A sala do berçário em uma pedagogia em participação: a constituição do espaço pelos/para os bebês

• Autor(a) principal: Crestani, Caroline Barbosa
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
• Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2755
• topic: Ciências Humanas; Pedagogia; Sujeito infantil; Ambiente; Berçário; Creche; Pedagogia em participação

A seguinte pesquisa foi elaborada a partir do trabalho de conclusão do curso de Pedagogia, e tem como tema as marcas dos bebês nos espaços do berçário. A pesquisa parte da problematização da não constituição do espaço pelos bebês, mas sim por adultos, e assume a Pedagogia em Participação como possibilidade desse fazer com os bebês. Desse modo, o objetivo central foi investigar onde estão as marcas dos bebês nas salas do berçário, analisando a relação entre a construção do ambiente infantil com os sujeitos bebês. Trata-se de uma pesquisa realizada em uma escola municipal Proinfância, com um grupo de 12 bebês entre 4 e 11 meses, e suas educadoras. O estudo caracteriza-se enquanto qualitativo, os dados foram obtidos em entrevistas e conversas com as docentes, além da observação. Para fundamentação teórica, utilizou-se do constante diálogo com autores como Carolina Gobbato, Paulo Fochi, Júlia Oliveira-Formosinho, Miguel Zabalza e Maria Horn. A pesquisa evidenciou que a Pedagogia da Participação assume a criança como participante ativa na construção e organização do ambiente do berçário, e é possível possibilitar que os bebês façam parte desse movimento, assumindo-os como ativos e criativos nas práticas pedagógicas. As marcas dos bebês estão por toda a parte, nas paredes, nos brinquedos amassados, nos gritos e trocas entre eles, na organização da sala. A presença dos bebês é evidenciada não somente pelos objetos que distinguem a sala do berçário das demais, mas também na organização de um ambiente aconchegante, seguro e possibilitador de novas descobertas. Por isso, o professor precisa estar atento, com olhar sensível para compreender os sujeitos infantis, organizando práticas pedagógicas com intencionalidade e ricas em possibilidades de experimentação, visando a participação dos bebês nas diversas situações pedagógicas que se realizam nos espaços infantis.