O esporte e a expansão do capital: as críticas, contradições e implicações para a educação física

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Colombo, Bruno Dandolini
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128957
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2014
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaColombo, Bruno DandoliniD'Agostini, Adriana2015-02-05T20:31:59Z2015-02-05T20:31:59Z2014329400https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/128957Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2014O esporte é uma manifestação cultural fortemente presente na vida dosindivíduos e importante para a economia capitalista. Ele mobiliza e é mobilizado por uma cadeia produtiva que contribuiu para a lógica expansiva do capital. No fenômeno esportivo estão presentes os elementos constitutivos desse modo de produção, assim como suas contradições e os germes de sua superação. Torna-se necessário, portanto, compreender o esporte em suas múltiplas determinações para que vislumbremos as possibilidades e os limites de sua contribuição à efetiva transformação social. O objetivo geral deste trabalho é analisar as tendências de desenvolvimento do esporte, suas principais características, críticas e contradições referentes ao fenômeno esportivo como uma das possibilidades de expansão do capital e suas implicações para a Educação Física. Adotamos como procedimento de pesquisa os estudos bibliográficos e documentais. Destacamos que o esporte se originou na Inglaterra do século XVIII, em meio ao processo de consolidação da sociedade capitalista, instituiu-se, desenvolveu-se e se expandiu para os demais países do mundo, juntamente com o progresso do capital; também enfrentou resistências de movimentos contrários à lógica burguesa de organização das práticas corporais, porém se constituiu como a expressão hegemônica da cultura corporal. Nesse processo de expansão capitalista, o esporte se estabeleceu como mercadoria e constituiu-se como uma cadeia produtiva que envolve, na atualidade, os mais diversos e específicos segmentos produtivos. Identificamos os megaeventos esportivos como importante manifestação social para a acumulação de capital. Essa identificação deu-se, principalmente, na apreensão de alguns conceitos, em Harvey, tais como: renda monopolista e capital simbólico coletivo. Percebemos atualmente o controle de fortíssimas empresas, como a FIFA, em megaeventos esportivos e o potencial diferenciador de localidades como condição capaz de atrair investimentos capitalistas. A escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 incide sobre seu potencial de capital simbólico coletivo. Outro aspecto que percebemos é a eficácia do esporte no processo de acumulação de capital, exaltando a paz entre as nações e a harmonia entre as classes, assim como se identifica, no ensino do esporte, nas aulas de Educação Física, a necessidade de aprimoramento da essência do fenômeno esportivo. Atualmente tende a se consolidar uma interligação nos seguintes âmbitos: entre esporte e estratégias de expansão capitalista; entre esporte (principalmente o transmitido pela mídia) e a influência no ensino esportivo na escola; entre valores capitalistas e ensino de esportes na escola. Esse movimento ocorre por duas perspectivas: pela esportivização das práticas corporais e pela ausência de conteúdos nas aulas de Educação Física, ou seja, pela negação da cultura corporal.<br>Abstracts: Sports are born and constructed within capitalism. Sports contain the constituent elements of capitalism, as well as its contradictions and the germs of its overcoming. Therefore, it is necessary to understand the sport in its multiple determinations for us to be able to glimpse the possibilities and limits of its contribution to effective social transformation. The aim of this study was to analyze sports development trends, their main features, reviews, and contradictions regarding the phenomenon of sports as a strategy of capital We adopted bibliographic and documentary studies as a research procedure. We emphasize that the modern day conception of sports originated in eighteenth century England, amidst the consolidation of a capitalist society. Sports have established, developed and expanded to the rest of the world along with the progress of capitalistic ideals. It faced resistance from groups against the perceived upper class`s logic of organization regarding bodily practices; however, it formed a hegemonic expression of the Body Culture. Sports have been established as a commodity in the process of capitalist expansion. In this condition, it has been established as a supply chain that involves the most diverse and specific productive sectors in current times. We identify the largest sporting events as important for the accumulation of capital. That identification was based mainly on the apprehension of concepts by Harvey, such as: income monopoly and collective symbolic capital. We recognized the power of very strong companies like FIFA in mega sports events. We also identified the differentiating potential of localities as a condition able to attract capitalist investment. The choice of Rio de Janeiro to host the Olympics in 2016 focuses on its potential for collective symbolic capital. We realized how effective sports are in the capital accumulation process, extolling peace among nations and harmony between the social classes. We identified the need to apply the essence of sports in the teaching of physical education. Currently we see a connection in regards to sports and capitalist expansion strategies. This connection is exhibited in the correlation of media transmitted sports, capitalistic values, and the influence on sports education in schools. This movement occurs in two perspectives: the sportivization of bodily practices, and the denial of body culture exhibited in the lack of content within physical education classes.porEducaçãoEducação físicaEsportesAspectos economicosCapitalismoO esporte e a expansão do capital: as críticas, contradições e implicações para a educação físicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL329400.pdfapplication/pdf630490https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/128957/1/329400.pdfd79978d6989052cd61fe4cc0a3f69f1bMD51123456789/1289572015-02-05 18:31:59.364oai:repositorio.ufsc.br:123456789/128957Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732015-02-05T20:31:59Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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