Cancro bacteriano da videira: etiologia, epidemiologia e medidas de controle

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento,Ana Rosa Peixoto
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Mariano,Rosa de Lima Ramos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência Rural
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000100050
Resumo: No início de 1998, o cancro bacteriano da videira, causado pela bactéria Xanthomonas campestris pv. viticola, foi detectado pela primeira vez, no Brasil, em parreirais do Submédio São Francisco, onde a doença vem ocasionando prejuízos nas cultivares suscetíveis Red Globe, Itália, Festival, Brasil, Piratininga, Patrícia, Benitaka e Catalunha. Os sintomas, nas folhas, surgem como pontos necróticos (1 a 2mm de diâmetro) com ou sem halos amarelados, algumas vezes coalescendo e causando a morte de extensas áreas do limbo foliar. Nas nervuras e pecíolos, nos ramos e ráquis dos frutos, formam-se manchas escuras alongadas que evoluem para fissuras longitudinais de coloração negra conhecidas como cancros. Descoloração vascular é também observada. As bagas são desuniformes em tamanho e cor podendo apresentar lesões necróticas. A disseminação do patógeno ocorre através de material propagativo infectado, material de colheita (contentores, tesouras de poda e raleio, luvas), tratos culturais (desbrota, poda, raleio de bagas, colheita), ventos e chuvas. Apesar da região apresentar um curto período chuvoso, a disseminação da bactéria é mais eficiente durante essa época. Em condições de umidade e temperatura elevadas, o patógeno sobrevive em restos de cultura. Para o controle da doença, recomenda-se o uso de material propagativo sadio, inspeção no campo, poda drástica de órgãos infectados, eliminação de plantas severamente infectadas, condução da época de poda de produção, desinfestação de veículos, de equipamentos e de materiais para poda, utilização de fungicidas protetores cúpricos e tiocarbamatos, e utilização de quebra-ventos para reduzir a disseminação do patógeno.
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