O pluralismo jurídico como um mecanismo de fortalecimento da agenda de direitos humanos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Direito & Paz |
Texto Completo: | https://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1697 |
Resumo: | O monismo jurídico é uma invenção da modernidade. O paradigma estadualista nasce junto com as revoluções liberais do século XVIII, e junto da teoria da soberania, estabeleceu uma relação discursiva circular muito clara: o homem – este ser soberano que nasce do jusracionalismo moderno – inventa o Estado e autoriza, racionalmente, a produção legislativa através dele, de modo que as leis, provenientes de um único local, são legítimas porque, em última análise, vêm do povo. Os direitos humanos, por sua vez, florescem dentro dessa mesma grade discursiva. Ocorre que, com o advento da globalização, o paradigma estadualista entra em crise, dando lugar a uma perspectiva pluralista como possível nova chave de leitura da (pós)modernidade. Neste contexto, os direitos humanos enfrentam uma equação de sinal trocado: ao mesmo tempo em que precisam ter um denominador comum que se adeque ao mundo global, um direito efetivo de todos, precisam respeitar as localidades, as particularidades e peculiaridades culturais locais. Essa tensão dos direitos humanos ´glocais´ tende a ser resolvida por meio do multiculturalismo. O que se propõe nesse texto é a saída pelo pluralismo jurídico, ou seja, verificar como o paradigma pós-estadualista pode fortalecer os direitos humanos, pois reconhece um aprofundamento democrático e multicultural. |
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O pluralismo jurídico como um mecanismo de fortalecimento da agenda de direitos humanosThe legal pluralism as a mechanism for strengthening the human rights agendaLegal pluralismGlocal human rightsPost-stateismGlobalizationDemocracyPluralismo jurídicoDireitos humanos glocaisPós-estadualismoGlobalizaçãoDemocraciaO monismo jurídico é uma invenção da modernidade. O paradigma estadualista nasce junto com as revoluções liberais do século XVIII, e junto da teoria da soberania, estabeleceu uma relação discursiva circular muito clara: o homem – este ser soberano que nasce do jusracionalismo moderno – inventa o Estado e autoriza, racionalmente, a produção legislativa através dele, de modo que as leis, provenientes de um único local, são legítimas porque, em última análise, vêm do povo. Os direitos humanos, por sua vez, florescem dentro dessa mesma grade discursiva. Ocorre que, com o advento da globalização, o paradigma estadualista entra em crise, dando lugar a uma perspectiva pluralista como possível nova chave de leitura da (pós)modernidade. Neste contexto, os direitos humanos enfrentam uma equação de sinal trocado: ao mesmo tempo em que precisam ter um denominador comum que se adeque ao mundo global, um direito efetivo de todos, precisam respeitar as localidades, as particularidades e peculiaridades culturais locais. Essa tensão dos direitos humanos ´glocais´ tende a ser resolvida por meio do multiculturalismo. O que se propõe nesse texto é a saída pelo pluralismo jurídico, ou seja, verificar como o paradigma pós-estadualista pode fortalecer os direitos humanos, pois reconhece um aprofundamento democrático e multicultural.Legal monism is an invention of modernity. The state paradigm was born together with the liberal revolutions of the 18th century, and together with the theory of sovereignty, it established a very clear circular discursive relationship: man – this sovereign being born from modern legalism – invents the State and rationally authorizes production. legislation through it, so that laws, coming from a single location, are legitimate because, ultimately, they come from the people. Human rights, in turn, flourish within this same discursive grid. It so happens that, with the advent of globalization, the state paradigm enters into crisis, giving way to a pluralist perspective as a possible new key for reading (post)modernity. In this context, human rights face a mixed-sign equation: while they need to have a common denominator that fits the global world, an effective right for all, they need to respect localities, particularities and local cultural peculiarities. This tension of 'glocal' human rights tends to be resolved through multiculturalism. What is proposed in this text is the way out through legal pluralism, that is, to verify how the post-state paradigm can strengthen human rights, as it recognizes a democratic and multicultural deepening.Centro Universitário Salesiano de São Paulo - U.E. Lorena2023-10-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1697Revista Direito & Paz; v. 1 n. 48 (2023): Revista Direito & Paz; 278-3012359-5035reponame:Revista Direito & Pazinstname:Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)instacron:UNISALporhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/article/view/1697/695Copyright (c) 2023 Revista Direito & Pazinfo:eu-repo/semantics/openAccessSouza, Leonardo da Rocha de Teixeira, Lívia Solana Pfuetzenreiter de Lima 2023-10-24T02:28:51Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1697Revistahttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/ONGhttps://revista.unisal.br/lo/index.php/direitoepaz/oaimestrado.direito.lorena@unisal.br||metodologo2001@yahoo.com.br2359-50351518-7047opendoar:2023-10-24T02:28:51Revista Direito & Paz - Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)false |
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