Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/11600/67597
Resumo: Tendo em vista a inediticidade da questão da operacionalização da referida lei no “mundo dos concursos federais”, a diversidade de conceitos (re)afirmativos do senso comum relacionado ao preconceito e formas de racismo nas relações entre os chamados “concurseiros” e em relação às práticas de algumas bancas organizadoras dos concursos, pesquisa-se sobre a operacionalização das cotas raciais, a fim de analisar quais as condições objetivas em que candidatos negros cotistas estão submetidos na articulação da lei federal de cotas e o limite de aprovados durante a operacionalização da Lei Federal 12.990/2014 para o ingresso aos cargos públicos federais. Para tanto, é necessário historicizar o processo que antecede a efetivação das leis de cotas em concursos públicos no Brasil; identificar o “modus operandi” (modo de operacionalização) da banca com maior relevância na organização de concursos públicos federais, no processo de reserva de cotas raciais; e desvelar os impasses e possibilidades legislativas que permeiam a articulação da lei em concursos públicos federais. Realiza-se, então, uma pesquisa de natureza qualitativa, que envolve revisão bibliográfica e análise documental em certames de concursos públicos federais que tiveram reserva de vagas através da lei de cotas raciais. Diante disso, verifica-se que as conquistas alcançadas pela população negra ao longo da história só foram possíveis através de muitas lutas e articulações da coletividade negra, isto é, do movimento negro; identificou-se que a maneira como a banca interpretou a lei de cotas e a operacionalizou com alguns equívocos que reduziram o número de candidatos negros que poderiam chegar à possibilidade de nomeação; e constatou-se a importância da formação de bancas de verificação de fenótipo como forma de coibir e impedir que as vagas reservadas não fossem ocupadas por seu público alvo – os negros, o que impõe a constatação de que apesar da garantia legal formalizada pela lei de cotas, a depender da forma como ela foi operacionalizada, interpretada e articulada a outros dispositivos legais do “mundo dos concursos”, comprometeu de maneira significativa seu objetivo fundante enquanto ação afirmativa que garante a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos, visando a efetiva inclusão de pessoas negras no serviço público federal como forma de combate à discriminação racial nos serviços públicos, bem como, incentivar a diversidade étnico-racial nos diferentes postos de trabalho.
id UFSP_816f14cd73c661a6575eb34a2248e41e
oai_identifier_str oai:repositorio.unifesp.br:11600/67597
network_acronym_str UFSP
network_name_str Repositório Institucional da UNIFESP
repository_id_str 3465
spelling Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/6072325930297375http://lattes.cnpq.br/5565481668827333Gonçalves, Renata [UNIFESP]Santos2023-06-06T16:37:08Z2023-06-06T16:37:08Z2022-05-03SOUZA, Ana Paula Batista de. Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais. 2022. 135 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social e Políticas Sociais) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.Processo SEI 23089.012625/2022-19https://repositorio.unifesp.br/11600/67597Tendo em vista a inediticidade da questão da operacionalização da referida lei no “mundo dos concursos federais”, a diversidade de conceitos (re)afirmativos do senso comum relacionado ao preconceito e formas de racismo nas relações entre os chamados “concurseiros” e em relação às práticas de algumas bancas organizadoras dos concursos, pesquisa-se sobre a operacionalização das cotas raciais, a fim de analisar quais as condições objetivas em que candidatos negros cotistas estão submetidos na articulação da lei federal de cotas e o limite de aprovados durante a operacionalização da Lei Federal 12.990/2014 para o ingresso aos cargos públicos federais. Para tanto, é necessário historicizar o processo que antecede a efetivação das leis de cotas em concursos públicos no Brasil; identificar o “modus operandi” (modo de operacionalização) da banca com maior relevância na organização de concursos públicos federais, no processo de reserva de cotas raciais; e desvelar os impasses e possibilidades legislativas que permeiam a articulação da lei em concursos públicos federais. Realiza-se, então, uma pesquisa de natureza qualitativa, que envolve revisão bibliográfica e análise documental em certames de concursos públicos federais que tiveram reserva de vagas através da lei de cotas raciais. Diante disso, verifica-se que as conquistas alcançadas pela população negra ao longo da história só foram possíveis através de muitas lutas e articulações da coletividade negra, isto é, do movimento negro; identificou-se que a maneira como a banca interpretou a lei de cotas e a operacionalizou com alguns equívocos que reduziram o número de candidatos negros que poderiam chegar à possibilidade de nomeação; e constatou-se a importância da formação de bancas de verificação de fenótipo como forma de coibir e impedir que as vagas reservadas não fossem ocupadas por seu público alvo – os negros, o que impõe a constatação de que apesar da garantia legal formalizada pela lei de cotas, a depender da forma como ela foi operacionalizada, interpretada e articulada a outros dispositivos legais do “mundo dos concursos”, comprometeu de maneira significativa seu objetivo fundante enquanto ação afirmativa que garante a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos, visando a efetiva inclusão de pessoas negras no serviço público federal como forma de combate à discriminação racial nos serviços públicos, bem como, incentivar a diversidade étnico-racial nos diferentes postos de trabalho.In view of the uniqueness of the issue of the operationalization of the mentioned law in the “world of federal public service job applications ”, the diversity of the concepts (re)affirmative of common sense related to prejudice and forms of racism in the relations between the called “concurseiros” and in relation to the practices of some organizing committees of the contests, research is carried out on the operationalization of racial quotas, in order to analyze the objective conditions under which black quota holders candidates are submitted in the articulation of the federal quota law and the limit of approved during the operationalization of the Federal Law 12,990/2014 for admission to federal public offices. Therefore, it is necessary to historicize the process that precedes the implementation of quota laws in public tenders in Brazil; identify the “modus operandi” (operationalization mode) of examination board with greater relevance in the organization of federal public tenders, in the process of reservation of raciais quotas; and to reveal the impasses and legislative possibilities that permeate the articulation of the law in federal public tenders. Qualitative research is carried out, which involves bibliographic review and document analysis in federal public service job applications that had vacancies reserved through the racial quota law. In view of this, it appears that the achievements achieved by the black population throughout history were only possible through many struggles and articulations of the black collectivity, that is, the black movement; it was identified that the way the examination board interpreted the quota law and made it operational with some mistakes that reduced the number of black candidates who could reach the possibility of nomination; and the importance of the formation of phenotype verification boards was verified as a way to restrain and prevent that the reserved spaces were not occupied by their target audience - blacks, which imposes the observation that despite the legal guarantee formalized by the law of quotas, depending on the way it was operationalized, interpreted and articulated with other legal provisions of the “world of public service job applications”, significantly compromised its founding objective as an affirmative action that guarantees the reservation of 20% of the vacancies offered in public competitions, aiming at the effective inclusion of black people in the federal public service as a way of combating racial discrimination in public services, as well as encouraging ethnic-racial diversity in different jobs.135 f.porUniversidade Federal de São PauloConcursos públicosCotas raciaisRacismoPublic serviceJob applicationsRaciais quotasRacismOperacionalização das cotas raciais em concursos públicos federaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPInstituto de Saúde e Sociedade (ISS)Serviço Social e Políticas SociaisServiço Social e Políticas SociaisTrabalho, Desigualdades sociais, Opressões e ResistênciasORIGINALDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdfDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf1202345${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/6/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdfda80f5428bff0b1ffee6cd2edbd59940MD56open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85813${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/2/license.txt70e307e45a94ab29aab9df8dae340e03MD52open accessTEXTDEFESA Ana Paula Batista de Souza.pdf.txtDEFESA Ana Paula Batista de Souza.pdf.txtExtracted texttext/plain319437${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/3/DEFESA%20Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza.pdf.txt1414bb2ca44a0a4d699682c2e1390a6fMD53open accessDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdf.txtDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdf.txtExtracted texttext/plain376589${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/10/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdf.txt397245075a4e7d92e630c62f6d05d760MD510open accessTHUMBNAILDEFESA Ana Paula Batista de Souza.pdf.jpgDEFESA Ana Paula Batista de Souza.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3606${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/5/DEFESA%20Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza.pdf.jpgefdcc4124987fca3cbaa5b34c59968efMD55open accessDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdf.jpgDissertação_Ana Paula Batista de Souza_PDFA.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3601${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/12/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdf.jpg0ba85e3e50efd16ae7b59fc3eaeb63a7MD512open access11600/675972023-09-24 01:02:12.399open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/67597VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AKCjEuIEV1LCBBbmEgU291emEgKGFwYi5zb3V6YUB1bmlmZXNwLmJyKSwgcmVzcG9uc8OhdmVsIHBlbG8gdHJhYmFsaG8g4oCcT1BFUkFDSU9OQUxJWkHDh8ODTyBEQVMgQ09UQVMgUkFDSUFJUyBFTSBDT05DVVJTT1MgUMOaQkxJQ09TIEZFREVSQUlT4oCdIGUvb3UgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCxhc3NlZ3VybyBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8gcXVlIHNvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCBhc3NlZ3VybyB0ZXIgb2J0aWRvIGRpcmV0YW1lbnRlIGRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcyBhdXRvcml6YcOnw6NvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgcGFyYSBhIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcyBhZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG8gcHJlc2VudGUgdGVybW8gZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUgbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgcG9yIG1laW8gZGUgc2V1cyBzaXN0ZW1hcyBpbmZvcm1hdGl6YWRvcy4KCjIuIEEgY29uY29yZMOibmNpYSBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSB0ZW0gY29tbyBjb25zZXF1w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCBkZSByZXByb2R1emlyIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkuCgo0LiBFc3RhIGxpY2Vuw6dhIGFicmFuZ2UsIGFpbmRhLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgZGUgYXJ0aXN0YXMgaW50w6lycHJldGVzIG91IGV4ZWN1dGFudGVzLCBwcm9kdXRvcmVzIGZvbm9ncsOhZmljb3Mgb3UgZW1wcmVzYXMgZGUgcmFkaW9kaWZ1c8OjbyBxdWUgZXZlbnR1YWxtZW50ZSBzZWphbSBhcGxpY8OhdmVpcyBlbSByZWxhw6fDo28gw6Agb2JyYSBkZXBvc2l0YWRhLCBlbSBjb25mb3JtaWRhZGUgY29tIG8gcmVnaW1lIGZpeGFkbyBubyBUw610dWxvIFYgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LgoKNS4gU2UgYSBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZm9pIG91IMOpIG9iamV0byBkZSBmaW5hbmNpYW1lbnRvIHBvciBpbnN0aXR1acOnw7VlcyBkZSBmb21lbnRvIMOgIHBlc3F1aXNhIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIHNlbWVsaGFudGUsIHZvY8OqIG91IG8gdGl0dWxhciBhc3NlZ3VyYSBxdWUgY3VtcHJpdSB0b2RhcyBhcyBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgcXVlIGxoZSBmb3JhbSBpbXBvc3RhcyBwZWxhIGluc3RpdHVpw6fDo28gZmluYW5jaWFkb3JhIGVtIHJhesOjbyBkbyBmaW5hbmNpYW1lbnRvLCBlIHF1ZSBuw6NvIGVzdMOhIGNvbnRyYXJpYW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNwb3Npw6fDo28gY29udHJhdHVhbCByZWZlcmVudGUgw6AgcHVibGljYcOnw6NvIGRvIGNvbnRlw7pkbyBvcmEgc3VibWV0aWRvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AuCiAKNi4gQXV0b3JpemEgYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBTw6NvIFBhdWxvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgYSBvYnJhIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AgZGUgZm9ybWEgZ3JhdHVpdGEsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBsaWNlbsOnYSBww7pibGljYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zOiBBdHJpYnVpw6fDo28tU2VtIERlcml2YcOnw7Vlcy1TZW0gRGVyaXZhZG9zIDQuMCBJbnRlcm5hY2lvbmFsIChDQyBCWS1OQy1ORCksIHBlcm1pdGluZG8gc2V1IGxpdnJlIGFjZXNzbywgdXNvIGUgY29tcGFydGlsaGFtZW50bywgZGVzZGUgcXVlIGNpdGFkYSBhIGZvbnRlLiBBIG9icmEgY29udGludWEgcHJvdGVnaWRhIHBvciBEaXJlaXRvcyBBdXRvcmFpcyBlL291IHBvciBvdXRyYXMgbGVpcyBhcGxpY8OhdmVpcy4gUXVhbHF1ZXIgdXNvIGRhIG9icmEsIHF1ZSBuw6NvIG8gYXV0b3JpemFkbyBzb2IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBvdSBwZWxhIGxlZ2lzbGHDp8OjbyBhdXRvcmFsLCDDqSBwcm9pYmlkby4gIAoKNy4gQXRlc3RhIHF1ZSBhIE9icmEgc3VibWV0aWRhIG7Do28gY29udMOpbSBxdWFscXVlciBpbmZvcm1hw6fDo28gY29uZmlkZW5jaWFsIHN1YSBvdSBkZSB0ZXJjZWlyb3MuCgo4LiBBdGVzdGEgcXVlIG8gdHJhYmFsaG8gc3VibWV0aWRvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgZm9pIGVsYWJvcmFkbyByZXNwZWl0YW5kbyBvcyBwcmluY8OtcGlvcyBkYSBtb3JhbCBlIGRhIMOpdGljYSBlIG7Do28gdmlvbG91IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgaW50ZWxlY3R1YWwsIHNvYiBwZW5hIGRlIHJlc3BvbmRlciBjaXZpbCwgY3JpbWluYWwsIMOpdGljYSBlIHByb2Zpc3Npb25hbG1lbnRlIHBvciBtZXVzIGF0b3M7Cgo5LiBBdGVzdGEgcXVlIGEgdmVyc8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBwcmVzZW50ZSBubyBhcnF1aXZvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBhIHZlcnPDo28gZGVmaW5pdGl2YSBxdWUgaW5jbHVpIGFzIGFsdGVyYcOnw7VlcyBkZWNvcnJlbnRlcyBkYSBkZWZlc2EsIHNvbGljaXRhZGFzIHBlbGEgYmFuY2EsIHNlIGhvdXZlIGFsZ3VtYSwgb3Ugc29saWNpdGFkYXMgcG9yIHBhcnRlIGRlIG9yaWVudGHDp8OjbyBkb2NlbnRlIHJlc3BvbnPDoXZlbDsKCjEwLiBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZWFsaXphciBxdWFpc3F1ZXIgYWx0ZXJhw6fDtWVzIG5hIG3DrWRpYSBvdSBubyBmb3JtYXRvIGRvIGFycXVpdm8gcGFyYSBwcm9ww7NzaXRvcyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIGRpZ2l0YWwsIGRlIGFjZXNzaWJpbGlkYWRlIGUgZGUgbWVsaG9yIGlkZW50aWZpY2HDp8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8sIGRlc2RlIHF1ZSBuw6NvIHNlamEgYWx0ZXJhZG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbyBpbnRlbGVjdHVhbC4KCkFvIGNvbmNsdWlyIGFzIGV0YXBhcyBkbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGFycXVpdm9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AsIGF0ZXN0byBxdWUgbGkgZSBjb25jb3JkZWkgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBjb20gb3MgdGVybW9zIGFjaW1hIGRlbGltaXRhZG9zLCBzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJvIG9zIHJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vcyBpdGVucyBtZW5jaW9uYWRvcyBhbnRlcmlvcm1lbnRlLgoKSGF2ZW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNjb3Jkw6JuY2lhIGVtIHJlbGHDp8OjbyBhIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIG91IG7Do28gc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vcyBpdGVucyBhbnRlcmlvcmVzLCB2b2PDqiBkZXZlIGludGVycm9tcGVyIGltZWRpYXRhbWVudGUgbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLiBBIGNvbnRpbnVpZGFkZSBkbyBwcm9jZXNzbyBlcXVpdmFsZSDDoCBjb25jb3Jkw6JuY2lhIGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXF1w6puY2lhcyBuZWxlIHByZXZpc3Rhcywgc3VqZWl0YW5kby1zZSBvIHNpZ25hdMOhcmlvIGEgc2Fuw6fDtWVzIGNpdmlzIGUgY3JpbWluYWlzIGNhc28gbsOjbyBzZWphIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291IGNvbmV4b3MgYXBsaWPDoXZlaXMgw6AgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGR1cmFudGUgZXN0ZSBwcm9jZXNzbywgb3UgY2FzbyBuw6NvIHRlbmhhIG9idGlkbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgYXV0b3JpemHDp8OjbyBkbyB0aXR1bGFyIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSB0b2RvcyBvcyB1c29zIGRhIE9icmEgZW52b2x2aWRvcy4KClNlIHRpdmVyIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIHF1YW50byBhbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBlbnRyZSBlbSBjb250YXRvIGNvbSBhIGJpYmxpb3RlY2EgZG8gc2V1IGNhbXB1cyAoY29uc3VsdGUgZW06IGh0dHBzOi8vYmlibGlvdGVjYXMudW5pZmVzcC5ici9iaWJsaW90ZWNhcy1kYS1yZWRlKS4gCgpTw6NvIFBhdWxvLCBUdWUgTWF5IDIzIDE5OjAxOjU4IEJSVCAyMDIzLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-09-24T04:02:12Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
title Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
spellingShingle Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]
Concursos públicos
Cotas raciais
Racismo
Public service
Job applications
Raciais quotas
Racism
title_short Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
title_full Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
title_fullStr Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
title_full_unstemmed Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
title_sort Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais
author Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]
author_facet Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]
author_role author
dc.contributor.institution.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6072325930297375
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5565481668827333
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Ana Paula Batista de [UNIFESP]
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gonçalves, Renata [UNIFESP]
contributor_str_mv Gonçalves, Renata [UNIFESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Concursos públicos
Cotas raciais
Racismo
topic Concursos públicos
Cotas raciais
Racismo
Public service
Job applications
Raciais quotas
Racism
dc.subject.eng.fl_str_mv Public service
Job applications
Raciais quotas
Racism
description Tendo em vista a inediticidade da questão da operacionalização da referida lei no “mundo dos concursos federais”, a diversidade de conceitos (re)afirmativos do senso comum relacionado ao preconceito e formas de racismo nas relações entre os chamados “concurseiros” e em relação às práticas de algumas bancas organizadoras dos concursos, pesquisa-se sobre a operacionalização das cotas raciais, a fim de analisar quais as condições objetivas em que candidatos negros cotistas estão submetidos na articulação da lei federal de cotas e o limite de aprovados durante a operacionalização da Lei Federal 12.990/2014 para o ingresso aos cargos públicos federais. Para tanto, é necessário historicizar o processo que antecede a efetivação das leis de cotas em concursos públicos no Brasil; identificar o “modus operandi” (modo de operacionalização) da banca com maior relevância na organização de concursos públicos federais, no processo de reserva de cotas raciais; e desvelar os impasses e possibilidades legislativas que permeiam a articulação da lei em concursos públicos federais. Realiza-se, então, uma pesquisa de natureza qualitativa, que envolve revisão bibliográfica e análise documental em certames de concursos públicos federais que tiveram reserva de vagas através da lei de cotas raciais. Diante disso, verifica-se que as conquistas alcançadas pela população negra ao longo da história só foram possíveis através de muitas lutas e articulações da coletividade negra, isto é, do movimento negro; identificou-se que a maneira como a banca interpretou a lei de cotas e a operacionalizou com alguns equívocos que reduziram o número de candidatos negros que poderiam chegar à possibilidade de nomeação; e constatou-se a importância da formação de bancas de verificação de fenótipo como forma de coibir e impedir que as vagas reservadas não fossem ocupadas por seu público alvo – os negros, o que impõe a constatação de que apesar da garantia legal formalizada pela lei de cotas, a depender da forma como ela foi operacionalizada, interpretada e articulada a outros dispositivos legais do “mundo dos concursos”, comprometeu de maneira significativa seu objetivo fundante enquanto ação afirmativa que garante a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos, visando a efetiva inclusão de pessoas negras no serviço público federal como forma de combate à discriminação racial nos serviços públicos, bem como, incentivar a diversidade étnico-racial nos diferentes postos de trabalho.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-05-03
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-06T16:37:08Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-06-06T16:37:08Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUZA, Ana Paula Batista de. Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais. 2022. 135 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social e Políticas Sociais) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.unifesp.br/11600/67597
dc.identifier.other.pt.fl_str_mv Processo SEI 23089.012625/2022-19
identifier_str_mv SOUZA, Ana Paula Batista de. Operacionalização das cotas raciais em concursos públicos federais. 2022. 135 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social e Políticas Sociais) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.
Processo SEI 23089.012625/2022-19
url https://repositorio.unifesp.br/11600/67597
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 135 f.
dc.coverage.spatial.pt_BR.fl_str_mv Santos
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIFESP
instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron:UNIFESP
instname_str Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
instacron_str UNIFESP
institution UNIFESP
reponame_str Repositório Institucional da UNIFESP
collection Repositório Institucional da UNIFESP
bitstream.url.fl_str_mv ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/6/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdf
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/2/license.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/3/DEFESA%20Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/10/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdf.txt
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/5/DEFESA%20Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza.pdf.jpg
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/67597/12/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana%20Paula%20Batista%20de%20Souza_PDFA.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv da80f5428bff0b1ffee6cd2edbd59940
70e307e45a94ab29aab9df8dae340e03
1414bb2ca44a0a4d699682c2e1390a6f
397245075a4e7d92e630c62f6d05d760
efdcc4124987fca3cbaa5b34c59968ef
0ba85e3e50efd16ae7b59fc3eaeb63a7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802764254806278144