Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFSC |
Texto Completo: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248603 |
Resumo: | TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Medicina. |
id |
UFSC_37d64aa3edaab75eed94cee39c5423ed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufsc.br:123456789/248603 |
network_acronym_str |
UFSC |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFSC |
repository_id_str |
2373 |
spelling |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no BrasilViolência obstétricaMulheres encarceradasTCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Medicina.Introdução: Nascer no Brasil é um ato violento. Quando as agressões obstétricas, que perpassam o atendimento de mulheres gestantes livres, atinge o recorte de parição vinculada ao cárcere brasileiro, outras inúmeras brutalidades são expostas. A conformação social das prisões, a ordem de encarceramento em massa, o processo de despersonalização e estigmatização social das cadeias, além da invisibilidade da mulher presa fazem do sistema penal brasileiro um espaço falho e inóspito à geração da vida. Objetivo: Analisar criticamente as condições de violência obstétrica em unidades prisionais brasileiras. Objetiva-se investigar essa realidade partindo da compreensão histórica e sociodemográfica das prisões femininas, da revisão de legislações específicas à garantia de direitos da mulher presa e gestante, além da maneira com a qual a instituição social do cárcere intervêm no ato de nascer. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de caráter qualitativo e cunhos dedutivo, descritivo e interpretativo. O estudo utilizou a produção científica indexada nas seguintes bases de dados eletrônicas: LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), além da integração de produções subjetivas da literatura, pesquisas e bancos de dados nacionais que objetivavam demonstrar a relação entre violência obstétrica e encarceramento feminino no Brasil. Resultados: Constatou-se que o processo histórico do nascimento é atravessado por percepções sociais de patologização, medicalização e mecanização do parto, sendo esses, movimentos contribuintes à surgência das violações no campo obstétrico. Também pode-se identificar como esse tipo de violência é perpetrada dentro e fora das unidades prisionais brasileiras, levando em consideração a análise dos sistemas de estigmatização do corpo preso e as interseccionalidades que transpõe a determinação do punir. Conclusão: Conclui-se que a transposição do saber científico ocidental sobre o conhecimento empírico popular firmou o estabelecimento de uma hierarquia de poder, na qual, realojou-se a função social feminina do parturejar ao domínio masculino obstétrico. Esse movimento contribuiu intrinsecamente, ao panorama de objetificação do corpo feminino, base de instalação à violência obstétrica, que pôde ser detalhada por meio de diferentes manifestações, entre elas, a física, a psicológica e a sexual. Transpassando ao cotidiano de mulheres livres, essas violências atingem também aquelas em privação de liberdade, somatizando a essas agressões, especificidades integradas aos processos sociais de estigmatização, invisibilidade e submissão do corpo preso.Araranguá, SCCeccon, Roger FloresUniversidade Federal de Santa Catarina.Dornelles, Gabriela Zoti2023-07-11T18:31:10Z2023-07-11T18:31:10Z2023-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis68 f.application/pdfhttps://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248603Open Access.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSC2023-07-11T18:31:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/248603Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732023-07-11T18:31:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
title |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
spellingShingle |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil Dornelles, Gabriela Zoti Violência obstétrica Mulheres encarceradas |
title_short |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
title_full |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
title_fullStr |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
title_full_unstemmed |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
title_sort |
Parir na cadeia: a violação do corpo feminino na assistência obstétrica de mulheres em privação de liberdade no Brasil |
author |
Dornelles, Gabriela Zoti |
author_facet |
Dornelles, Gabriela Zoti |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Ceccon, Roger Flores Universidade Federal de Santa Catarina. |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dornelles, Gabriela Zoti |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Violência obstétrica Mulheres encarceradas |
topic |
Violência obstétrica Mulheres encarceradas |
description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Medicina. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-07-11T18:31:10Z 2023-07-11T18:31:10Z 2023-06-30 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248603 |
url |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/248603 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Open Access. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Open Access. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
68 f. application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Araranguá, SC |
publisher.none.fl_str_mv |
Araranguá, SC |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instacron:UFSC |
instname_str |
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
instacron_str |
UFSC |
institution |
UFSC |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFSC |
collection |
Repositório Institucional da UFSC |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808651895716184064 |