Aprender o conhecimento a partir da convivência : uma etnografia indígena da educação e da escola do povo Balatiponé-Umutina
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/37077 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2019. |
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Aprender o conhecimento a partir da convivência : uma etnografia indígena da educação e da escola do povo Balatiponé-UmutinaIndígenas - vida e costumes sociaisPovos indígenasIndígenas - educaçãoTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2019.Os ancestrais Balatiponé-Umutina nos deixaram algo que é fonte de vida, que são as práticas dos saberes tradicionais que compõe o modo de ser, viver e agir no mundo, a espiritualidade, a memória e o território. Nesse sentido, introduzo o seguinte: “Imi mataré pitukwá”, que na língua Umutina significa “vamos ter uma bonita conversa”. Apresento uma pesquisa sobre Aprender o Conhecimento a partir da convivência: uma etnografia indígena da educação e da escola do Povo Balatiponé-Umutina, trata-se de uma análise e reflexão a partir das lentes indígenas, tendo como foco essencial os contextos históricos e memoriais nos âmbitos sociais, culturais, processos de ensino, aprendizagens tradicionais e o não tradicional, e as transformações desde a valorização dos saberes da ancestralidade. No contexto atual, a história pode ser contada pelo olhar da própria indígena, na versão do pensamento indígena. Antes o indígena era o objeto da pesquisa, na conjuntura presente torna-se o próprio sujeito de narrar, escrever, construir e reconstruir, sendo o protagonista da história indígena. No entanto, os processos próprios de aprendizagem vêm emergindo novas práticas pedagógicas que visa dar a visibilidade e o fortalecimento dos saberes e a reafirmação da identidade étnica do povo. A referida pesquisa incorpora as narrativas do percurso no âmbito pessoal, acadêmico, profissional, como também as experiências dos intercâmbios interculturais com os indígenas do Suriname e da Colômbia, que visa uma interação e aproximação de estudos e diálogos nas temáticas socioculturais e linguísticas de povos indígenas e a difusão dos conhecimentos da diversidade cultural existente. A importância das experiências com outros grupos étnicos veio aumentar os conhecimentos e revigorar os saberes indígenas. De tudo que presenciei as observações, as experiências e a aquisição dos conhecimentos que tive do mundo dos wase, pude perceber que tudo vale a pena, filtrar aspectos bons das teorias para agregar valores que seja benéfico para o fortalecimento dos conhecimentos tradicionais, por tudo que vivi e vi, não deixei de ser indígena, existe a possibilidade de transitar esse dois mundos. O povo indígena tem que viver os dois mundos, viver a sua prática cultural, a sua cosmologia, sem deixar de ser indígena, as nossas raízes. Portanto, o estudo é imprescindível, pois, mostra outro formato de refletir e produzir conhecimento, assim, como novos paradigmas no que tange a educação tradicional e a educação escolar indígena em distintos contextos.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).The Balatioponé-Umutina ancestors left us something known as the source of Life, which are practices of traditional knowledge about being, living and acting in the world, spirituality, memory and territory. By this means, I state this: “Imi mataré pitukwá”, that means “let’s have a beautiful conversation” in Umutina Language. This is a research about Leaning the knowledge with the coexistence: an indigenous ethnography of education and Balatiponé-Umutina people school. It is an analysis and reflection from indigenous lenses based on essential focus of historical contexts and memories of social, cultural, teaching processes, traditional and non-traditional learning, and transformation since ancestors knowledge values. In the present context, history can be told by the indigenous sights their own, in the indigenous thoughts version. Indigenous was the object of the research before, however in the actual scenario they become narrator, writer, constructor and protagonist of their own history. However, self learning processes have emerged new pedagogical practices aiming at giving visibility and strengthening from wisdom and reaffirming the ethnic identity of the people. This study embeds the narratives of the course in the personal, academic, professional scope, and the experiences from intercultural exchanges with the indigenous from Suriname and Colombia, aiming at studies and dialogues interaction and approaching on the sociocultural and linguistic themes and dissemination of the existing cultural diversity knowledge. The significance of experiences with other ethnic groups increased the knowledge and invigorated indigenous knowledge. After all I have experienced, the observations, the experiences and knowledge acquisition acquired from the world of wase, I noticed that everything is worthwhile, filtering good aspects of the theories to aggregate beneficial values for the strengthening of traditional knowledge, after all I have lived and seen, never stopped being indigenous. There are possibilities of walking on both worlds. The indigenous people has to live both worlds, living their cultural practices, their cosmology, without stop being indigenous, our roots. Therefore, studying is essential once it shows another aspect of reflecting and producing knowledge, and the new paradigms in traditional education and indigenous school education in different contexts.Borges, Antonádia MonteiroMonzilar, Eliane Boroponepa2020-03-11T19:39:59Z2020-03-11T19:39:59Z2020-03-112019-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMONZILAR, Eliane Boroponepa. Aprender o conhecimento a partir da convivência: uma etnografia indígena da educação e da escola do povo Balatiponé-Umutina. 2019. 326 f., il. Tese (Doutorado em Antropologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/37077A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-10-17T20:46:48Zoai:repositorio.unb.br:10482/37077Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-10-17T20:46:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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