Viver a escrita, aprender a escrita: entre criatividade e conformismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tabuleiro de Letras |
Texto Completo: | https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/173 |
Resumo: | Este artigo é sobre a escrita compreendida como um conjunto de práticas sociais. Em linhas gerais, contrapomos a visão tradicional de escrita à realidade das diferentes situações de escrita, historicamente variáveis, próprias dos diferentes contextos da vida cotidiana, “invisíveis” para o sistema escolar e demais instituições burocráticas. Na perspectiva contemporânea da cultura e do consumo de massa, podemos assimilar leitura à passividade, já que se privilegiam “produtores” em detrimento de “consumidores”, ou leitores. Com relação à Escola, observamos que os professores da rede fundamental de ensino, em geral, possuem domínio teórico da noção de língua e de escrita como conjunto de práticas sociais, embora ainda falhem em transformá-lo em domínio prático em suas ações pedagógicas. A questão crucial apontada é que pouco se sabe sobre as manifestações cotidianas de escrita que circulam para além do espaço escolar. A fim de conhecê-las, é pertinente que se façam generalizações úteis sobre estas ações cotidianas de escrita. Ou seja, face à pluralidade e criatividade dos “consumidores” - leitores, é necessário especificar e distinguir maneiras de fazer, modos de ação, relacionados às práticas cotidianas de ler e de escrever. Apresentamos e discutimos exemplos de padrões recorrentes de escrita observados no cotidiano de dois bairros populares de Salvador, com destaque para os usos coletivos de escrita e os textos escritos “perpassados” de oralidade, e as atitudes singulares, além da representação sociolinguística que os sujeitos mantêm sobre a escrita (Boyer, 1990). |
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