Gel de chia : vida de prateleira e substituição de ovo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gallo, Lorenza Rodrigues dos Reis
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/19026
http://dx.doi.org/10.26512/2015.06.D.19026
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2015.
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spelling Gel de chia : vida de prateleira e substituição de ovoAlergia alimentarOvosChiaDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2015.A alergia alimentar está crescendo a cada dia e seu tratamento se dá pela retirada do alimento desencadeador (como ovo, leite, soja) da dieta. Ao fazer isso, além de uma possível carência nutricional, pode haver uma redução da aceitação da dieta. Por isso, a modificação de receitas pode ser uma alternativa interessante. Para tanto, o(s) substituto(s) do ingrediente alergênico deve(m) apresentar similar funcionalidade, proporcionando características nutricionais e sensoriais ao produto final semelhante a do original. Adicionalmente, devem-se considerar aspectos da segurança do alimento. Entre os alimentos mais alergênicos destaca-se o ovo e como a chia se assemelha ao ovo em alguns aspectos, mas precisa ser transformada em um gel para ser utilizada como substituto, o objetivo desse estudo foi analisar o uso do gel de chia após armazenamento em diferentes condições (no dia do preparo a temperatura ambiente, armazenado por 1 e 12 dias sob refrigeração e por 30 dias sob congelamento) como substituto do ovo em bolo de chocolate. O gel foi feito numa proporção de 1 parte de chia para 10 partes de água mineral e foi submetido à cocção por 6 minutos, atingindo fervura, e depois processado. Para determinar a vida útil, o gel de chia foi armazenado em sacos plásticos estéreis com fechamento hermético em porções de 30g sob refrigeração (4°C) por 17 dias e congelado (-18°C) por 30 dias. Os ensaios microbiológicos foram executados de acordo com protocolos internacionais determinados pela American Public Health Association (APHA), no dia em que o gel foi feito e depois de 5, 9, 13, 17 e 30 dias, para coliformes totais, Salmonella sp., Bacillus cereus, Staphyloccocus aureus, mesófilos, bolores e leveduras e psicrotróficos. Também foram analisados os Sólidos Solúveis Totais (SST) e o pH do gel para verificar possíveis alterações ao longo do período de armazenamento. Para desenvolver bolos de chocolate, as receitas modificadas foram feitas substituindo cada ovo por 10g de gel, nos diferentes tempos e condições de armazenamento, sendo feita a comparação dos valores nutricionais dos bolos. A análise sensorial foi executada com 112 indivíduos não treinados. O delineamento experimental do teste sensorial foi randomizado com quatro tratamentos de forma monádica apresentados com diferentes códigos, compostos por três dígitos aleatórios. Utilizou-se uma escala hedônica linear de nove centímetros (não estruturados), com âncoras de "desgostei extremamente" à esquerda e "gostei extremamente" à direita para a aceitação global e os atributos sabor e textura. Os resultados para os ensaios microbiológicos demonstraram boa estabilidade do produto nas condições determinadas para o armazenamento. Não foi constatada a presença de Coliformes Totais, Salmonella sp. e Bacillus cereus durante a vida útil do gel e para os demais micro-organismos a presença foi detectada desde o momento zero, mas em níveis seguros, com alteração significativa no 17° dia sob refrigeração em relação a bolores e leveduras. Após a análise estatística dos dados com aplicação da ANOVA e teste de Fisher (p <0,05), foi possível concluir que não houve diferença significativa entre as quatro amostras para aceitação global, sabor e textura. Portanto, não houve diferença significativa entre os bolos que pudessem estar relacionadas às condições de armazenamento e o gel de chia pode ser utilizado com segurança nessas condições, respeitando-se as boas práticas de fabricação.Food allergy is growing each day among population and its treatment is to cut down the trigger food (as egg, milk, soy). By doing that, diet acceptance can be compromised. That is why it is necessary to replace the allergenic food and the best way is the recipe modification. Therefore, recipe modification may be an interesting alternative. Thus, substitute(s) of the allergenic ingredient should provide similar functionality, providing resembling nutritional and sensory characteristics of the final product when compared to the original. In addition, food safety aspects should be also considered. Egg is one of the most allergenic foods and since chia resembles the egg in some aspects, but must be transformed into a gel to be used as a substitute, the aim of this study was to analyze the use of chia gel after different conditions of storage (on the day of preparation at ambient temperature, stored for 1 and 12 days under refrigeration and for 30 days under freeze) as an egg replacer in chocolate cake. The gel was done in a proportion of 1 part of chia seeds to 10 parts of mineral water and was cooked for 6 minutes, reaching boiling, and then processed. To determine shelf life, the gel was stored in sterile plastic bags with hermetic closure into 30g portions under refrigeration (4°C) for 17 days and frozen (-18°C) for 30 days. The microbiological assays were performed according to international guidelines established by the American Public Health Association (APHA), on the day the gel was made and after 5, 9, 13, 17 and 30 days for total coliforms, Salmonella sp., Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, mesophilic, molds and yeasts and psychrotrophic. Total Soluble Solids (TSS) and pH of the gel was also analyzed to check possible changes during shelf life. To develop chocolate cakes, the modified recipes were made by substituting each egg for 10g of chia gel in different storage times and conditions, and nutritional facts of the cakes were also done. The sensorial evaluation was executed with 112 untrained individuals. The experimental design of sensory testing was randomized with four treatments, presented one at each time with different codes composed of three random digits. Acceptance test was carried out using a 9cm linear hedonic scale (not structured), with anchors of ―dislike extremely‖ on the left and ―like extremely‖ on the right for overall acceptance and the attributes flavor and texture. The results for microbiological assays showed good stability of the product under specified storage conditions. The presence of Total Coliforms, Salmonella sp. and Bacillus cereus was not detected during shelf life of the gel, and for other microorganisms the presence was detected since the beginning, but in safe levels, with a significant change in the 17th day under refrigeration for yeasts and molds. After statistical analysis with application of ANOVA and Fisher's test (p <0,05), it was possible to conclude that there was no significant difference between the four samples for global acceptance, flavor and texture. Therefore, there was no significant difference between the cakes that could be related to storage conditions and the chia gel can be used safely in such conditions, respecting the good manufacturing practices.Botelho, Raquel Braz AssunçãoGinani, Verônica CortezGallo, Lorenza Rodrigues dos Reis2015-12-23T13:53:05Z2015-12-23T13:53:05Z2015-12-232015-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGALLO, Lorenza Rodrigues dos Reis. Gel de chia: vida de prateleira e substituição de ovo. 2015. 62, [8] f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.http://repositorio.unb.br/handle/10482/19026http://dx.doi.org/10.26512/2015.06.D.19026A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-13T18:34:55Zoai:repositorio.unb.br:10482/19026Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-13T18:34:55Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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