicional, na capacidade vital forçada (CVF). A RC mais TME + TMI mostrou benefício adicional nas pressões máximas inspiratórias e expiratórias (p<0,0001) quando comparada tanto ao uso da VNI mais RC, quanto ao grupo controle. Tanto a RC mais VNI ou RC associada ao TME mais TMI podem fornecer benefícios adicionais na qualidade de vida. Na segunda etapa; O treinamento combinando TMI mais TME demonstrou melhora adicional na PEmáx; (75 ± 13 vs.115 ± 16; p = 0,002); quando comparado ao TMI isolado. Houve incremento na DC6M, (339 ± 39 vs. 434 ± 31; p = 0,037) e ventilação voluntária máxima (MVV; 69,6 ± 2,7 vs.77,4 ± 4,0; p = 0,021), comparado ao grupo controle (cuidados usuais). 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A análise da cinética do VO2 conforme a abordagem GRADE, a qualidade da evidência apresentada por esse resultado foi baixa, em razão das limitações na metodologia, imprecisão e inconsistência dos resultados. Os efeitos das terapias complementares associadas à RC podem depender do protocolo de exercício, das condições clínicas basais dos pacientes e na forma de avaliação. Portanto, a combinação de TME mais TMI durante a RC pode ser superior ao uso da VNI na melhora do desempenho dos músculos ventilatórios em pacientes com ICFEr. |
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ARAÚJO, Clênia Oliveira. Efeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônica. 2019. 174f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. |
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ARAÚJO, Clênia Oliveira. Efeitos da ventilação não invasiva versus treinamento muscular respiratório associado à reabilitação cardiovascular na insuficiência cardíaca crônica. 2019. 174f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. |
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