Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3022508
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46577
Resumo: Introdução: O Uso Problemático de Internet (UPI) e a Adição ao Facebook são temas que tem se tornado frequente nas agendas dos psiquiatras, pesquisadores e famílias em geral. Alguns países já os consideram como problemas de saúde pública, haja vistas a prevalência, magnitude, transcendência e repercussão no cotidiano das pessoas acometidas. As adições tecnológicas não possuem critérios diagnósticos amplamente aceitos o que dificulta a identificação e avaliação global desse grupo de transtornos. A adição ao Facebook vem sendo trabalhada como uma entidade clínica diferente do UPI, mesmo sendo perceptível que possui características comuns ao UPI. No entanto, as redes sociais são conteúdos/sites com finalidade específicas na internet e não poderia ser visto em separado, pois faz parte do espectro/continuum do UPI. Objetivo: Verificar se a Adição ao Facebook e o UPI são o mesmo construto latente teórico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com estudantes universitários da área da saúde com idade ? 18 anos. Foram entrevistados 382 estudantes regularmente matriculados durante o período de estudo nos cursos de graduação em saúde da Universidade de Pernambuco (UPE). O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira etapa consistiu na análise da equivalência semântica e da compreensão verbal de dois instrumentos psicométricos: Online Cognition Scale (OCS) e da Bergen Facebook Addiction Scale (BFAS). Para esta primeira etapa foram realizadas a tradução; retro-tradução; revisão técnica e avaliação da equivalência semântica por profissionais capacitados; avaliação do instrumento quanto a compreensão verbal por uma amostra de profissionais (n=10) e estudantes (n=37) dos instrumentos. Após a finalização desta etapa, a segunda etapa foi iniciada com o estudo das qualidades psicométricas dos instrumentos, por meio da análise da confiabilidade e validade de construto dos três instrumentos aplicados: as versões em português da OCS e da BFAS e um questionário sócio demográfico. A confiabilidade foi verificada através da análise de consistência interna e estabilidade do instrumento no tempo por meio do coeficiente de Cronbach e coeficiente de correlação intraclasse (CCI), respectivamente. A análise da validade de construto foi verificada através da análise fatorial confirmatória (AFC) que permite estimar os indicadores de validade fatorial, convergente e a qualidade de ajuste do modelo. Para a análise da qualidade de ajustamento foram verificados através dos seguintes indicadores: ?2/df p<0,05; GFI > 0,90, CFI > 0,90, RMSEA ? 0,05. A validade fatorial é alcançada quando a carga fatorial padronizada (?2) é maior que 0,25. A validade convergente é verificada quando a variância extraída média (VEM) ? 0,5, a confiabilidade do construto (CC) ? 0,7 e quando as variáveis manifestas apresentarem cargas fatoriais (?) ? 0,5. A validade discriminante entre os construtos adição ao Facebook e UPI foi verificada através da análise correlacional. Considera-se que dois construtos são diferentes quando o coeficiente de correlação ? 0,7. Outra estratégia de análise da validade discriminante é recomendada por Fornell Larcker (1981) que sugerem que para haver validade discriminante entre dois construtos a variância extraída média (VEM) de cada construto deve ser superior ao quadrado da correlação entre eles. Resultados: Ambos os instrumentos apresentaram excelente nível de compreensão verbal pela população alvo. A BFAS apresentou alfa de Cronbach de 0,92 e CCI de 0,8. A OCS exibiu alfa de Cronbach de 0,91 e CCI de 0,91. A estrutura fatorial final da BFAS ajustamento adequado: ?2/df = 1,13 (p=0,341), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,01 e MECVI= 0,103, alcançando indicadores de validade convergente satisfatórios (VEM = 0,49, CC = 0,84). A correlação entre as versões em português da BFAS e OCS foi ?= 0,707. A versão em português da OCS revelou os seguintes indicadores de qualidade satisfatórios: ?2/df = 1,759 (p=0,171), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,04 e ECVI= 0,05. Os indicadores de validade convergente foram adequados CC = 0,85 e VEM = 0,59. A análise da validade do coeficiente de correlação entre os construtos adição ao Facebook e UPI revelou um coeficiente de correlação ?=0,707 (p<0,001). A variância média de cada construto isolado (UPI e Adição ao FAcebook) foram: VEMadição ao facebook = 0,51 e VEMuso problemático de internet = 0,58, ambas inferiores ao quadrado da correlação entre eles ? = 0,73 (p<0,001). Conclusão: O rigor metodológico empregado nas etapas de equivalência semântica asseguram as versões em português dos intrumentos alcançaram a transferência dos significados referencial e geral, além de apresentarem bons indices de compreensão verbal. Ambos instrumentos são confiáveis com bons indicadores de consistência interna e estabilidade no tempo. As versões produzidas neste estudo exibiram evidências suficientes de validade de construto. Por fim, não houve evidências suficientes de que os construtos Uso Problemático de Internet e Adição ao Facebook sejam distintos e independentes um do outro.
id UFSP_3c9207a78d87cc883a90d314b069fbe1
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br/:11600/46577
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling http://lattes.cnpq.br/0876669702022083Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/1580789194090971Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP]São Paulo2018-07-27T15:50:31Z2018-07-27T15:50:31Z2016-04-02Introdução: O Uso Problemático de Internet (UPI) e a Adição ao Facebook são temas que tem se tornado frequente nas agendas dos psiquiatras, pesquisadores e famílias em geral. Alguns países já os consideram como problemas de saúde pública, haja vistas a prevalência, magnitude, transcendência e repercussão no cotidiano das pessoas acometidas. As adições tecnológicas não possuem critérios diagnósticos amplamente aceitos o que dificulta a identificação e avaliação global desse grupo de transtornos. A adição ao Facebook vem sendo trabalhada como uma entidade clínica diferente do UPI, mesmo sendo perceptível que possui características comuns ao UPI. No entanto, as redes sociais são conteúdos/sites com finalidade específicas na internet e não poderia ser visto em separado, pois faz parte do espectro/continuum do UPI. Objetivo: Verificar se a Adição ao Facebook e o UPI são o mesmo construto latente teórico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com estudantes universitários da área da saúde com idade ? 18 anos. Foram entrevistados 382 estudantes regularmente matriculados durante o período de estudo nos cursos de graduação em saúde da Universidade de Pernambuco (UPE). O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira etapa consistiu na análise da equivalência semântica e da compreensão verbal de dois instrumentos psicométricos: Online Cognition Scale (OCS) e da Bergen Facebook Addiction Scale (BFAS). Para esta primeira etapa foram realizadas a tradução; retro-tradução; revisão técnica e avaliação da equivalência semântica por profissionais capacitados; avaliação do instrumento quanto a compreensão verbal por uma amostra de profissionais (n=10) e estudantes (n=37) dos instrumentos. Após a finalização desta etapa, a segunda etapa foi iniciada com o estudo das qualidades psicométricas dos instrumentos, por meio da análise da confiabilidade e validade de construto dos três instrumentos aplicados: as versões em português da OCS e da BFAS e um questionário sócio demográfico. A confiabilidade foi verificada através da análise de consistência interna e estabilidade do instrumento no tempo por meio do coeficiente de Cronbach e coeficiente de correlação intraclasse (CCI), respectivamente. A análise da validade de construto foi verificada através da análise fatorial confirmatória (AFC) que permite estimar os indicadores de validade fatorial, convergente e a qualidade de ajuste do modelo. Para a análise da qualidade de ajustamento foram verificados através dos seguintes indicadores: ?2/df p<0,05; GFI > 0,90, CFI > 0,90, RMSEA ? 0,05. A validade fatorial é alcançada quando a carga fatorial padronizada (?2) é maior que 0,25. A validade convergente é verificada quando a variância extraída média (VEM) ? 0,5, a confiabilidade do construto (CC) ? 0,7 e quando as variáveis manifestas apresentarem cargas fatoriais (?) ? 0,5. A validade discriminante entre os construtos adição ao Facebook e UPI foi verificada através da análise correlacional. Considera-se que dois construtos são diferentes quando o coeficiente de correlação ? 0,7. Outra estratégia de análise da validade discriminante é recomendada por Fornell Larcker (1981) que sugerem que para haver validade discriminante entre dois construtos a variância extraída média (VEM) de cada construto deve ser superior ao quadrado da correlação entre eles. Resultados: Ambos os instrumentos apresentaram excelente nível de compreensão verbal pela população alvo. A BFAS apresentou alfa de Cronbach de 0,92 e CCI de 0,8. A OCS exibiu alfa de Cronbach de 0,91 e CCI de 0,91. A estrutura fatorial final da BFAS ajustamento adequado: ?2/df = 1,13 (p=0,341), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,01 e MECVI= 0,103, alcançando indicadores de validade convergente satisfatórios (VEM = 0,49, CC = 0,84). A correlação entre as versões em português da BFAS e OCS foi ?= 0,707. A versão em português da OCS revelou os seguintes indicadores de qualidade satisfatórios: ?2/df = 1,759 (p=0,171), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,04 e ECVI= 0,05. Os indicadores de validade convergente foram adequados CC = 0,85 e VEM = 0,59. A análise da validade do coeficiente de correlação entre os construtos adição ao Facebook e UPI revelou um coeficiente de correlação ?=0,707 (p<0,001). A variância média de cada construto isolado (UPI e Adição ao FAcebook) foram: VEMadição ao facebook = 0,51 e VEMuso problemático de internet = 0,58, ambas inferiores ao quadrado da correlação entre eles ? = 0,73 (p<0,001). Conclusão: O rigor metodológico empregado nas etapas de equivalência semântica asseguram as versões em português dos intrumentos alcançaram a transferência dos significados referencial e geral, além de apresentarem bons indices de compreensão verbal. Ambos instrumentos são confiáveis com bons indicadores de consistência interna e estabilidade no tempo. As versões produzidas neste estudo exibiram evidências suficientes de validade de construto. Por fim, não houve evidências suficientes de que os construtos Uso Problemático de Internet e Adição ao Facebook sejam distintos e independentes um do outro.Introduction: Problematic Internet Use (UPI) and Facebook Addiction (AF) are issues that have become common in psychiatric, researchers and families discussions. Some countries already regard them as public health problems, due to prevalence, magnitude, transcendence and impact on the daily lives of affected people. Technological additions have no widely accepted diagnostic criteria that it difficult to identify and overall assessment of this group of disorders. Facebook addiction has been crafted as a UPI distinct clinical adversity even being noticeable that has common features. However, social networks are content/websites with specific purpose on the internet and could not be seen separately as part of the UPI spectrum/continuum. Objective: To determine whether the Facebook addiction and the Problematic Internet Use (UPI) are the same theoretical latent construct. Methodology: This is a cross-sectional study of health university students aged ? 18 years. 382 students enrolled was interviewed during the study period in health graduate courses at the University of Pernambuco (UPE). The study was divided into two stages. The first step was the semantic equivalence and verbal comprehension analysis of two psychometric instruments: Online Cognition Scale (OCS) and Bergen Facebook Addiction Scale (BFAS). For this first step were carried out the translation; back translation; technical review and evaluation of the semantic equivalence by qualified professionals; instrument evaluation as verbal comprehension by a sample of professionals (n = 10) and students (n = 37) of the instruments. After completion of this step, the second step was started with psychometrics qualities study of the instruments, through the reliabiblity analysis and construct validity of three instruments: Portuguese version of the OCS and BFAS and a socio demographic questionnaire. Reliability was verified by internal consistency analysis and instrument stability in the time through Cronbach's alpha and intraclass correlation coefficient (ICC) respectively. Construct validity analysis was verified by confirmatory factor analysis (CFA) that estimates the factorial and convergent validity indicators and model adjustment quality. For the analysis of adjustment quality were verified by the following indicators: ?2/df p<0,05; GFI > 0,90, CFI > 0,90, RMSEA ? 0,05. Factorial validity is achieved when the standardized factor load (?2) is greater than 0.25. Convergent validity is checked when the average extracted variance (AEV) ? 0.5, construct reliability (CR) ? 0.7 and when the manifest variables present factor loads (?) ? 0.5. Discriminant validity between the constructs Facebook addition and UPI was verified by correlation analysis. It is considered that two constructs differ when the correlation coefficient ? 0.7. Another strategy of discriminant validity analysis is recommended by Fornell Larcker (1981) to suggest that to be discriminant validity between two constructs the average extracted variance (AEV) of each construct should be greater than the square of the correlation between them. Results: Both instruments showed an excellent level of verbal comprehension by the target population. BFAS presented Cronbach's alpha of 0.92 and CCI of 0.8 and OCS showed Cronbach's alpha of 0.91 and ICC of 0.91. Final factor structure of BFAS appropriate adjustment: ?2/df = 1,13 (p=0,341), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,01 and MECVI= 0,103, reaching convergent validity indicators satisfactory (AEV = 0.49, CR = 0.84). The correlation between the Portuguese version of the BFAS and OCS was ? = 0.707. The Portuguese version of OCS revealed the following satisfactory quality indicators ?2/df = 1,759 (p=0,171), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,04 and ECVI= 0,05. Convergent validity indicators were adequate CR = 0.85 and AEV = 0.59. Validity analysis of the correlation between the constructs Facebook Addiction and UPI revealed a correlation coefficient ? = 0.707 (p <0.001). The average variance of each individual construct (UPI and Facebook Addiction) were AEVFA= 0.51 and AEVPIU = 0.58, both below the square of the correlation between both constructs ? = 0.73 (p <0.001 ). Conclusion: The methodological rigor employed in the steps of semantic equivalence ensure the Portuguese versions of the instruments achieved the transfer of referential and general meanings, besides to show good rates of verbal understanding. Both instruments are reliable with good internal consistency indicators and stability over time. Producted versions in this study exhibited sufficient evidence of construct validity. Finally, there was no sufficient evidence that the constructs UPI and AF are distinct and independent of one another.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)176 f.https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3022508SILVA, Hugo Rafael de Souza e. Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente? 2016. 176 f. Tese (Doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.Tese Hugo Rafael de Souza e Silva - PDF A.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46577porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)EscalasEstudos da validaçãoInternetComparação transculturalTeste de dependência a internetCross-cultural comparisonInternetScalesValidation studiesUso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?Problematic internet use and Facebook addiction are the same construct?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Psiquiatria e Psicologia MédicaCiências da saúdeMedicinaORIGINALTese Hugo Rafael de Souza e Silva - PDF A.pdfTese Hugo Rafael de Souza e Silva - PDF A.pdfTese de doutoradoapplication/pdf1367391https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/d6e0633b-ce09-4abd-bceb-c6fd0d14ffed/download21eb5a6cd0bccef17137b15e2182031fMD5111600/465772024-02-27 15:22:09.302oai:repositorio.unifesp.br/:11600/46577https://repositorio.unifesp.brRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652024-02-27T15:22:09Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Problematic internet use and Facebook addiction are the same construct?
title Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
spellingShingle Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]
Escalas
Estudos da validação
Internet
Comparação transcultural
Teste de dependência a internet
Cross-cultural comparison
Internet
Scales
Validation studies
title_short Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
title_full Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
title_fullStr Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
title_full_unstemmed Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
title_sort Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente?
author Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]
author_facet Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0876669702022083
dc.contributor.authorLattes.none.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1580789194090971
dc.contributor.institution.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Hugo Rafael de Souza e [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP]
contributor_str_mv Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Escalas
Estudos da validação
Internet
Comparação transcultural
Teste de dependência a internet
topic Escalas
Estudos da validação
Internet
Comparação transcultural
Teste de dependência a internet
Cross-cultural comparison
Internet
Scales
Validation studies
dc.subject.eng.fl_str_mv Cross-cultural comparison
Internet
Scales
Validation studies
description Introdução: O Uso Problemático de Internet (UPI) e a Adição ao Facebook são temas que tem se tornado frequente nas agendas dos psiquiatras, pesquisadores e famílias em geral. Alguns países já os consideram como problemas de saúde pública, haja vistas a prevalência, magnitude, transcendência e repercussão no cotidiano das pessoas acometidas. As adições tecnológicas não possuem critérios diagnósticos amplamente aceitos o que dificulta a identificação e avaliação global desse grupo de transtornos. A adição ao Facebook vem sendo trabalhada como uma entidade clínica diferente do UPI, mesmo sendo perceptível que possui características comuns ao UPI. No entanto, as redes sociais são conteúdos/sites com finalidade específicas na internet e não poderia ser visto em separado, pois faz parte do espectro/continuum do UPI. Objetivo: Verificar se a Adição ao Facebook e o UPI são o mesmo construto latente teórico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com estudantes universitários da área da saúde com idade ? 18 anos. Foram entrevistados 382 estudantes regularmente matriculados durante o período de estudo nos cursos de graduação em saúde da Universidade de Pernambuco (UPE). O estudo foi dividido em duas etapas. A primeira etapa consistiu na análise da equivalência semântica e da compreensão verbal de dois instrumentos psicométricos: Online Cognition Scale (OCS) e da Bergen Facebook Addiction Scale (BFAS). Para esta primeira etapa foram realizadas a tradução; retro-tradução; revisão técnica e avaliação da equivalência semântica por profissionais capacitados; avaliação do instrumento quanto a compreensão verbal por uma amostra de profissionais (n=10) e estudantes (n=37) dos instrumentos. Após a finalização desta etapa, a segunda etapa foi iniciada com o estudo das qualidades psicométricas dos instrumentos, por meio da análise da confiabilidade e validade de construto dos três instrumentos aplicados: as versões em português da OCS e da BFAS e um questionário sócio demográfico. A confiabilidade foi verificada através da análise de consistência interna e estabilidade do instrumento no tempo por meio do coeficiente de Cronbach e coeficiente de correlação intraclasse (CCI), respectivamente. A análise da validade de construto foi verificada através da análise fatorial confirmatória (AFC) que permite estimar os indicadores de validade fatorial, convergente e a qualidade de ajuste do modelo. Para a análise da qualidade de ajustamento foram verificados através dos seguintes indicadores: ?2/df p<0,05; GFI > 0,90, CFI > 0,90, RMSEA ? 0,05. A validade fatorial é alcançada quando a carga fatorial padronizada (?2) é maior que 0,25. A validade convergente é verificada quando a variância extraída média (VEM) ? 0,5, a confiabilidade do construto (CC) ? 0,7 e quando as variáveis manifestas apresentarem cargas fatoriais (?) ? 0,5. A validade discriminante entre os construtos adição ao Facebook e UPI foi verificada através da análise correlacional. Considera-se que dois construtos são diferentes quando o coeficiente de correlação ? 0,7. Outra estratégia de análise da validade discriminante é recomendada por Fornell Larcker (1981) que sugerem que para haver validade discriminante entre dois construtos a variância extraída média (VEM) de cada construto deve ser superior ao quadrado da correlação entre eles. Resultados: Ambos os instrumentos apresentaram excelente nível de compreensão verbal pela população alvo. A BFAS apresentou alfa de Cronbach de 0,92 e CCI de 0,8. A OCS exibiu alfa de Cronbach de 0,91 e CCI de 0,91. A estrutura fatorial final da BFAS ajustamento adequado: ?2/df = 1,13 (p=0,341), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,01 e MECVI= 0,103, alcançando indicadores de validade convergente satisfatórios (VEM = 0,49, CC = 0,84). A correlação entre as versões em português da BFAS e OCS foi ?= 0,707. A versão em português da OCS revelou os seguintes indicadores de qualidade satisfatórios: ?2/df = 1,759 (p=0,171), GFI=0,99, CFI=0,99, RMSEA=0,04 e ECVI= 0,05. Os indicadores de validade convergente foram adequados CC = 0,85 e VEM = 0,59. A análise da validade do coeficiente de correlação entre os construtos adição ao Facebook e UPI revelou um coeficiente de correlação ?=0,707 (p<0,001). A variância média de cada construto isolado (UPI e Adição ao FAcebook) foram: VEMadição ao facebook = 0,51 e VEMuso problemático de internet = 0,58, ambas inferiores ao quadrado da correlação entre eles ? = 0,73 (p<0,001). Conclusão: O rigor metodológico empregado nas etapas de equivalência semântica asseguram as versões em português dos intrumentos alcançaram a transferência dos significados referencial e geral, além de apresentarem bons indices de compreensão verbal. Ambos instrumentos são confiáveis com bons indicadores de consistência interna e estabilidade no tempo. As versões produzidas neste estudo exibiram evidências suficientes de validade de construto. Por fim, não houve evidências suficientes de que os construtos Uso Problemático de Internet e Adição ao Facebook sejam distintos e independentes um do outro.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-04-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-07-27T15:50:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-07-27T15:50:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3022508
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Hugo Rafael de Souza e. Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente? 2016. 176 f. Tese (Doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46577
dc.identifier.file.none.fl_str_mv Tese Hugo Rafael de Souza e Silva - PDF A.pdf
url https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3022508
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46577
identifier_str_mv SILVA, Hugo Rafael de Souza e. Uso problemático de internet e adição ao facebook são o mesmo construto latente? 2016. 176 f. Tese (Doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.
Tese Hugo Rafael de Souza e Silva - PDF A.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 176 f.
dc.coverage.spatial.none.fl_str_mv São Paulo
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/d6e0633b-ce09-4abd-bceb-c6fd0d14ffed/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 21eb5a6cd0bccef17137b15e2182031f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803210282395238400