Consumo alimentar de indivíduos com esclerose lateral amiotrófica de acordo com a Classificação NOVA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felipe, Maria Luisa do Nascimento
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48791
Resumo: A desnutrição é comum em pacientes com ELA e afeta negativamente a progressão da doença e a mortalidade. Na ELA, indivíduos são mais propensos ao estresse oxidativo, agravado pelo consumo de gorduras, que estão presentes nos alimentos ultraprocessados. O objetivo do estudo foi avaliar o consumo alimentar dos indivíduos com ELA de acordo com a classificação NOVA, identificando a contribuição calórica de cada grupo alimentar para o consumo energético total. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado a partir de registros de dois Recordatório de 24h (R24h) contidos em prontuários de 69 indivíduos com ELA. A análise do consumo de energia e macronutrientes foi feita utilizando o software Virtual Nutri Plus. Em seguida foi conduzida a categorização dos alimentos em (1) in natura, minimamente processados e ingredientes culinários, (2) processados, e (3) ultraprocessados, conforme a classificação NOVA, obtendo-se o percentual de calorias proveniente de cada categoria em relação às calorias totais. Os resultados correspondem à média de dois R24h, sendo 42 homens e 27 mulheres com idade média de 57 (15) e 55 (15) anos, respectivamente. Os homens apresentaram maior consumo médio de energia (p < 0,001), carboidratos (p = 0,001), proteínas (p = 0,003) e lipídios (p = 0,012), quando comparados às mulheres. Conforme recomendações específicas para ELA, os valores médios de energia [29 (10) kcal/kg de peso corporal], proteínas [1,4 (0,5) g/kg de peso corporal] e lipídios [27 (5,6) % do valor energético total] estavam abaixo do recomendado em ambos os grupos. De acordo com a classificação NOVA, a maior contribuição energética para o consumo alimentar de ambos os sexos, foi de alimentos in natura, minimamente processados e ingredientes culinários [(78 (36-100) %; p = 0,030)]), seguido por alimentos ultraprocessados [11 (0-58) %; p = 0,028]. As mulheres apresentaram maior consumo de alimentos ultraprocessados [16 (1,2-57) %; p = 0,028]. Os indivíduos com ELA nesse estudo tiveram maior consumo de alimentos in natura, minimamente processados e ingredientes culinários e baixo consumo de alimentos, ultraprocessados com maior consumo calórico em homens. Entretanto, as mulheres tiveram maior consumo de alimentos ultraprocessados. Os achados desse estudo podem, em conjunto com as recomendações nutricionais específicas para esta doença, ajudar no monitoramento do estado nutricional desses indivíduos.
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição), Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48791Universidade Federal do Rio Grande do NorteNutriçãoUFRNBrasilDepartamento de Nutriçãoconsumo alimentaresclerose amiotrófica lateralalimentos ultraprocessadosrecomendações nutricionaisConsumo alimentar de indivíduos com esclerose lateral amiotrófica de acordo com a Classificação NOVAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisA desnutrição é comum em pacientes com ELA e afeta negativamente a progressão da doença e a mortalidade. Na ELA, indivíduos são mais propensos ao estresse oxidativo, agravado pelo consumo de gorduras, que estão presentes nos alimentos ultraprocessados. 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