(In)visibilidades e reflexões a partir da evasão de estudantes trans

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacinto, Jéssica da Costa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244011
Resumo: Em 2020, o Brasil liderou o ranking de assassinatos de pessoas transexuais, a vítima mais jovem da transfobia, tinha 15 anos, idade escolar e de vigência de proteção do Estatuto da Criança e do adolescente. Tal fato, explicita o ciclo de exclusão inferido aos jovens trans na sociedade, a escola, órgão inerente a sociedade acaba por contribuir para o processo marginalização de estudantes trans, o que, constantemente ocasiona a evasão de alunos transexuais do sistema escolar formal, estima-se que 72% da população trans brasileira não possua Ensino médio completo, 56% não concluiu o Ensino Fundamental (dados do projeto Além do Arco-íris/Afroreggae). A presente pesquisa tem como objetivo investigar como se desenvolve o processo educacional de estudantes transexuais no sistema escolar do Estado do Paraná e a (não) aceitação da transexualidade para que, assim possa-se discutir a internalização da transfobia no ambiente escolar, a sua (in)visibilidade e seus desdobramentos no Estado do Paraná. Esta pesquisa é de carácter qualitativo e descritivo, com procedimentos monográficos, bibliográficos e documentais, e foi construída a partir de dados coletados em uma pesquisa de campo, realizada a partir de uma entrevista semiestruturada com questões referentes ao processo de evasão escolar. A partir dos dados coletados, compreendemos que os motivos elencados como as causas da evasão escolar de estudantes trans no Estado do Paraná, diferem dos motivos elencados pelos estudantes cis gêneros. Bullying, agressões e humilhações são práticas inferidas com constância aos corpos trans no sistema escolar, quando o alunado trans se evade do sistema escolar formal, passa ter possibilidades reduzidas de acessar postos formais de empregos, ficando restrito a atividades laborais marginais e expostos às violências transfóbicas das ruas.
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