Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Direito Internacional |
Texto Completo: | https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/4811 |
Resumo: | O controle de convencionalidade é um instrumento de compatibilização material dos atos normativos dos Estados signatários com as disposições previstas em um tratado internacional, utilizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos desde a sua instalação. A partir do julgamento proferido no caso Almonacid Arellano vs. Chile (2006), a CorteIDH adotou uma postura de valorização dos seus julgamentos e dos agentes públicos nacionais – em especial os juízes –, conferindo-lhes o dever de efetuar essa harmonização, também sob o nome de controle de convencionalidade. Este artigo analisa esses dois tipos de controle: o tradicional, realizado pela CorteIDH, diferenciando-o do interamericano, imposto a cada Estado. Para tanto, inicialmente, apontam-se os fundamentos do controle tradicional, estabelecendo suas diferenças com seu similar interamericano; em seguida, examinam-se os atos estatais que se sujeitam a ele, por meio da análise de julgamentos proferidos pela CorteIDH e a situação hoje vigente no Brasil; por derradeiro, são expostos os efeitos das sentenças frente ao Estado demandado e perante os demais signatários da CADH. O trabalho foi elaborado por meio de revisão da bibliografia nacional e estrangeira sobre a atuação da CorteIDH, conjugada com a pesquisa de jurisprudência interamericana. Os resultados parciais indicam que controle de convencionalidade tradicional pode ser separado do controle realizado pelos agentes nacionais – que adotamos a denominação de interamericano, mas ambos apresentam características complementares e apresentam-se como importantes ferramentas para a promoção e a defesa dos Direitos Humanos na América Latina. |
id |
UNICEUB-5_0b3951f9c62b5f515593a711a6e859be |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:oai.uniceub.emnuvens.com.br:article/4811 |
network_acronym_str |
UNICEUB-5 |
network_name_str |
Revista de Direito Internacional |
repository_id_str |
|
spelling |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda?Direito Internacional (International Law)Direito Internacional dos Direitos Humanos, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Controle de Convencionalidade Tradicional, Controle de Convencionalidade Interamericano, Distinções.O controle de convencionalidade é um instrumento de compatibilização material dos atos normativos dos Estados signatários com as disposições previstas em um tratado internacional, utilizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos desde a sua instalação. A partir do julgamento proferido no caso Almonacid Arellano vs. Chile (2006), a CorteIDH adotou uma postura de valorização dos seus julgamentos e dos agentes públicos nacionais – em especial os juízes –, conferindo-lhes o dever de efetuar essa harmonização, também sob o nome de controle de convencionalidade. Este artigo analisa esses dois tipos de controle: o tradicional, realizado pela CorteIDH, diferenciando-o do interamericano, imposto a cada Estado. Para tanto, inicialmente, apontam-se os fundamentos do controle tradicional, estabelecendo suas diferenças com seu similar interamericano; em seguida, examinam-se os atos estatais que se sujeitam a ele, por meio da análise de julgamentos proferidos pela CorteIDH e a situação hoje vigente no Brasil; por derradeiro, são expostos os efeitos das sentenças frente ao Estado demandado e perante os demais signatários da CADH. O trabalho foi elaborado por meio de revisão da bibliografia nacional e estrangeira sobre a atuação da CorteIDH, conjugada com a pesquisa de jurisprudência interamericana. Os resultados parciais indicam que controle de convencionalidade tradicional pode ser separado do controle realizado pelos agentes nacionais – que adotamos a denominação de interamericano, mas ambos apresentam características complementares e apresentam-se como importantes ferramentas para a promoção e a defesa dos Direitos Humanos na América Latina.CEUBSchäfer, GilbertoRios, Roger RauppLeivas, Paulo Gilberto CogoGomes, Jesus Tupã Silveira2018-03-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/481110.5102/rdi.v14i3.4811Revista de Direito Internacional; v. 14, n. 3 (2017): Direito Ambiental Global / Global Environmental Law2237-10362236-997Xreponame:Revista de Direito Internacionalinstname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)instacron:UNICEUBporhttps://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/4811/pdfDireitos autorais 2018 Revista de Direito Internacional (Brazilian Journal of International Law)info:eu-repo/semantics/openAccess2018-04-06T13:06:59Zoai:oai.uniceub.emnuvens.com.br:article/4811Revistahttps://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdiPRIhttps://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/oainitish.monebhurrun@gmail.com || atendimento.seer@uniceub.br2236-997X2237-1036opendoar:2018-04-06T13:06:59Revista de Direito Internacional - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
title |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
spellingShingle |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? Schäfer, Gilberto Direito Internacional (International Law) Direito Internacional dos Direitos Humanos, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Controle de Convencionalidade Tradicional, Controle de Convencionalidade Interamericano, Distinções. |
title_short |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
title_full |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
title_fullStr |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
title_full_unstemmed |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
title_sort |
Os controles de convencionalidade tradicional e interamericano: institutos distintos ou duas faces da mesma moeda? |
author |
Schäfer, Gilberto |
author_facet |
Schäfer, Gilberto Rios, Roger Raupp Leivas, Paulo Gilberto Cogo Gomes, Jesus Tupã Silveira |
author_role |
author |
author2 |
Rios, Roger Raupp Leivas, Paulo Gilberto Cogo Gomes, Jesus Tupã Silveira |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Schäfer, Gilberto Rios, Roger Raupp Leivas, Paulo Gilberto Cogo Gomes, Jesus Tupã Silveira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direito Internacional (International Law) Direito Internacional dos Direitos Humanos, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Controle de Convencionalidade Tradicional, Controle de Convencionalidade Interamericano, Distinções. |
topic |
Direito Internacional (International Law) Direito Internacional dos Direitos Humanos, Corte Interamericana de Direitos Humanos, Controle de Convencionalidade Tradicional, Controle de Convencionalidade Interamericano, Distinções. |
description |
O controle de convencionalidade é um instrumento de compatibilização material dos atos normativos dos Estados signatários com as disposições previstas em um tratado internacional, utilizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos desde a sua instalação. A partir do julgamento proferido no caso Almonacid Arellano vs. Chile (2006), a CorteIDH adotou uma postura de valorização dos seus julgamentos e dos agentes públicos nacionais – em especial os juízes –, conferindo-lhes o dever de efetuar essa harmonização, também sob o nome de controle de convencionalidade. Este artigo analisa esses dois tipos de controle: o tradicional, realizado pela CorteIDH, diferenciando-o do interamericano, imposto a cada Estado. Para tanto, inicialmente, apontam-se os fundamentos do controle tradicional, estabelecendo suas diferenças com seu similar interamericano; em seguida, examinam-se os atos estatais que se sujeitam a ele, por meio da análise de julgamentos proferidos pela CorteIDH e a situação hoje vigente no Brasil; por derradeiro, são expostos os efeitos das sentenças frente ao Estado demandado e perante os demais signatários da CADH. O trabalho foi elaborado por meio de revisão da bibliografia nacional e estrangeira sobre a atuação da CorteIDH, conjugada com a pesquisa de jurisprudência interamericana. Os resultados parciais indicam que controle de convencionalidade tradicional pode ser separado do controle realizado pelos agentes nacionais – que adotamos a denominação de interamericano, mas ambos apresentam características complementares e apresentam-se como importantes ferramentas para a promoção e a defesa dos Direitos Humanos na América Latina. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-31 |
dc.type.none.fl_str_mv |
|
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/4811 10.5102/rdi.v14i3.4811 |
url |
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/4811 |
identifier_str_mv |
10.5102/rdi.v14i3.4811 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/rdi/article/view/4811/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos autorais 2018 Revista de Direito Internacional (Brazilian Journal of International Law) info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos autorais 2018 Revista de Direito Internacional (Brazilian Journal of International Law) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
CEUB |
publisher.none.fl_str_mv |
CEUB |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Direito Internacional; v. 14, n. 3 (2017): Direito Ambiental Global / Global Environmental Law 2237-1036 2236-997X reponame:Revista de Direito Internacional instname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) instacron:UNICEUB |
instname_str |
Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) |
instacron_str |
UNICEUB |
institution |
UNICEUB |
reponame_str |
Revista de Direito Internacional |
collection |
Revista de Direito Internacional |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Direito Internacional - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) |
repository.mail.fl_str_mv |
nitish.monebhurrun@gmail.com || atendimento.seer@uniceub.br |
_version_ |
1815709470429282304 |