Dualidade Estrutural e o Ensino Médio no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos |
Texto Completo: | https://www.revistas.uneb.br/index.php/educajovenseadultos/article/view/9849 |
Resumo: | As políticas educacionais para o Ensino Médio são marcadas pela divisão de classes. Historicamente, a desigualdade e a divisão social do trabalho determinaram uma educação para os filhos das classes trabalhadoras e outra para as elites dominantes, esta última orientada para a continuidade dos estudos e a construção de carreiras acadêmicas. Isso nos remete aos estudos de Baudelot e Establet sobre a Dualidade Estrutural na Educação e a teoria da escola como reprodutora da divisão de classes. O presente ensaio tem por objetivo discutir a Dualidade Estrutural da Educação no Ensino Médio, focalizando a contribuição da instituição escolar para a redução, manutenção ou ampliação das desigualdades sociais. Buscamos pistas através de revisão da literatura sobre a Teoria da Dualidade Estrutural e sobre o Ensino Médio no Brasil, a partir de estudos de Snyders (2005), Saviani (2011), Freire (1979), Frigotto (2016), Freitag (1986), entre outros. A partir desse referencial, compreendemos a existência de um dualismo na educação brasileira e na mais recente tentativa de aprofundar as desigualdades escolares através do (Novo) Ensino Médio. No entanto, advertimos que tal compreensão não deve nos levar a uma conclusão meramente fatalista e pouco dialética da educação, colocando-a exclusivamente como reprodutora do Capital. É preciso considerar o movimento contraditório da história, baseado nas lutas de classes e na disputa pela hegemonia, lutas estas que ocorrem dentro das escolas cotidianamente. Por fim, ressaltamos a importância de lutarmos pelo fortalecimento desse espaço, algo que perpassa também pela organização e empoderamento das classes trabalhadoras e dos profissionais da educação como intelectuais orgânicos. |
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Dualidade Estrutural e o Ensino Médio no BrasilAs políticas educacionais para o Ensino Médio são marcadas pela divisão de classes. Historicamente, a desigualdade e a divisão social do trabalho determinaram uma educação para os filhos das classes trabalhadoras e outra para as elites dominantes, esta última orientada para a continuidade dos estudos e a construção de carreiras acadêmicas. Isso nos remete aos estudos de Baudelot e Establet sobre a Dualidade Estrutural na Educação e a teoria da escola como reprodutora da divisão de classes. O presente ensaio tem por objetivo discutir a Dualidade Estrutural da Educação no Ensino Médio, focalizando a contribuição da instituição escolar para a redução, manutenção ou ampliação das desigualdades sociais. Buscamos pistas através de revisão da literatura sobre a Teoria da Dualidade Estrutural e sobre o Ensino Médio no Brasil, a partir de estudos de Snyders (2005), Saviani (2011), Freire (1979), Frigotto (2016), Freitag (1986), entre outros. A partir desse referencial, compreendemos a existência de um dualismo na educação brasileira e na mais recente tentativa de aprofundar as desigualdades escolares através do (Novo) Ensino Médio. No entanto, advertimos que tal compreensão não deve nos levar a uma conclusão meramente fatalista e pouco dialética da educação, colocando-a exclusivamente como reprodutora do Capital. É preciso considerar o movimento contraditório da história, baseado nas lutas de classes e na disputa pela hegemonia, lutas estas que ocorrem dentro das escolas cotidianamente. Por fim, ressaltamos a importância de lutarmos pelo fortalecimento desse espaço, algo que perpassa também pela organização e empoderamento das classes trabalhadoras e dos profissionais da educação como intelectuais orgânicos.UNEB2020-10-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo - TLapplication/pdfhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/educajovenseadultos/article/view/9849Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos; v. 7 (2019): Revista Brasileira de Jovens e Adultos; 267-285reponame:Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultosinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/educajovenseadultos/article/view/9849/6920Copyright (c) 2019 Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultosinfo:eu-repo/semantics/openAccessda Silva Pereira, Rodrigo Balsamo de Mello, Micaela Cerqueira de Freitas Santos, Catarina 2020-10-25T01:01:00Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/9849Revistahttps://www.revistas.uneb.br/index.php/educajovenseadultosPUBhttps://www.revistas.uneb.br/index.php/educajovenseadultos/oai||revistaeja@gmail.com|| rodrigomatos28@hotmail.com2317-65712317-6571opendoar:2020-10-25T01:01Revista Brasileira de Educação de Jovens e Adultos - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
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