Ensino remoto na pandemia: relatos de crianças e de suas respectivas famílias

• Autor(a) principal: Ribeiro, Larissa Mattos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFT
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11612/4462
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Educação infantil; Ensino fundamental; Famílias; Pandemia; Ensino remoto

Esta é uma pesquisa de abordagem qualitativa que teve como objetivo ouvir e tentar compreender, a partir de entrevistas semiestruturadas, os apontamentos feitos por crianças da Educação Infantil, dos três primeiros anos do Ensino Fundamental e de suas famílias, a respeito dos impactos do ensino remoto na vida de cada uma. Sabemos que o ensino remoto implicou em significativas alterações no ensino dessas crianças e, consequentemente, exigiu novas atribuições, transformações e adaptações por parte de suas famílias. Desse modo, buscamos compreender como foi (e ainda está sendo) o processo de ensino dessas crianças e as implicações na vida e rotina de suas famílias durante esse contexto. Neste trabalho, trazemos ainda algumas discussões importantes sobre pesquisas recentes realizadas sobre os impactos do ensino remoto, feitas por pesquisadores de diferentes universidades públicas do país, como a pesquisa “Infância em Tempos de Pandemia”, desenvolvida por pesquisadores da UFMG. Tivemos ainda como referencial Marin et al. (2020) - em publicação na série de cartilhas “Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia COVID-19”, da FIOCRUZ -, as bases legais da educação nacional (CF, LDB, DCNEI e BNCC), bem como outros documentos. Apresentamos ainda alguns conceitos fundamentais para a compreensão do processo de escolarização de crianças como, por exemplo, o conceito de infância. A pesquisa apontou muitas perdas para as crianças e, consequentemente, para seu desenvolvimento social, afetivo, emocional, físico, psicológico e cognitivo. Enfatizamos que as famílias se tornaram figuras centrais na mediação do ensino em modo remoto, mesmo sem terem formação adequada para isso. Ficou explícito ainda que as próprias famílias se sentiam impotentes em muitos momentos. Por fim, concluímos que será necessário continuarmos refletindo e buscando em conjunto - família, escola, poder público -, melhores condições para o ensino dessas crianças.