O ensino da filosofia no limiar da contemporâneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/104796 |
Resumo: | A presente tese analisa o tema do ensino da filosofia no ensino superior, tendo em vista discutir o problema do ofício do filósofo quando sua tarefa é ensinar a filosofia. Nesse sentido, o tema analisado e o problema discutido na tese têm como ponto de partida as questões suscitadas no exercício da docência da disciplina Filosofia em cursos de graduação de outras áreas, objetivando contribuir tanto para buscar outros sentidos a essa prática quanto para os estudos sobre o ensino da filosofia no Brasil. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre o ensino da filosofia no Brasil, e da leitura de autores clássicos (Kant e Hegel), procuramos encontrar ressonância de nosso problema na literatura sobre o assunto. Essa revisão além de não responder ao problema, ampliou-o, pois, pudemos notar que os questionamentos sobre o ensino da filosofia se agrupavam em três grupos: sobre a importância, sobre o conteúdo e sobre o método para se ensinar a filosofia. Com o objetivo de escapar dessas formas de problematização, recorremos a Gilles Deleuze e Michel Foucault para propor uma outra maneira de encaminhar uma problematização de modo que o problema do ensino da filosofia não recaísse nesse mesmo registro. Com Deleuze pudemos compreender que existem mecanismos, chamados por ele de imagens dogmáticas do pensamento, que aprisionam os problemas a respostas preestabelecidas. A partir disso, fizemos a relação dessa noção com os problemas que eram colocados pelo ensino da filosofia, os quais funcionavam como essas imagens dogmáticas do pensamento. Com Foucault procuramos um modo de problematizar no qual pudéssemos estar, simultaneamente, como elemento e ator desse problema. Com isso, circunscrevemos um problema presente no ensino da filosofia que se plasma no empobrecimento da experiência, causado pela excessiva preocupação com a transmissão de conhecimentos através da... |
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O ensino da filosofia no limiar da contemporâneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofiaFilosofia - Estudo e ensinoFilosofia francesaFilosofia francesa contemporâneaSubjetivaçãoTeaching of philosophyExperienceContemporary French philosophySubjectivationCare of oneselfA presente tese analisa o tema do ensino da filosofia no ensino superior, tendo em vista discutir o problema do ofício do filósofo quando sua tarefa é ensinar a filosofia. Nesse sentido, o tema analisado e o problema discutido na tese têm como ponto de partida as questões suscitadas no exercício da docência da disciplina Filosofia em cursos de graduação de outras áreas, objetivando contribuir tanto para buscar outros sentidos a essa prática quanto para os estudos sobre o ensino da filosofia no Brasil. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre o ensino da filosofia no Brasil, e da leitura de autores clássicos (Kant e Hegel), procuramos encontrar ressonância de nosso problema na literatura sobre o assunto. Essa revisão além de não responder ao problema, ampliou-o, pois, pudemos notar que os questionamentos sobre o ensino da filosofia se agrupavam em três grupos: sobre a importância, sobre o conteúdo e sobre o método para se ensinar a filosofia. Com o objetivo de escapar dessas formas de problematização, recorremos a Gilles Deleuze e Michel Foucault para propor uma outra maneira de encaminhar uma problematização de modo que o problema do ensino da filosofia não recaísse nesse mesmo registro. Com Deleuze pudemos compreender que existem mecanismos, chamados por ele de imagens dogmáticas do pensamento, que aprisionam os problemas a respostas preestabelecidas. A partir disso, fizemos a relação dessa noção com os problemas que eram colocados pelo ensino da filosofia, os quais funcionavam como essas imagens dogmáticas do pensamento. Com Foucault procuramos um modo de problematizar no qual pudéssemos estar, simultaneamente, como elemento e ator desse problema. Com isso, circunscrevemos um problema presente no ensino da filosofia que se plasma no empobrecimento da experiência, causado pela excessiva preocupação com a transmissão de conhecimentos através da...This thesis analyses the teaching of philosophy in undergraduate courses in order to discuss the problem of the philosopher’s work when his task is to teach philosophy. Thus, the issue analyzed and the problem discussed in the thesis have as a starting point the matters raised in teaching the discipline of philosophy in undergraduate courses of different areas, aiming to contribute to seek other senses both to this practice and to the studies on the teaching of philosophy in Brazil. Through a literature review on the teaching of philosophy in Brazil, and reading classic authors (Kant and Hegel), we tried to find resonance of our problem in the literature about the issue. This review not only did not answer to the problem, but also increased it, because we could note that the questions on the teaching of philosophy were divided into three groups: concerning the importance, the content and the method to teach philosophy. Aiming to avoid these ways of problematization, we turned to Gilles Deleuze and Michel Foucault in order to propose another manner of conducting a problematization so that the problem of teaching of philosophy did not remain in that same scope. Together with Deleuze, we could understand that there are mechanisms, named images of thought, which enclose the problems to pre-established answers. From that, we set a relation of this notion with the problems that were put by the teaching of philosophy, which worked as those images of thought. With Foucault, we sought a way of problematizing in which we could be both a part and an actor of that problem. Thus, we circumscribed an existing problem in the teaching of philosophy that takes place in the impoverishment of experience, which is caused by the excessive concern with the transmission of knowledge through the explanation. Looking for ways that we would allow us to think of a teaching of philosophy which assured the... (Complete abstract click electronic access below)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pagni, Pedro Ângelo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gelamo, Rodrigo Pelloso [UNESP]2014-06-11T19:33:29Z2014-06-11T19:33:29Z2009-02-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis137 f.application/pdfGELAMO, Rodrigo Pelloso. O ensino da filosofia no limiar da contemporâneidade: o que faz o filósofo quando seu ofício é ser professor de filosofia. 2009. 137 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2009.http://hdl.handle.net/11449/104796000579336gelamo_rp_dr_mar.pdf33004110040P5410734739686936271332312556876850000-0001-7505-48960000-0003-1532-3243Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-13T15:36:35Zoai:repositorio.unesp.br:11449/104796Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T15:36:35Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A presente tese analisa o tema do ensino da filosofia no ensino superior, tendo em vista discutir o problema do ofício do filósofo quando sua tarefa é ensinar a filosofia. Nesse sentido, o tema analisado e o problema discutido na tese têm como ponto de partida as questões suscitadas no exercício da docência da disciplina Filosofia em cursos de graduação de outras áreas, objetivando contribuir tanto para buscar outros sentidos a essa prática quanto para os estudos sobre o ensino da filosofia no Brasil. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre o ensino da filosofia no Brasil, e da leitura de autores clássicos (Kant e Hegel), procuramos encontrar ressonância de nosso problema na literatura sobre o assunto. Essa revisão além de não responder ao problema, ampliou-o, pois, pudemos notar que os questionamentos sobre o ensino da filosofia se agrupavam em três grupos: sobre a importância, sobre o conteúdo e sobre o método para se ensinar a filosofia. Com o objetivo de escapar dessas formas de problematização, recorremos a Gilles Deleuze e Michel Foucault para propor uma outra maneira de encaminhar uma problematização de modo que o problema do ensino da filosofia não recaísse nesse mesmo registro. Com Deleuze pudemos compreender que existem mecanismos, chamados por ele de imagens dogmáticas do pensamento, que aprisionam os problemas a respostas preestabelecidas. A partir disso, fizemos a relação dessa noção com os problemas que eram colocados pelo ensino da filosofia, os quais funcionavam como essas imagens dogmáticas do pensamento. Com Foucault procuramos um modo de problematizar no qual pudéssemos estar, simultaneamente, como elemento e ator desse problema. Com isso, circunscrevemos um problema presente no ensino da filosofia que se plasma no empobrecimento da experiência, causado pela excessiva preocupação com a transmissão de conhecimentos através da... |
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