Mary Shelley e as cartas de Frankenstein: uma análise comparativa de seis traduções brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Lilian Agg
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/186557
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2017.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaGarcia, Lilian AggCaldas-Coulthard, Carmen Rosa2018-05-25T04:03:51Z2018-05-25T04:03:51Z2017351982https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/186557Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Florianópolis, 2017.Apesar das numerosas traduções e adaptações do romance Frankenstein (1818), de Mary Shelley (M.S.), desde que foi publicado até os dias de hoje, a partir da investigação realizada em diversas fontes, como no Banco de Teses e Dissertações da Capes (2017) e em bibliotecas universitárias, é fato que o romance da autora não havia ainda sido analisado na área dos Estudos da Tradução no Brasil. Frankenstein é uma narrativa extensa de mais de duzentas páginas, nas quais a autora abarca temas essenciais, tais como a ciência, o homem e a natureza, o humano e o não humano, o Dopplegänger, a monstruosidade, a condição feminina e o mito. Além disso, a estrutura da narrativa contém características estilísticas peculiares do romantismo inglês e da literatura gótica. Considerando tais questões, esta pesquisa tem como propósito investigar como o texto de M.S. tem sobrevivido no Brasil através de suas traduções para o português brasileiro. A pesquisa concentra-se mais especificamente em como as quatro cartas iniciais foram vertidas para o português brasileiro, por Caio Jardim, Éverton Ralph, Miecio Araujo Jorge Honkis, Marcos Maffei, Adriana Lisboa e Bruno Gambarotto, publicadas respectivamente em 1957, [ca. 1960], 1973, 1998, 2011 e 2013. Para análise foram contemplados os seguintes tópicos: pronomes pessoais e de tratamento, topônimos, antropônimos, adjetivos e advérbios avaliativos. Foi realizada uma análise comparativa dos tópicos selecionados do texto de partida (TP) com os dos seis textos de chegada (TCs). A tese se caracteriza pela sua natureza historiográfica e descritiva e se fundamenta no conceito de tradução de Schleiermacher (1813/2011), assim como em autores e em reflexões dos Estudos da Tradução, tais como: manipulação literária de Lefevere (1992); domesticação e estrangeirização discutidos por Venuti (1992; 1995/2008; 2002); reflexões de Berman (1985/2013) sobre o (a) tradutor (a) que contempla a letra (estrutura textual) e/ou o sentido (significação) do TP e na (in)fidelidade inevitável durante o processo tradutório; e, finalmente, os estudos de Eco (2009/2014) sobre as perdas, ganhos e negociações no processo de solução de problemas. Os resultados da pesquisa indicam que os tradutores e a tradutora buscaram preservar a estrutura de romance epistolar do TP e ajustes imprescindíveis foram feitos na LC. Os TCs analisados também apresentam marcas de domesticação e de estrangeirização. Por fim, este estudo mostra que uma das traduções se configurou como erudita, por seu registro elevado (formal), remetendo ao estilo do romantismo gótico inglês. A pesquisa também mostra que é por meio das traduções que a obra de M.S. continua sendo fonte de reproduções da narrativa inicial.Abstract : Despite the fact that there are numerous translations and adaptations of Mary Shelley?s (M.S.) novel Frankenstein (1818), it has not yet been analyzed from the perspective of Translation Studies in Brazil, as various sources, such as Banco de Teses e Dissertações da Capes (Capes Thesis and Dissertation Database) (2017) and university libraries prove. Frankenstein is a large narrative of over 200 pages, in which the author deals with essential matters, such as science, man and nature, human and non-human, Dopplegänger, monstrosity, women?s conditions, and myth. In addition, the narrative frame has also particular stylistic features of English romanticism, and gothic literature. In view of such complexity, the objective of this thesis is to verify how M.S.?s text has survived in Brazil in its Portuguese translations. The thesis focuses on how the four initial letters of Frankenstein (1818/2012) were translated by six Brazilian translators, Caio Jardim, Everton Ralph, Miécio Araujo Jorge Honkis, Marcos Maffei, Adriana Lisboa, and Bruno Gambarotto, respectively in 1957, [ca. 1960], 1973, 1998, 2011 and 2013. The following aspects were considered for the analysis: personal pronouns, personal titles, anthroponyms, toponyms, evaluative adjectives and adverbs, so that a comparative analysis of the source text (ST) with the six target texts (TT) were verified. This thesis has historiographic and descriptive nature. It is theoretically based on the translation concept of Schleiermacher (1813/2011), and on Translation Studies authors and concepts such as: Lefevere?s (1992) concept of literary manipulation; domestication and foreignization discussed by Venuti (1992; 1995/2008; 2002); Berman?s considerations (1985/2013) about the translator who prioritizes the text itself and/or the semantics of the ST, as well as the inevitable ?(in) fidelity? during the translation process; and finally on Eco?s studies (2003/2014) about gains, losses and negotiations throughout the process of solving problems. The research results point to the fact that Brazilian translators attempted to preserve the epistolary novel frame of the ST although some inevitable adjustments were made, TTs analysed also reveal domestication and foreignization trends. Finally, this study shows that one of the translations turned to be highly formal, in such a way that it approached the English gothic romantic style. It also shows that it is through the translations that the M.S.?s text continues to be a source of further reproductions of the initial narrative.320 p.| il.porTradução e interpretaçãoLiteratura inglesaMary Shelley e as cartas de Frankenstein: uma análise comparativa de seis traduções brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGET0362-T.pdfPGET0362-T.pdfapplication/pdf9680582https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/186557/-1/PGET0362-T.pdfdfd3941dd219fcba65cb489be855b807MD5-1123456789/1865572018-05-25 01:03:52.026oai:repositorio.ufsc.br:123456789/186557Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-05-25T04:03:52Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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