A caatinga como destino: imaginação geográfica, fotografias e paisagens de sertões baianos (1946-1960)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/182327 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho consiste em interpretar um conjunto de fotografias, fotorreportagens e enunciados sobre o interior baiano, perscrutando as construções de paisagens associadas ao sertão e, em especial, à caatinga. Com foco específico na produção geográfica e no fotojornalismo desenvolvidos entre os anos 1946 e 1960, sustento a tese de que tais práticas estavam ligadas, de um lado, aos novos valores estéticos estabelecidos pela fotografia documental, e, de outro lado, à conjuntura política nacionalista e desenvolvimentista do pós-Guerra. Os sertões baianos, enquanto espaço e paisagem, configuraram-se a partir de conceitos e convenções visuais que atravessavam a linguagem de geógrafos e fotógrafos. Tendo isso em perspectiva, minhas análises centram-se sobre recortes espaciais, como o rio São Francisco e Canudos, e sobre olhares fotográficos, como os de Tibor Jablonsky, Stivan Faludi, Pierre Verger e Marcel Gautherot. Esses fotógrafos contribuíram significativamente para a construção de uma visualidade dos sertões baianos associada à dimensão nacional que, por sua vez, circunscrevia o Brasil como unidade territorial resultada de diversidades regionais. Na base dessas interpretações encontra-se um quadro teórico que concebe fotografia e paisagem como artefatos da cultura, que ganham sentidos conforme determinados suportes, contextos e circuitos sociais. |
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A caatinga como destino: imaginação geográfica, fotografias e paisagens de sertões baianos (1946-1960)Towards the caatinga: geographical imagination, photographs e landscapes of sertões baianos (1946-1960s)La caatinga como destino: imaginación geográfica, fotografias y paisajes de sertões baianos (1946-1960)Sertões baianosFotografiaPaisagemImaginação geográficaPhotographyLandscapeGeographical imaginationPaisajeImaginación geográficaO objetivo deste trabalho consiste em interpretar um conjunto de fotografias, fotorreportagens e enunciados sobre o interior baiano, perscrutando as construções de paisagens associadas ao sertão e, em especial, à caatinga. Com foco específico na produção geográfica e no fotojornalismo desenvolvidos entre os anos 1946 e 1960, sustento a tese de que tais práticas estavam ligadas, de um lado, aos novos valores estéticos estabelecidos pela fotografia documental, e, de outro lado, à conjuntura política nacionalista e desenvolvimentista do pós-Guerra. Os sertões baianos, enquanto espaço e paisagem, configuraram-se a partir de conceitos e convenções visuais que atravessavam a linguagem de geógrafos e fotógrafos. Tendo isso em perspectiva, minhas análises centram-se sobre recortes espaciais, como o rio São Francisco e Canudos, e sobre olhares fotográficos, como os de Tibor Jablonsky, Stivan Faludi, Pierre Verger e Marcel Gautherot. Esses fotógrafos contribuíram significativamente para a construção de uma visualidade dos sertões baianos associada à dimensão nacional que, por sua vez, circunscrevia o Brasil como unidade territorial resultada de diversidades regionais. Na base dessas interpretações encontra-se um quadro teórico que concebe fotografia e paisagem como artefatos da cultura, que ganham sentidos conforme determinados suportes, contextos e circuitos sociais.The point of this work consists on reading a set of photographs, photoreports and statements about the Bahia’s backland, peering the constructions of landscapes associated to sertão, especially the caatinga. With a specific focus on the geographic production and photojournalism developed between 1946 and 1960, I sustain the thesis that such processes were connected, on one side, to the new aesthetics values stablished by the documentar photography, and on the other side, to the post-war nationalist and developmentalist political conjucture. The sertões baianos, while space and landscape, set up from visual concepts and conventions that went through the language of geographers and photographers. Having this in perspective, my analysis focused on spatial cutting, like São Francisco River and Canudos, and on photographic looks like the ones of Tibor Jablonsky, Stivan Faludi, Pierre Verger and Marcel Gautherot. These photographers had contributed significantly to the construction of a visuality of the sertões baianos associated to the national dimension that, on the other hand, circumscribed Brazil as territorial unit resulted from regional diversity. On the basis of these interpretations, a theoretical board that conceives photography and landscape as cultural artifacts, that have meaning according to certain supports, contexts and social circuits is found.La finalidad de este trabajo consiste en interpretar un conjunto de fotografias, fotoreportajes y enunciados sobre el interior de Bahia, examinando prolijamente, la construcción de paisajes relacionadas al sertão, en particular la caatinga. Enfocado especificamente en la producción geográfica y en el fotoperiodismo desarrollado entre los años 1946 y 1960, sustento la tesis de que tales prácticas estaban enlazadas; por un lado, a los nuevos valores estéticos establecidos por la fotografia documental, y por otro lado, a la coyuntura política nacionalista y desarrollista de la Posguerra. La región agreste de Bahia se configura, tanto en espacio como en paisaje, a partir de conceptos y visiones de la realidad, que atraviesan el lenguaje de geógrafos y fotógrafos. Considerando esto, mi análisis se basa en recortes de espacios geográficos como el rio São Francisco y Canudos, y también toma em cuenta la mirada fotográfica de grandes nombres como los de Tibor Jablonsky, Stivan Faludi, Pierre Verger y Marcel Gautherot. Estos fotógrafos contribuyeron significativamente en la construcción de una imagen representativa para los sertões baianos, asociada a la dimensión nacional; que a su vez, definía el Brasil como una unidad territorial resultante de las diversas regiones. Tomando como base estas interpretaciones nos encontramos con un cuadro teórico que comprende a la fotografia y al paisaje como mecanismos de cultura, y toman sentido con determinados soportes, contextos y circuitos sociales.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Naxara, Márcia Regina Capelari [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Guimarães, Eudes Marciel Barros2019-06-17T18:56:02Z2019-06-17T18:56:02Z2019-05-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18232700091773033004072013P06904951754558127porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-26T18:54:27Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182327Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:28:48.999716Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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