Efeito do processamento termico e tempo de estocagem na formação de oxidos de colesterol e na alteração da composição de acidos graxos em ovos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601773 |
Resumo: | Orientador: Neura Bragagnolo |
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Efeito do processamento termico e tempo de estocagem na formação de oxidos de colesterol e na alteração da composição de acidos graxos em ovosThe effect of heat treatment and storage time in the formation of cholesterol oxides and alteration of the fatty acids composition in eggsÁcidos graxosColesterolÓxidos de colesterolOvosFatty acidsCholesterolCholesterol oxidesEggsOrientador: Neura BragagnoloTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de AlimentosResumo: Um novo método foi desenvolvido para determinação simultânea de colesterol e óxidos de colesterol em ovos, utilizando cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) com detectores ultra violeta (UV) e índice de refração (IR). A quantificação foi realizada por padronização externa e a confirmação do colesterol e dos óxidos de colesterol foi feita com cromatógrafo líquido com interface de ionização química à pressão atmosférica e espectro de massas (APCI-MS). Através de planejamentos fatoriais completos com pontos centrais foram definidas as melhores condições de saponificação das amostras e extração da matéria insaponificável. Nas condições cromatográficas utilizadas, foram separados o colesterol e os seguintes óxidos: 19-hidroxicolesterol (19- OH), 20a-hidroxicolesterol (20a-OH), 22(R)-hidroxicolesterol (22(R)-OH), 24(S)-hidroxicolesterol (24(S)-OH), 22(S)-hidroxicolesterol (22(S)-OH), 25-OH, 7-ceto, 7b-OH, 7a-OH, 5,6a-epoxi, 5,6b-epoxi e triol. O método proposto mostrou ter alta sensibilidade e precisão, com recuperações de colesterol variando de 92 a 102% e dos óxidos de colesterol de 93 a 96%. Os LD encontrados para os óxidos de colesterol variaram de 0,002 a 0,079 mg/g e para o colesterol o LD foi de 0,026 mg/g. Os LQ encontrados para os óxidos de colesterol variaram de 0,002 a 0,042 mg/g e para o colesterol o LQ foi de 0,088 mg/g. O teor de colesterol do material de referência certificado foi de 19,0 ± 0,2 mg/g de gema, sendo igual ao valor referido no material. Foi realizado um estudo comparativo entre a extração de lipídios segundo Folch et al. (1957) seguido do preparo dos ésteres metílicos de acordo com Joseph e Ackman (1992) através da saponificação e metilação com trifluoreto de boro em metanol e a metilação direta da amostra segundo WANG et al. (2000). O método da extração de lipídios seguido de esterificação apresentou os melhores resultados de exatidão e precisão e foi validado utilizando material de referência certificado de ovo em pó (SRM 8415). O teor de colesterol, óxidos de colesterol, lipídios totais e ácidos graxos foram determinados em amostras de ovo em pó, ovos enriquecidos com ômega 3 e ovos comuns. Duas marcas comerciais de ovo em pó foram armazenadas a 25 ± 2oC no escuro e analisadas no tempo zero e mensalmente até os seus prazos de validade de 6 e 12 meses, respectivamente. Dois lotes de ovos eriquecidos com ômega 3 e ovos comuns foram armazenados a 25 ± 2oC no escuro e a 5 ± 1oC na geladeira, por 45 e 21 dias, respectivamente. As amostras foram analisadas no tempo zero e a cada 15 dias. Em cada tempo e nos tipos de armazenamento, foram analisados 36 ovos que foram divididos em 3 partes. Uma das partes (12 ovos) foi analisada na forma crua e as outras duas foram submetidas a dois tipos de tratamentos térmicos, cozimento e fritura. Em todas as amostras o teor de colesterol não foi reduzido durante os tempos de estocagem. Nos ovos enriquecidos com ômega 3 e nos ovos comuns o menor teor de colesterol foi observado nos ovos que foram fritos. Nas amostras de ovo em pó foram identificados 5 óxidos: 7-ceto, 7b-OH, 7a-OH, 5,6a-epoxi e 5,6b-epoxi, os quais elevaram-se durante o período de estocagem. Nos ovos enriquecidos com ômega 3 e nos ovos comuns foram identificados 3 óxidos: 7-ceto, 7b-OH e 7a-OH, cujas concentrações foram maiores nos ovos que foram fritos. Nos tempos de estocagem, o comportamento destes óxidos foi diferente entre os tipos de ovos. Nos ovos enriquecidos com ômega 3, as concentrações dos óxidos de colesterol 7-ceto e 7a-OH elevaram-se durante o período de armazenamento. Por outro lado, o teor de 7b-OH foi reduzido no tempo 1 nas amostras cozidas e cruas e nas fritas houve aumento durante o tempo de estocagem. Nos ovos comuns, o teor de 7-ceto aumentou do tempo zero até o tempo 1 e depois foi reduzido até o tempo final tanto nas amostras cruas como nas que receberam tratamentos térmicos. Para o 7b-OH houve aumento do tempo zero até o tempo 2 e manteve-se constante até o final do armazenamento. Para o 7a-OH o aumento foi do tempo zero até o tempo 1 e posteriormente foi reduzido. As diferentes condições de armazenamento, tanto nos ovos enriquecidos com ômega 3 como nos ovos comuns, somente influenciaram o óxido 7-ceto, que foi maior nos ovos que foram armazenados a 25°C. No ovo em pó, o teor de lipídios totais foi de 35 g/100g, permanecendo constante durante o período de estocagem. Nos ovos enriquecidos com omega 3 e nos ovos comuns, os lipídios totais foram reduzidos nos ovos que sofreram fritura. Os principais ácidos graxos determinados em todas as amostras foram: C14:0, C16:0, C18:0, C16:1 n7, C18:1 n9, C18:2 n6, C20:4 n6 e C18:3 n3. Em adição, o C22:6 n3 e o C18:1 n9 trans foram principais nos ovos enriquecidos com ômega 3 e nos ovos em pó, respectivamente. Em todas as amostras a estocagem ocasionou redução dos ácidos graxos insaturados, evidenciando que ocorreu oxidação lipídica com produção de radicais livres que devem ter contribuído para o aumento dos óxidos de colesterol. Nos ovos enriquecidos com ômega 3 e nos ovos comuns, os tratamentos térmicos, especialmente a fritura, reduziu a concentração de ácidos graxos insaturadosAbstract: A new method was determined for the simultaneous determination of cholesterol and cholesterol oxides in eggs, using high performance liquid chromatography (HPLC) with ultra-violet (UV) and refractive index (RI) detectors. External standardisation was used for quantification and the cholesterol and cholesterol oxides were confirmed by liquid chromatography interfaced to atmospheric pressure chemical ionisation coupled to mass spectrometry (APCI-MS). The best conditions for sample saponification and extraction of the non-saponifiable matter were defined using complete factorial designs with central points. Under the chromatographic conditions used, cholesterol was separated from the following oxides: 19-hydroxycholesterol (19-OH), 20a-hydroxycholesterol (20a-OH), 22(R)-hydroxycholesterol (22(R)- OH), 24(S)-hydroxycholesterol (24(S)-OH), 22(S)-hydroxycholesterol (22(S)- OH), 25-OH, 7-keto, 7b-OH, 7a-OH, 5,6a-epoxy, 5,6b-epoxy and triol. The proposed method was shown to be higly sensitive and precise, with recovery of cholesterol from 92 to 102% and of cholesterol oxides from 93 to 96%. The DL found for the cholesterol oxides varied from 0.002 to 0.079 mg/g and for cholesterol it was 0.026 mg/g. The QL values encountered were from 0.002 to 0.042 mg/g for the cholesterol oxides and 0.088 mg/g for cholesterol. The cholesterol content determined for the certified reference material was 19.0 ± 0.2 mg/g of egg yolk, identical to the value declared on the certificate. A comparative study was carried out between the method of lipid extraction according to Folch et al. (1957) followed by methyl ester preparation according to Joseph & Ackman (1992) by saponification and methylation with boron trifluoride, and the method of direct methylation according to Wang et al. (2000). The method of lipid extraction followed by esterification presented more precise and exact results and was thus validated using the certified powdered egg reference material (SRM 8415). The cholesterol, cholesterol oxide, total lipid and fatty acid contents were determined in samples of egg powder, eggs enriched with omega 3 and normal eggs. Two commercial brands of egg powder were stored at 25 ± 2ºC in the dark and analysed at zero time and subsequently every month during the period of their shelf lives (6 and 12 months, respectively). Two batches of eggs enriched with omega 3 and normal eggs were stored in the dark at 25 ± 2ºC and at 5 ± 1ºC in the refrigerator, for 45 and 21 days respectively. The samples were analysed at zero time and at 3 further periods during storage. At each time, for each type of storage, 36 eggs were analysed, divided into 3 parts. One of the parts (12 eggs) was analysed raw and the other two were submitted to two types of heat treatment, boiling and frying. The cholesterol content did not decrease in any of the samples during storage. In both the eggs enriched with omega 3 and the normal eggs, the lowest cholesterol contents were observed in the fried eggs. Five oxides were identified in the powdered eggs: 7-keto, 7b-OH, 7a- OH, 5,6a-epoxy and 5,6b-epoxy, and their contents increased during storage. Three oxides were identified in the eggs enriched with omega 3 and the normal eggs: 7-keto, 7b-OH and 7a-OH, their concentrations being higher in the fried eggs. During storage the behaviour of the oxides varied according to the type of egg. In the eggs enriched with omega 3, the concentrations of the oxides 7-keto and 7a-OH increased during storage. On the other hand, the 7b-OH content decreased up to time 1 in the cooked and raw samples but increased during storage in the fried samples. In normal eggs, the 7-keto content increased from zero to time 1 and then reduced up to the end of storage in both the raw and heat-treated samples. For 7b-OH, the content increased from zero to time 2 and then remained constant. For 7a-OH, the increase was from zero to time 1, subsequently decreasing. In both the normal eggs and those enriched with omega 3 the different storage conditions only influenced the oxide 7-keto, which was greater in eggs stored at 25ºC. In egg powder, the total lipid content was 35 g/100g and remained constant during the storage period. In the eggs enriched with omega 3 and the normal eggs, the total lipid contents decreased in the fried eggs. The principal fatty acids determined in all the samples were: C14:0, C16:0, C18:0, C16:1 n7, C18:1 n9, C18:2 n6, C20:4 n6 and C18:3 n3. In addition, C22:6 n3 and C18:1 n9 trans were principal components in the eggs enriched with omega 3 and the egg powder respectively. In all samples the unsaturated fatty acid contents decreased during storage, evidence that lipid oxidation had occurred with the production of free radicals which contributed to the increase in cholesterol oxides. In the eggs enriched with omega 3 and the normal eggs, the heat treatments, specifically frying, reduced the unsaturated fatty acid concentrationsDoutoradoDoutor em Ciência de Alimentos[s.n.]Bragagnolo, Neura, 1954-Faria, Douglas Emygdio deSnow, Jane Gonçalves MenegaldoGonçalves, Lireny Aparecida GuaraldoGioelli, Luiz AntonioBaggio, Sueli ReginaUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia de AlimentosPrograma de Pós-Graduação em Ciência de AlimentosUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASMazalli, Monica Roberta20062006-02-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf164p. : il.(Broch.)https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601773MAZALLI, Monica Roberta. Efeito do processamento termico e tempo de estocagem na formação de oxidos de colesterol e na alteração da composição de acidos graxos em ovos. 2006. 164p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1601773. 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