UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rebouças, Arthur da Silva
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: da Silva Junior, Geraldo Bezerra, Martins, Alice Maria Costa, Meneses, Gdayllon Cavalcante, Machado, Rosângela Pinheiro Gonçalves, Machado, Clarissa Maria Gonçalves, Nunes, Rodolfo de Melo, Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)
Texto Completo: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9739
Resumo: Recém-nascidos (RNs) são susceptíveis a infecções neonatal (INN) e a sepse devido à imaturidade do sistema imunológico. As INN podem ser transmitidas para o feto através da placenta ou durante ou após o nascimento. Já a sepse é uma disfunção orgânica que compromete fígado, pulmões, coração e rins, aumentando o risco de óbito. No caso específico dos rins, ela desencadeia a Injúria Renal Aguda (IRA). Estudos recentes mostram que a investigação de novos biomarcadores renais para o diagnóstico precoce de IRA é necessária devido às limitações atuais do diagnóstico. Dentre os biomarcadores, destacam-se a Cistatina-C urinária. O presente estudo teve como objetivo avaliar a uCysC como um preditor de IRA em RNs prematuros com diagnóstico de sepse ou INN. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional com 64 RNs prematuros, sendo 20 prematuros com infecção neonatal (INN), 20 com sepse neonatal (RNsepse) e 20 controles, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Fortaleza - Ceará.  O diagnóstico de INN e sepse foi realizado por meio das diretrizes internas da MEAC. As variáveis clínicas e laboratoriais referentes aos RNs foram obtidas de prontuários clínicos. As análises de Cistatina urinários foram realizadas por metodologia de imunoensaio enzimático (ELISA). A significância estatística com p<0,05. Peso ao nascer (p=0,001), ventilação mecânica (p=0,004), intubação (p<0,001), reanimação na sala de parto (p=0,008) e ao grau de prematuridade (0,007) apresentaram significância estatística quando relacionado com o INN/SEPSE. Já as variáveis como sexo, classificação PESO/IG (p=0,350), via de parto(p=0,785) e asfixia/anóxia perinatal (p=0,976) não apresentaram significância estatísticas quando comparadas aos grupos INN/SEPSE. Em relação ao tempo de internação superior a 30 dias foi possível observar que o grupo INN apresentou 12(60%) e o grupo sepse 14 (70%). O diagnóstico da LRA pelo KDIGO neonatal apresentou (p=0,002), sendo estatisticamente significativo, onde 4 (20%) com INN tiveram LRA detectada pelo KDIGO baseado na creatinina sérica e 7 (35%) com sepse tiveram a LRA. O grupo INN apresentou níveis médios de 872,29 ng/mg-Cr (242,5 - 3467,64), sepse 3058,93 ng/mg-Cr (376,18 - 4631,75) quando comparado ao controle 152,19 ng/mg-Cr (106,35 - 291,86), apresentando significância estatística com p<0,001. Conclui-se que a uCysC é um biomarcador promissor no diagnóstico precoce de IRA em RNs prematuros com INN ou sepse, abrindo a possibilidade de, no futuro, ele possa ser utilizado no monitoramento das complicações associadas às infecções neonatais.
id UNIPAR-1_20b1e8362bf24a7f4ca7beba00e1d01b
oai_identifier_str oai:ojs2.revistas.unipar.br:article/9739
network_acronym_str UNIPAR-1
network_name_str Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)
repository_id_str
spelling UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATALInjúria Renal AgudaSepseBiomarcadoresCistatina-CRecém-nascidos (RNs) são susceptíveis a infecções neonatal (INN) e a sepse devido à imaturidade do sistema imunológico. As INN podem ser transmitidas para o feto através da placenta ou durante ou após o nascimento. Já a sepse é uma disfunção orgânica que compromete fígado, pulmões, coração e rins, aumentando o risco de óbito. No caso específico dos rins, ela desencadeia a Injúria Renal Aguda (IRA). Estudos recentes mostram que a investigação de novos biomarcadores renais para o diagnóstico precoce de IRA é necessária devido às limitações atuais do diagnóstico. Dentre os biomarcadores, destacam-se a Cistatina-C urinária. O presente estudo teve como objetivo avaliar a uCysC como um preditor de IRA em RNs prematuros com diagnóstico de sepse ou INN. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional com 64 RNs prematuros, sendo 20 prematuros com infecção neonatal (INN), 20 com sepse neonatal (RNsepse) e 20 controles, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Fortaleza - Ceará.  O diagnóstico de INN e sepse foi realizado por meio das diretrizes internas da MEAC. As variáveis clínicas e laboratoriais referentes aos RNs foram obtidas de prontuários clínicos. As análises de Cistatina urinários foram realizadas por metodologia de imunoensaio enzimático (ELISA). A significância estatística com p<0,05. Peso ao nascer (p=0,001), ventilação mecânica (p=0,004), intubação (p<0,001), reanimação na sala de parto (p=0,008) e ao grau de prematuridade (0,007) apresentaram significância estatística quando relacionado com o INN/SEPSE. Já as variáveis como sexo, classificação PESO/IG (p=0,350), via de parto(p=0,785) e asfixia/anóxia perinatal (p=0,976) não apresentaram significância estatísticas quando comparadas aos grupos INN/SEPSE. Em relação ao tempo de internação superior a 30 dias foi possível observar que o grupo INN apresentou 12(60%) e o grupo sepse 14 (70%). O diagnóstico da LRA pelo KDIGO neonatal apresentou (p=0,002), sendo estatisticamente significativo, onde 4 (20%) com INN tiveram LRA detectada pelo KDIGO baseado na creatinina sérica e 7 (35%) com sepse tiveram a LRA. O grupo INN apresentou níveis médios de 872,29 ng/mg-Cr (242,5 - 3467,64), sepse 3058,93 ng/mg-Cr (376,18 - 4631,75) quando comparado ao controle 152,19 ng/mg-Cr (106,35 - 291,86), apresentando significância estatística com p<0,001. Conclui-se que a uCysC é um biomarcador promissor no diagnóstico precoce de IRA em RNs prematuros com INN ou sepse, abrindo a possibilidade de, no futuro, ele possa ser utilizado no monitoramento das complicações associadas às infecções neonatais.UNIPAR2023-05-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/973910.25110/arqsaude.v27i4.2023-028Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR; v. 27 n. 4 (2023); 2045-20641982-114Xreponame:Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)instname:Universidade Paranaense (UNIPAR)instacron:UNIPARporhttps://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9739/4670Rebouças, Arthur da Silvada Silva Junior, Geraldo BezerraMartins, Alice Maria CostaMeneses, Gdayllon CavalcanteMachado, Rosângela Pinheiro GonçalvesMachado, Clarissa Maria GonçalvesNunes, Rodolfo de MeloLemes, Romélia Pinheiro Gonçalvesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-05-11T17:27:51Zoai:ojs2.revistas.unipar.br:article/9739Revistahttp://revistas.unipar.br/index.php/saudehttp://revistas.unipar.br/saude/oai||cedic@unipar.br|| arqsaude@unipar.br1982-114X1415-076Xopendoar:2023-05-11T17:27:51Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online) - Universidade Paranaense (UNIPAR)false
dc.title.none.fl_str_mv UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
title UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
spellingShingle UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
Rebouças, Arthur da Silva
Injúria Renal Aguda
Sepse
Biomarcadores
Cistatina-C
title_short UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
title_full UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
title_fullStr UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
title_full_unstemmed UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
title_sort UTILIZAÇÃO DO BIOMARCADOR INOVADOR DE DANO RENAL CISTATINA C URINÁRIA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS COM SEPSE E INFECÇÃO NEONATAL
author Rebouças, Arthur da Silva
author_facet Rebouças, Arthur da Silva
da Silva Junior, Geraldo Bezerra
Martins, Alice Maria Costa
Meneses, Gdayllon Cavalcante
Machado, Rosângela Pinheiro Gonçalves
Machado, Clarissa Maria Gonçalves
Nunes, Rodolfo de Melo
Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
author_role author
author2 da Silva Junior, Geraldo Bezerra
Martins, Alice Maria Costa
Meneses, Gdayllon Cavalcante
Machado, Rosângela Pinheiro Gonçalves
Machado, Clarissa Maria Gonçalves
Nunes, Rodolfo de Melo
Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rebouças, Arthur da Silva
da Silva Junior, Geraldo Bezerra
Martins, Alice Maria Costa
Meneses, Gdayllon Cavalcante
Machado, Rosângela Pinheiro Gonçalves
Machado, Clarissa Maria Gonçalves
Nunes, Rodolfo de Melo
Lemes, Romélia Pinheiro Gonçalves
dc.subject.por.fl_str_mv Injúria Renal Aguda
Sepse
Biomarcadores
Cistatina-C
topic Injúria Renal Aguda
Sepse
Biomarcadores
Cistatina-C
description Recém-nascidos (RNs) são susceptíveis a infecções neonatal (INN) e a sepse devido à imaturidade do sistema imunológico. As INN podem ser transmitidas para o feto através da placenta ou durante ou após o nascimento. Já a sepse é uma disfunção orgânica que compromete fígado, pulmões, coração e rins, aumentando o risco de óbito. No caso específico dos rins, ela desencadeia a Injúria Renal Aguda (IRA). Estudos recentes mostram que a investigação de novos biomarcadores renais para o diagnóstico precoce de IRA é necessária devido às limitações atuais do diagnóstico. Dentre os biomarcadores, destacam-se a Cistatina-C urinária. O presente estudo teve como objetivo avaliar a uCysC como um preditor de IRA em RNs prematuros com diagnóstico de sepse ou INN. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional com 64 RNs prematuros, sendo 20 prematuros com infecção neonatal (INN), 20 com sepse neonatal (RNsepse) e 20 controles, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Fortaleza - Ceará.  O diagnóstico de INN e sepse foi realizado por meio das diretrizes internas da MEAC. As variáveis clínicas e laboratoriais referentes aos RNs foram obtidas de prontuários clínicos. As análises de Cistatina urinários foram realizadas por metodologia de imunoensaio enzimático (ELISA). A significância estatística com p<0,05. Peso ao nascer (p=0,001), ventilação mecânica (p=0,004), intubação (p<0,001), reanimação na sala de parto (p=0,008) e ao grau de prematuridade (0,007) apresentaram significância estatística quando relacionado com o INN/SEPSE. Já as variáveis como sexo, classificação PESO/IG (p=0,350), via de parto(p=0,785) e asfixia/anóxia perinatal (p=0,976) não apresentaram significância estatísticas quando comparadas aos grupos INN/SEPSE. Em relação ao tempo de internação superior a 30 dias foi possível observar que o grupo INN apresentou 12(60%) e o grupo sepse 14 (70%). O diagnóstico da LRA pelo KDIGO neonatal apresentou (p=0,002), sendo estatisticamente significativo, onde 4 (20%) com INN tiveram LRA detectada pelo KDIGO baseado na creatinina sérica e 7 (35%) com sepse tiveram a LRA. O grupo INN apresentou níveis médios de 872,29 ng/mg-Cr (242,5 - 3467,64), sepse 3058,93 ng/mg-Cr (376,18 - 4631,75) quando comparado ao controle 152,19 ng/mg-Cr (106,35 - 291,86), apresentando significância estatística com p<0,001. Conclui-se que a uCysC é um biomarcador promissor no diagnóstico precoce de IRA em RNs prematuros com INN ou sepse, abrindo a possibilidade de, no futuro, ele possa ser utilizado no monitoramento das complicações associadas às infecções neonatais.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-05-11
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9739
10.25110/arqsaude.v27i4.2023-028
url https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9739
identifier_str_mv 10.25110/arqsaude.v27i4.2023-028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9739/4670
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIPAR
publisher.none.fl_str_mv UNIPAR
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR; v. 27 n. 4 (2023); 2045-2064
1982-114X
reponame:Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)
instname:Universidade Paranaense (UNIPAR)
instacron:UNIPAR
instname_str Universidade Paranaense (UNIPAR)
instacron_str UNIPAR
institution UNIPAR
reponame_str Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)
collection Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR (Online) - Universidade Paranaense (UNIPAR)
repository.mail.fl_str_mv ||cedic@unipar.br|| arqsaude@unipar.br
_version_ 1800218856463007744