O processo de elaboração currículo de geografia do ensino básico de São Paulo: para um diálogo entre o saber escolar e o saber científico

• Autor(a) principal: Vieira, Noemia Ramos [UNESP]
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/portal#!/prograd/e-livros-prograd/; http://hdl.handle.net/11449/141549
• topic: Política educacional; Currículo de geografia; Educação geográfica

O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados de uma pesquisa sobre o processo de construção do referencial curricular de Geografia para o ensino básico. Os questionamentos norteadores da investigação foram: Qual a formação acadêmica dos profissionais envolvidos na construção do novo currículo de Geografia? Estes profissionais possuem o domínio das teorias e dos métodos da ciência Geográfica? Qual o envolvimento destes profissionais com as questões do ensino básico? Os profissionais possuem alguma experiência como professores do ensino básico da rede pública? No processo houve diálogo entre os autores e os professores de Geografia em exercício? O desvendamento destes questionamentos seguiu duas vertentes: (1) levantamento bibliográfico e leituras para referencial teórico (2) entrevistas junto aos Professores de Geografia das escolas estaduais de Marilia, ao Professor Coordenador da Oficina Pedagógica e também junto aos profissionais contratados pelo governo para coordenar os trabalhos de elaboração das orientações curriculares. Os autores que deram sustentação teórica a pesquisa foram CACETE (1999), CANDAU(2001), JULIÁ(2002), SAVIAN (1994), SAVIANI (1995), SAVIANI ( 2003 ), SPÓSITO(1999) e VADEMARIN(1998) . Os resultados obtidos apontam para o fato de que o processo de elaboração do currículo de geografia para o ensino básico ocorreu sem qualquer diálogo entre os profissionais que atuam no ensino básico e os profissionais envolvidos com produção do saber científico. A concepção de currículo que norteou o processo foi a que considera profissionais da universidade como os produtores do currículo e os profissionais do ensino básico como meros executores das mudanças curriculares.