Efeito de mensagens instantâneas por aplicativo na motivação para a atividade física de praticantes de caminhada

• Autor(a) principal: Oliveira, Fernando Sanches de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243533
• topic: Atividade física; Motivação; Caminhada; Physical activity; Motivation; Walking

Introdução: Existem inúmeras motivações que levam o indivíduo a iniciar em uma atividade física, e segundo a Teoria da Autodeterminação, são motivações intrínsecas (a prática parte por prazer), motivações extrínsecas (prática vem de motivo externo) e a amotivação (nenhum valor ou sentido na atividade). Estudos apontam que indivíduos que tenham prazer possuem uma maior aderência à prática. O indivíduo deve gostar e encontrar satisfações. Muitas intervenções trabalham apenas a questão técnica, deixando o prazer pela atividade física desconsiderado. Objetivo: o propósito deste estudo é analisar o efeito de mensagens virtuais na motivação de caminhantes. Método: Participaram 30 indivíduos, maiores de 18 anos que praticam caminhada pelo menos 1 vez por semana, em um dos dois locais desse estudo: o Câmpus da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) de Rio Claro, e o Parque “Lago Azul”. Responderam um questionário sobre motivação para a prática de caminhada, o BREQ-3. Após responderem, foram divididos em 2 grupos randômicos. Os participantes receberam ao longo de 8 semanas mensagens (imagens) enviadas através do “Whatsapp”. Essas mensagens tiveram 2 conteúdos e foram enviadas a cada grupo. Um recebeu mensagens sobre a prática da atividade física e o outro recebeu sobre o prazer da caminhada. As mensagens foram enviadas 3 vezes por semana, à tarde. Após a intervenção, o BREQ-3 foi aplicado novamente. Os dados dos questionários foram analisados e a motivação para a prática foi comparada a partir das respostas iniciais e finais. Resultados: As médias da escala da autodeterminação (AMOT = amotivação; REEX = regulação externa; REIJ = regulação introjetada; REID = regulação identificada; REIT = regulação integrada; MOIT = motivação intrínseca) para o Grupo Controle pré intervenção: AMOT (0,54), REEX (1,00), REIJ (2,25), REID (3,64), REIT (3,37) e MOIT (3,33), e pós intervenção: AMOT (1,08), REEX (1,27), REIJ (2,13), REID (3,50), REIT (3,31) e MOIT (3,02). Houve uma diminuição dos valores dos períodos iniciais e aumentado as escalas que antes tinham valores menores. O Grupo Intervenção, os valores no início: AMOT (0,53), REEX (0,86), REIJ (1,86), REID (3,61), REIT (3,57) e MOIT (3,54), e ao final: AMOT (0,59), REEX (1,21), REIJ (1,92), REID (3,25), REIT (3,57) e MOIT (3,65), o que aponta um aumento nas duas primeiras posições, uma queda nas posições 3 e 4, uma permanência no valor da penúltima posição e um aumento na motivação intrínseca. As análises estatísticas apontam um efeito das mensagens nas categorias AMOT, REEX e REID, e um efeito dos grupos nas categorias AMOT e MOTI. Conclusão: Há um efeito das mensagens em alguns pontos (AMOT, REEX, REID e MOTI), e olhando em geral não podemos dizer em que ponto da escala os grupos se encontram. O Grupo Controle, após a intervenção, demonstrou uma tendência a permanecer mais nas categorias relacionadas à falta de motivação intrínseca para a prática de atividade física. O Grupo Intervenção, apesar de aumentar o valor da sua motivação intrínseca após o estudo, também aumentou os valores relacionados à falta de motivação intrínseca, não podendo afirmar um avanço na sua automotivação.