A juventude no fogo cruzado
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Insurgência |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19451 |
Resumo: | In “Punir os pobres”, Wacquant (2007) argues that the United States developed a thesis, later adopted by other countries, that the cause of a criminal offense lies in the nature or character of the perpetrator,and that the implacable sanction consists in effective means of curbing new offenses. Such thinking, notably inspired by classical liberalassumptions, leads to reductive and ineffective practices for dealing with public security - such as the expansion of the prison system or the militarization of public spaces - because it centralizes its action on the surface of the phenomenon, obliterating the fundamental determinations involve the production and reproduction of urban crime. To attest that the cause of a crime lies in the irresponsibility or character of the perpetrator means to remove from the scene the economic and social structures that determine the life of the subjects in society. The objective of this article is to present the debate on public security in a non-reductionist way, reasserting the insecurity generated by urban crime as an expression of the social insecurity produced by the collapse of labor relations and insufficiency or lack of social protection. Such scenario has placed the poor, black and peripheral youth as the most vulnerable group of the population, being the segment most affected by the Brazilian penal state. |
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A juventude no fogo cruzadoEstado penal. Juventude. Racismo. Polícia militar.Criminal justice. Youth. Racism. Military police.In “Punir os pobres”, Wacquant (2007) argues that the United States developed a thesis, later adopted by other countries, that the cause of a criminal offense lies in the nature or character of the perpetrator,and that the implacable sanction consists in effective means of curbing new offenses. Such thinking, notably inspired by classical liberalassumptions, leads to reductive and ineffective practices for dealing with public security - such as the expansion of the prison system or the militarization of public spaces - because it centralizes its action on the surface of the phenomenon, obliterating the fundamental determinations involve the production and reproduction of urban crime. To attest that the cause of a crime lies in the irresponsibility or character of the perpetrator means to remove from the scene the economic and social structures that determine the life of the subjects in society. The objective of this article is to present the debate on public security in a non-reductionist way, reasserting the insecurity generated by urban crime as an expression of the social insecurity produced by the collapse of labor relations and insufficiency or lack of social protection. Such scenario has placed the poor, black and peripheral youth as the most vulnerable group of the population, being the segment most affected by the Brazilian penal state.Em Punir os pobres, Wacquant (2007) argumenta que foi desenvolvida nos Estados Unidos a tese, posteriormente adotada por outros países, de que a causa de uma infração penal reside na índole ou caráter daquele que a comete, e que a sanção implacável consiste no meio mais eficaz para coibir novas infrações. Tal pensamento, notadamente inspirado nos pressupostos liberais clássicos, conduz a práticas reducionistas e inefetivas para o trato da segurança pública ”“ como a expansão do sistema carcerário ou a militarização de espaços públicos ”“ pois centraliza sua atuação na superfície do fenômeno, escamoteando as determinações fundamentais que envolvem a produção e reprodução da criminalidade urbana. Atestar que a causa de um crime está na irresponsabilidade, no caráter ou na índole daquele que o comete significa retirar de cena as estruturas econômicas e sociais que determinam a vida dos sujeitos em sociedade. Destarte, objetiva-se no presente artigo apresentar o debate sobre segurança pública de maneira não-reducionista, reagregando a insegurança gerada pela criminalidade urbana como uma expressão da insegurança social produzida pelo esfacelamento das relações de trabalho e insuficiência ou inexistência da proteção social. Tal cenário tem colocado a juventude pobre, negra e periférica, como o grupo mais vulnerável da população, sendo o segmento mais afetado pelo Estado penal brasileiro.Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais - IPDMS2018-04-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviwed articleArtículo revisado por paresArtigo avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/1945110.26512/insurgncia.v3i2.19451InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgence: rights and social movements journal]; Vol. 3 No. 2 (2017): Dossiê "Crítica do controle sócio-penal na América Latina e a construção de alternativas e resistências"; 50-67InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales]; Vol. 3 Núm. 2 (2017): Dossiê "Crítica do controle sócio-penal na América Latina e a construção de alternativas e resistências"; 50-67InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais; v. 3 n. 2 (2017): Dossiê "Crítica do controle sócio-penal na América Latina e a construção de alternativas e resistências"; 50-672447-668410.26512/insurgncia.v3i2reponame:Insurgênciainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/19451/17994Paiva, Ilana LemosMiranda, Gabrielinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-04T14:40:23Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/19451Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgenciaPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/oaiabc.alexandre@gmail.com2447-66842447-6684opendoar:2021-08-04T14:40:23Insurgência - Universidade de Brasília (UnB)false |
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