Extração e caracterização do óleo da amêndoa de baru utilizando etanol e isopropanol como solventes alternativos ao hexano
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Resumo: | O Brasil apresenta diversos biomas que são conhecidos pela elevada biodiversidade e, dentre eles, destaca-se o Cerrado. O barueiro (Dipteryx alata Vog.), pertencente à família Fabaceae, é uma das espécies nativas de grande importância do Cerrado. Esta planta tem como fruto o baru, fonte de carboidratos, lipídios e minerais. A sua semente (amêndoa) possui um alto conteúdo de lipídios, proteínas e fatores de extrema relevância para prevenção de carência nutricional. Da amêndoa de baru é possível extrair um óleo com alto grau de insaturação, rico em ácido oleico e linoleico. O presente estudo teve como objetivo a extração do óleo da amêndoa de baru em extrator Soxhlet e por batelada agitada com os solventes hexano, etanol, isopropanol, e isopropanol:etanol (1:1) a fim de caracterizar os óleos obtidos e comparar o rendimento de extração para os diferentes solventes. A extração em Soxhlet empregando hexano, etanol, isopropanol e isopropanol:etanol forneceu rendimentos satisfatórios de 43 %, 37 %, 41 % e 42 % de óleo, respectivamente. A composição em ácidos graxos insaturados dos óleos extraídos pelos diferentes solventes foi predominante em relação ao teor de saturados, resultando em 83,7 %; 82,3b%; 84,1 %; 84,2 %, respectivamente. A caracterização do óleo da amêndoa de baru indicou um óleo de qualidade comercial e de alto valor agregado. Os resultados obtidos para os índices analíticos são similares aos encontrados na literatura e evidenciam a qualidade do óleo, porém observou-se um indicativo de baixa atividade antioxidante. A extração de lipídeos em reator batelada foi realizada com um delineamento composto central 2³ com os solventes hexano, etanol, isopropanol e isopropanol:etanol (1:1) em que os parâmetros razão sólido:solvente, temperatura e tempo foram otimizados. Os maiores valores de rendimento foram encontrados em menores razões sólido:solvente e elevadas temperaturas. As extrações com melhores rendimentos foram: etanol 29,12 %, isopropanol 39,66 % e mistura isopropanol:etanol 41,13 %, enquanto para o hexano foi de 36,59 %. Dessa forma, percebe-se que o emprego da mistura isopropanol:etanol (1:1) como solvente gerou um resultado satisfatório, sendo comparável ao hexano e, portanto, uma alternativa para sua substituição. Para tratamentos onde o parâmetro tempo foi significativo, o ajuste dos modelos cinéticos propostos aos dados cinéticos experimentais indicou que o processo de extração é descrito pelo modelo de segunda ordem, demonstrando que este ocorrepor um mecanismo de lavagem e difusão do óleo pela matriz. Assim, os solventes investigados se mostraram promissores para a substituição do hexano no processo de extração do óleo da amêndoa de baru. |
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Coimbra, Jane Sélia dos ReisSouza, Ana Luísa Saraivahttp://lattes.cnpq.br/5432076590310584Souza, Rita de Cássia Superbi de2022-09-13T16:39:16Z2022-09-13T16:39:16Z2019-02-22SOUZA, Ana Luísa Saraiva. Extração e caracterização do óleo da amêndoa de baru utilizando etanol e isopropanol como solventes alternativos ao hexano. 2019. 65 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2019.https://locus.ufv.br//handle/123456789/29888O Brasil apresenta diversos biomas que são conhecidos pela elevada biodiversidade e, dentre eles, destaca-se o Cerrado. O barueiro (Dipteryx alata Vog.), pertencente à família Fabaceae, é uma das espécies nativas de grande importância do Cerrado. Esta planta tem como fruto o baru, fonte de carboidratos, lipídios e minerais. A sua semente (amêndoa) possui um alto conteúdo de lipídios, proteínas e fatores de extrema relevância para prevenção de carência nutricional. Da amêndoa de baru é possível extrair um óleo com alto grau de insaturação, rico em ácido oleico e linoleico. O presente estudo teve como objetivo a extração do óleo da amêndoa de baru em extrator Soxhlet e por batelada agitada com os solventes hexano, etanol, isopropanol, e isopropanol:etanol (1:1) a fim de caracterizar os óleos obtidos e comparar o rendimento de extração para os diferentes solventes. A extração em Soxhlet empregando hexano, etanol, isopropanol e isopropanol:etanol forneceu rendimentos satisfatórios de 43 %, 37 %, 41 % e 42 % de óleo, respectivamente. A composição em ácidos graxos insaturados dos óleos extraídos pelos diferentes solventes foi predominante em relação ao teor de saturados, resultando em 83,7 %; 82,3b%; 84,1 %; 84,2 %, respectivamente. A caracterização do óleo da amêndoa de baru indicou um óleo de qualidade comercial e de alto valor agregado. Os resultados obtidos para os índices analíticos são similares aos encontrados na literatura e evidenciam a qualidade do óleo, porém observou-se um indicativo de baixa atividade antioxidante. A extração de lipídeos em reator batelada foi realizada com um delineamento composto central 2³ com os solventes hexano, etanol, isopropanol e isopropanol:etanol (1:1) em que os parâmetros razão sólido:solvente, temperatura e tempo foram otimizados. Os maiores valores de rendimento foram encontrados em menores razões sólido:solvente e elevadas temperaturas. As extrações com melhores rendimentos foram: etanol 29,12 %, isopropanol 39,66 % e mistura isopropanol:etanol 41,13 %, enquanto para o hexano foi de 36,59 %. Dessa forma, percebe-se que o emprego da mistura isopropanol:etanol (1:1) como solvente gerou um resultado satisfatório, sendo comparável ao hexano e, portanto, uma alternativa para sua substituição. Para tratamentos onde o parâmetro tempo foi significativo, o ajuste dos modelos cinéticos propostos aos dados cinéticos experimentais indicou que o processo de extração é descrito pelo modelo de segunda ordem, demonstrando que este ocorrepor um mecanismo de lavagem e difusão do óleo pela matriz. Assim, os solventes investigados se mostraram promissores para a substituição do hexano no processo de extração do óleo da amêndoa de baru.Brazil has several biomes that are known for their great biodiversity and, amongst these, the Cerrado stands out. The barueiro (Dipteryx alata Vog.), belonging to the Fabaceae family, is one of the native species of great importance to the Cerrado. This plant has a fruit, the baru, source of carbohydrates, lipids, and minerals. Its seed (nut) has a high content of lipids, proteins, and factors of extreme importance for the prevention of nutritional deficiency. From the baru nut it is possible to extract an oil that has a high degree of unsaturation, rich in oleic and linoleic acid. The present study’s objective was the extraction of the oil from the baru nut by the Soxhlet extractor and in stirred tank with the hexane, ethanol, isopropanol, and isopropanol:ethanol (1:1) solvents in order to characterize the oils obtained and compare the extraction yield for the different solvents. The Soxhlet extraction employing hexane, ethanol, isopropanol, and isopropanol:ethanol provided satisfactory yields of 43 %, 37 %, 41 %, and 42 % of oil, respectively. The content of unsaturated fatty acids from the oils extracted by the different solvents was predominant, in relation to the amount of saturated, resulting in 83,7 %; 82,3 %; 84,1 %; 84,2 %, respectively. The characterization of the baru nut oil proved it to be a quality oil, and of high aggregated value. The results obtained for the analytical indices were similar to those found in literature and evidentiate the quality of the oil, though an indicative of low antioxidant activity was observed. The lipid extraction in a stirred tank was performed with a central composite design 2³ with the hexane, ethanol, isopropanol, and isopropanol:ethanol (1:1) solvents, in which the parameters ratio solid:solvent, temperature, and time were optimized. The highest yield values were found in smaller ratios solid:solvent and elevated temperatures. The extractions with the best yields were: ethanol 29,12 %, isopropanol 39,66 %, and the mixture isopropanol:ethanol 41,13 %, while hexane obtained 36,59 %. Hence, it is observed that the use of the isopropanol:ethanol mixture (1:1) as a solvent obtained a more satisfactory result, comparable to hexane, thus being able to substitute it. For treatments where the time parameter was significative, the adjustment of the kinetic models proposed to the kinetic experimental data indicated that the process of extraction is described by the second order model, demonstrating that this occurs through a washing and diffusion mechanism of the oil through the matrix. Therefore, the solventsinvestigated have shown promise for the substitution of hexane in the process of extraction of the baru nut oil.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de ViçosaQuímicaExtração (Química)Diptery alataOtimização matemáticaCinética químicaQuímicaExtração e caracterização do óleo da amêndoa de baru utilizando etanol e isopropanol como solventes alternativos ao hexanoExtraction and characterization of baru kernel oil using ethanol and isopropanol as alternative solvents to hexane.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de QuímicaMestre em Engenharia QuímicaViçosa - MG2019-02-22Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf905412https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/29888/1/texto%20completo.pdf08ef048a72157a202a22856641bbc1d6MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/29888/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/298882022-12-21 15:19:25.669oai:locus.ufv.br:123456789/29888Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452022-12-21T18:19:25LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false |
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