Endometrite fúngica em égua: relato de caso
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
Texto Completo: | https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1489 |
Resumo: | A equideocultura, a cada ano que passa, vem ganhando mais espaço dentro do mercado brasileiro e fazendo crescer a economia do país. Atualmente, estima-se que no Brasil tenha em torno de 4.218.896 equinos, somados os cavalos da lida, lazer e competição. Estão presentes em 1.165.985 estabelecimentos. Com esse quantitativo de animais, há uma movimentação de cerca de R$ 16,5 bilhões anualmente, gerando uma média de 610 mil empregos diretos e cerca de 2.430 mil empregos indiretos, sendo notório esta, ser uma atividade de grande importância social. Apesar de um grande avanço nas técnicas reprodutivas utilizadas, existem impasses que fazem com que a produção diminua ou seja interrompida. Dentro desses impasses estão as enfermidades que acometem o sistema reprodutor da espécie onde pode-se destacar a endometrite, processo infeccioso que acomete o endométrio das éguas e pode ser causada por processos não específicos, ou seja, não venéreos ou por agentes patogênicos que se instalam em razão do seu poder de transmissão. Ultimamente, tem-se estudado mais a fundo um conjunto de microrganismos. Este conjunto, conhecido como biofilme, pode ser definido como um agregado de microrganismos que crescem aderidos a uma superfície e revestidos de uma camada heterogênea de compostos extracelulares, definida como a matriz do biofilme. Diante disto, a realização deste trabalho teve como objetivo descrever um relato de caso sobre endometrite fúngica em égua e identificação dos fungos presentes no útero de éguas diagnosticadas com endometrite fúngica, e possíveis tratamentos. Os agentes mais comumente isolados do útero da égua Streptococcus equi spp. Zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae. Outras bactérias aeróbias isoladas incluem estreptococos alfa-hemolíticos, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Enterobacter spp., Actinobacter spp., Proteus spp. e Citrobacter spp., além dos fungos Cândida spp. e Aspergyllus sp.. Foi realizada citologia endometrial com resultado positivo para endometrite, depois de analisada a lâmina em microscópio e observar a presença de neutrófilos em ambas as amostras. O resultado da identificação foi o fungo do gênero Cladosporium sp para o animal A e para o animal B, foram identificadas hifas artrosporadas junto a fragmentos de hifas. Viu-se que o biofilme é um grande problema dentro da reprodução equina quando se trata de endometrites, pois esta proteção produzida pelos microrganismos faz com que os tratamentos convencionais sejam ineficientes, causando dificuldade na eliminação dos patógenos. |
id |
UFRPE_eebb4046eb1e3b29c47e5596ed0f5102 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace:123456789/1489 |
network_acronym_str |
UFRPE |
network_name_str |
Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
repository_id_str |
https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/10612 |
spelling |
Endometrite fúngica em égua: relato de casoÉguas - DoençasÚtero - Doenças - TratamentoVeterinária - DiagnósticoA equideocultura, a cada ano que passa, vem ganhando mais espaço dentro do mercado brasileiro e fazendo crescer a economia do país. Atualmente, estima-se que no Brasil tenha em torno de 4.218.896 equinos, somados os cavalos da lida, lazer e competição. Estão presentes em 1.165.985 estabelecimentos. Com esse quantitativo de animais, há uma movimentação de cerca de R$ 16,5 bilhões anualmente, gerando uma média de 610 mil empregos diretos e cerca de 2.430 mil empregos indiretos, sendo notório esta, ser uma atividade de grande importância social. Apesar de um grande avanço nas técnicas reprodutivas utilizadas, existem impasses que fazem com que a produção diminua ou seja interrompida. Dentro desses impasses estão as enfermidades que acometem o sistema reprodutor da espécie onde pode-se destacar a endometrite, processo infeccioso que acomete o endométrio das éguas e pode ser causada por processos não específicos, ou seja, não venéreos ou por agentes patogênicos que se instalam em razão do seu poder de transmissão. Ultimamente, tem-se estudado mais a fundo um conjunto de microrganismos. Este conjunto, conhecido como biofilme, pode ser definido como um agregado de microrganismos que crescem aderidos a uma superfície e revestidos de uma camada heterogênea de compostos extracelulares, definida como a matriz do biofilme. Diante disto, a realização deste trabalho teve como objetivo descrever um relato de caso sobre endometrite fúngica em égua e identificação dos fungos presentes no útero de éguas diagnosticadas com endometrite fúngica, e possíveis tratamentos. Os agentes mais comumente isolados do útero da égua Streptococcus equi spp. Zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae. Outras bactérias aeróbias isoladas incluem estreptococos alfa-hemolíticos, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Enterobacter spp., Actinobacter spp., Proteus spp. e Citrobacter spp., além dos fungos Cândida spp. e Aspergyllus sp.. Foi realizada citologia endometrial com resultado positivo para endometrite, depois de analisada a lâmina em microscópio e observar a presença de neutrófilos em ambas as amostras. O resultado da identificação foi o fungo do gênero Cladosporium sp para o animal A e para o animal B, foram identificadas hifas artrosporadas junto a fragmentos de hifas. Viu-se que o biofilme é um grande problema dentro da reprodução equina quando se trata de endometrites, pois esta proteção produzida pelos microrganismos faz com que os tratamentos convencionais sejam ineficientes, causando dificuldade na eliminação dos patógenos.Equideoculture, with each passing year, has been gaining more space within the Brazilian market and making the country's economy grow. Currently, it is estimated that in Brazil there are around 4,218,896 equines, together with equidae, leisure and competition. They are present in 1,165,985 establishments. With this amount of animals, there is a turnover of around R$ 16.5 billion annually, generating an average of 610 thousand direct jobs and about 2,430 thousand indirect jobs, which is notoriously an activity of great social importance. Despite a great advance in the reproductive techniques used, there are impasses that cause the production to diminish or be interrupted. Within these impasses are the diseases that affect the reproductive system of the species where it is possible to emphasize endometritis, an infectious process that affects the endometrium of the mares and can be caused by non-specific processes, that is, nonvenereal or by pathogens that settle by reason of its power of transmission. Lately, a set of microorganisms has been studied further. This set, known as a biofilm, can be defined as an aggregate of microorganisms that grow adhered to a surface and coated with a heterogeneous layer of extracellular compounds, defined as the biofilm matrix. The objective of this study was to describe a case report on fungal endometritis in mare and identification of fungi present in the uterus of mares diagnosed with fungal endometritis and possible treatments. The most commonly isolated agents of the uterus of the mare Streptococcus equi spp. Zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa and Klebsiella pneumoniae. Other isolated aerobic bacteria include alpha-hemolytic streptococci, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Enterobacter spp., Actinobacter spp., Proteus spp. and Citrobacter spp., in addition to the fungi Candida spp. and Aspergyllus sp. Endometrial cytology was performed with a positive result for endometritis, after the slide was analyzed under a microscope and the presence of neutrophils was observed in both samples. The result of the identification was the fungus of the genus Cladosporium sp for animal A and for animal B, hyphas were identified arthrosporate next to fragments of hyphae. It has been seen that biofilm is a major problem in equine reproduction when it comes to endometrites, since this protection produced by microorganisms makes conventional treatments inefficient, causing difficulty in eliminating pathogens.BrasilMaia, Victor Nettohttp://lattes.cnpq.br/2382717323044547http://lattes.cnpq.br/3779425739192453Melo, Aldo Gimendis Pereira de2019-09-10T19:06:00Z2019-09-10T19:06:00Z2019-07-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis65 f.application/pdfMELO, Aldo Gimendis Pereira de. Endometrite fúngica em égua: relato de caso. 2019. 65 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) – Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2019.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1489porAtribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BRopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2022-05-19T15:20:31Zoai:dspace:123456789/1489Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122022-05-19T15:20:31Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
title |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
spellingShingle |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso Melo, Aldo Gimendis Pereira de Éguas - Doenças Útero - Doenças - Tratamento Veterinária - Diagnóstico |
title_short |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
title_full |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
title_fullStr |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
title_full_unstemmed |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
title_sort |
Endometrite fúngica em égua: relato de caso |
author |
Melo, Aldo Gimendis Pereira de |
author_facet |
Melo, Aldo Gimendis Pereira de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Maia, Victor Netto http://lattes.cnpq.br/2382717323044547 http://lattes.cnpq.br/3779425739192453 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Melo, Aldo Gimendis Pereira de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Éguas - Doenças Útero - Doenças - Tratamento Veterinária - Diagnóstico |
topic |
Éguas - Doenças Útero - Doenças - Tratamento Veterinária - Diagnóstico |
description |
A equideocultura, a cada ano que passa, vem ganhando mais espaço dentro do mercado brasileiro e fazendo crescer a economia do país. Atualmente, estima-se que no Brasil tenha em torno de 4.218.896 equinos, somados os cavalos da lida, lazer e competição. Estão presentes em 1.165.985 estabelecimentos. Com esse quantitativo de animais, há uma movimentação de cerca de R$ 16,5 bilhões anualmente, gerando uma média de 610 mil empregos diretos e cerca de 2.430 mil empregos indiretos, sendo notório esta, ser uma atividade de grande importância social. Apesar de um grande avanço nas técnicas reprodutivas utilizadas, existem impasses que fazem com que a produção diminua ou seja interrompida. Dentro desses impasses estão as enfermidades que acometem o sistema reprodutor da espécie onde pode-se destacar a endometrite, processo infeccioso que acomete o endométrio das éguas e pode ser causada por processos não específicos, ou seja, não venéreos ou por agentes patogênicos que se instalam em razão do seu poder de transmissão. Ultimamente, tem-se estudado mais a fundo um conjunto de microrganismos. Este conjunto, conhecido como biofilme, pode ser definido como um agregado de microrganismos que crescem aderidos a uma superfície e revestidos de uma camada heterogênea de compostos extracelulares, definida como a matriz do biofilme. Diante disto, a realização deste trabalho teve como objetivo descrever um relato de caso sobre endometrite fúngica em égua e identificação dos fungos presentes no útero de éguas diagnosticadas com endometrite fúngica, e possíveis tratamentos. Os agentes mais comumente isolados do útero da égua Streptococcus equi spp. Zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae. Outras bactérias aeróbias isoladas incluem estreptococos alfa-hemolíticos, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Enterobacter spp., Actinobacter spp., Proteus spp. e Citrobacter spp., além dos fungos Cândida spp. e Aspergyllus sp.. Foi realizada citologia endometrial com resultado positivo para endometrite, depois de analisada a lâmina em microscópio e observar a presença de neutrófilos em ambas as amostras. O resultado da identificação foi o fungo do gênero Cladosporium sp para o animal A e para o animal B, foram identificadas hifas artrosporadas junto a fragmentos de hifas. Viu-se que o biofilme é um grande problema dentro da reprodução equina quando se trata de endometrites, pois esta proteção produzida pelos microrganismos faz com que os tratamentos convencionais sejam ineficientes, causando dificuldade na eliminação dos patógenos. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-09-10T19:06:00Z 2019-09-10T19:06:00Z 2019-07-19 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
MELO, Aldo Gimendis Pereira de. Endometrite fúngica em égua: relato de caso. 2019. 65 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) – Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2019. https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1489 |
identifier_str_mv |
MELO, Aldo Gimendis Pereira de. Endometrite fúngica em égua: relato de caso. 2019. 65 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Medicina Veterinária) – Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2019. |
url |
https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1489 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR openAccess info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
65 f. application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Brasil |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) instacron:UFRPE |
instname_str |
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) |
instacron_str |
UFRPE |
institution |
UFRPE |
reponame_str |
Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
collection |
Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.sib@ufrpe.br |
_version_ |
1809277152350175232 |