Protocolo para avaliação, planejamento e controle da acessibilidade às pessoas Surdas e com deficiência auditiva em serviços de saúde
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229169 |
Resumo: | Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2021. |
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Protocolo para avaliação, planejamento e controle da acessibilidade às pessoas Surdas e com deficiência auditiva em serviços de saúdeEngenharia de produçãoServiços de saúdeAcessibilidadeSurdosPessoas com deficiência auditivaErgonomiaTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis, 2021.A acessibilidade é um direito de todo cidadão. Para as pessoas Surdas, usuária da língua de sinais (LS), e para os deficientes auditivos (DA), o acesso às atividades existentes na sociedade é garantido quando há a possibilidade de comunicação em LS e/ou quando suas singularidades e preferências de comunicação são conhecidas e compreendidas pelas pessoas e instituições. Na área da saúde a acessibilidade é ainda mais fundamental, pois as barreiras de comunicação podem acarretar em consequências graves, como o não recebimento de informações de saúde e baixa prevenção de doenças, e erros no diagnóstico e posterior tratamento desses pacientes. As soluções existentes contidas na legislação e normas técnicas, não são suficientes para guiar gestores e desenvolvedores para a implementação de soluções efetivas para que população Surda/DA receba atendimento humanizado, com equidade, eficácia e segurança. A presente pesquisa teve como objetivo de desenvolver um protocolo que oriente os gestores e pesquisadores inseridos no contexto dos serviços de saúde (ambulatoriais e de pronto-atendimento) a identificar o nível de acessibilidade às pessoas Surdas e deficientes auditivas desses serviços, bem como a planejar a implementação de melhorias e monitorá-las continuamente. A metodologia proposta foi organizada em duas etapas: (1) Levantamento de Dados, que consiste nos estudos de revisão integrativa da literatura, e estudos de caso, onde foi realizada a análise e avaliação da acessibilidade nos setores de ambulatório e pronto-atendimento do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) e Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC). (2) Desenvolvimento do Protocolo, o qual abrange a construção dos itens para avaliação do nível de acessibilidade dos serviços de saúde; a proposição de soluções; e a apresentação do protótipo. Em relação aos resultados, assim como na literatura, evidenciou-se que em ambos os hospitais existem problemas relativos: à Gestão (falta de políticas de acessibilidade e ações práticas como programas de treinamento); aos Recursos e Tecnologias (não há parceria com centrais de intérprete de Libras, ou a utilização de tecnologias assistivas, ou recursos visuais que auxiliem no atendimento a pessoa Surda/DA); aos Profissionais de Saúde (falta de conhecimentos e habilidades necessárias para prestar cuidados de forma acessível à pessoa Surda/DA); ao Ambiente Físico (problemas de acústica e barreiras físicas que dificultam ou impedem a comunicação); à Fatores Externos à instituição (falta de políticas públicas, fomento a centrais de intérprete e tecnologias assistivas; falta de programas e disciplinas para preparar os estudantes da área da saúde). A partir dos dados coletados na literatura e na pesquisa de campo, foi desenvolvido o protocolo de avaliação da acessibilidade, denominado ProSaúde (Acessibilidade aos Surdos em Serviços de Saúde) que avalia a acessibilidade às pessoas Surdas/DA em cada etapa do processo de atendimento (gestão, recepção, acolhimento e atendimento clínico) de forma individual, e, posteriormente, englobando o serviço como um todo. O protocolo é estruturado em três fases: 1ªAnálise: visa identificar que nível de acessibilidade o serviço de saúde se encontra (ideal, alto, regular, baixo ou nulo). 2ª. Planejamento: onde são propostas soluções de acordo com o nível de acessibilidade avaliado na primeira fase, bem como é descrito o planejamento das implementações das ações sugeridas. 3ª Controle: onde as ações implementadas são verificadas e reavaliadas periodicamente. As fases da ferramenta foram desenvolvidas com base no ciclo PDCA para melhoria contínua. Conclui-se que para que a acessibilidade seja possível e efetiva, é preciso a cooperação de todos os envolvidos no processo de atendimento, com ações conjuntas, planejadas e permanentes.Abstract: Accessibility is a right of every citizen. For deaf people, users of sign language (SL), and for hard of hearing people (HH), access to existing activities in society is guaranteed when there is the possibility of communicating in SL and / or as for their singularities and communication preferences. they are known and understood by professionals and organizations. Health is a fundamental social right guaranteed by the State to all people, however, this people face communication barriers in all processes within the health system, from access to the service and scheduling consultations / exams, to diagnosis and treatment. Communication barriers can lead to serious consequences, such as not receiving health information and low disease prevention, and errors in the diagnosis and subsequent treatment of these patients. The existing solutions contained in the legislation and technical standards are not enough to guide managers and developers to implement effective solutions so that the Deaf/HH population receives humanized care, with equity, efficiency and safety. This research aimed to develop a protocol to guide managers and researchers in the context of health services (outpatient and emergency care) to identify the level of accessibility for Deaf/HH people in these services, as well as to plan implementing improvements and monitoring them continuously. The proposed methodology was organized in two stages: (1) Data Survey, integrative literature review studies and case studies, where the analysis and assessment of accessibility in the outpatient and emergency care sectors of the Hospital was carried out. Polydoro Ernani University of São Thiago (HU/UFSC) and Institute of Cardiology of Santa Catarina (ICSC). (2) Development of the Protocol, which includes the construction of items to assess the level of accessibility of health services; the proposition of solutions; and the presentation of the prototype. In relation to the results, as in the literature, it was evident that in both hospitals there are problems related to: Management (lack of accessibility policies and practical actions such as training programs); Resources and Technologies (there is no partnership with Libras interpreter centers, or the use of assistive technologies, or visual resources that assist in the care of the Deaf/DA person); Health Professionals (lack of knowledge and skills necessary to provide care in an accessible way to the Deaf/AD person); Physical Environment (acoustic problems and physical barriers that hinder or obstruct communication); Factors external to the institution (lack of public policies, promotion of interpreter centers and assistive technologies; lack of programs and undergraduate course to prepare students in the health area). From the data collected in the literature and in the field research, the ProSAude application software (Accessibility to the Deaf/HH people in Health Services) was developed. The tool is structured in three phases: 1st. Analysis: aims to identify which level of accessibility the health service finds (ideal, high, regular, low or null). 2nd. Planning: in this phase, improvement solutions are suggested according to the accessibility level assessed in the first phase, as well as the planning of the suggested actions is proposed. And the 3rd. Control: in this phase, the implemented actions are periodically checked and reassessed. The tool phases were developed based on the PDCA cycle for continuous improvement. It is concluded that for accessibility to be possible and effective, co-operation of everyone involved in the care process is needed, with joint, planned and permanent actions. Accessibility is possible, this thesis presents a path towards this achievement.Vergara, Lizandra Garcia LupiUniversidade Federal de Santa CatarinaLopez, Monica Holdorf2021-10-14T19:29:37Z2021-10-14T19:29:37Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis221 p.| il., tabs.application/pdf373067https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/229169porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-14T19:29:37Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/229169Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-10-14T19:29:37Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
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