O gótico feminino em Frankenstein, de Mary Shelley.

• Autor(a) principal: ALVES, Juliana Apoliana Tavares.
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27086
• topic: Letras- Língua Inglesa.; Literatura inglesa; Gótico feminino; Estudos literários; Ciência; Shelley, Mary; Frankenstein; English literature; Female gothic; Literary studies; Science

O objetivo desta pesquisa é analisar características do gótico feminino em Frankenstein or The Modern Prometheus (1818), da escritora inglesa Mary Shelley (1797-1851). Este romance trata de um cientista que constrói uma criatura viva com partes de seres humanos mortos, e debate temores próprios de uma sociedade em plena época da Revolução Industrial, tais como, o medo do Outro (masculino, feminino, racial etc). Esta estética notabilizou-se por retratar crimes contra mulheres indefesas, e a autora debate isto de uma forma e perspectivas pouco comuns para a época. Para esta empreitada, a metodologia adotada nesta pesquisa se constituiu em uma revisão bibliográfica utilizando-se primordialmente os pressupostos de Botting (1996), Burgess (2003), Hogle (2006), Gilbert e Gubbar (1984), Husillos (2014), Leite (2009), Moers (1976), Monteiro (2017) e Tillotson (1983) para fundamentar o gótico feminino. Nesta sequência, os levantamentos de Giassoni (1998), Florescu (1998) e Lecercle (1991) foram basilares na leitura dos limites da ciência encontrados na violação das leis naturais e a “depressão pósparto” artificial de Victor Frankenstein. Nesse sentido, a dualidade entre o criador e a Criatura é referida através das conjecturas de Lellis (2021) e Rank (2011) perante a tradição Doppelgänger que sonda a narrativa prometeica. Esta pesquisa mostrará que a autora adaptou a estética gótica para tratar de temores femininos.