DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aragão, Déborah Sampaio; URCA
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Direito & dialogicidade
Texto Completo: http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276
Resumo: A lei Maria da Penha foi criada no intuito de proteger à mulher quantos aos casos de violência doméstica, tendo em vista o crescente quantitativo de mulheres sujeitas a este tipo de agressão. Há uma grande discussão doutrinária quanto a natureza da ação penal a ser aplicada aos casos de lesão corporal. Trata-se de uma questão polêmica, que divide opiniões nas cortes de justiça das diversas instâncias do judiciário brasileiro. Duas correntes doutrinárias se apresentam: a primeira defende a que a ação é pública condicionada a representação, na qual cabe à vítima autorizar o desencadeamento da ação em juízo. A segunda é a ação pública incondicionada, na qual o Ministério Público tem o poder/dever de propor a ação penal por meio da denúncia. Aos defensores da ação condicionada a representação, fica claro o posicionamento quanto o respeito à autonomia da vontade da mulher, permitindo reconciliações em seu âmbito familiar. Tal entendimento considera ilógico o Estado punir penalmente o agressor após reconciliação do casal. Já no posicionamento adepto à ação pública incondicionada, a defesa se faz perante a condição ainda hipossuficiente da mulher que sofre violência de gênero e encontra-se em uma situação de vitimização, assim, ela precisa de intervenção eficaz e atuante do Estado, em um momento em que não tem condições psico-sociais para tal. A pretensão precípua da elaboração deste artigo, nesse contexto, foi demonstrar como o assunto é polêmico e preocupante, já que a posição adotada pode interferir diretamente no convívio familiar refém da violência doméstica.
id URCA-1_426a3aabb30a8f4f99ad764c9a6f3bca
oai_identifier_str oai:ojs.periodicos.urca.br:article/276
network_acronym_str URCA-1
network_name_str Direito & dialogicidade
repository_id_str
spelling DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENALDIREITOLEI MARIA DA PENHA; AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO; AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.A lei Maria da Penha foi criada no intuito de proteger à mulher quantos aos casos de violência doméstica, tendo em vista o crescente quantitativo de mulheres sujeitas a este tipo de agressão. Há uma grande discussão doutrinária quanto a natureza da ação penal a ser aplicada aos casos de lesão corporal. Trata-se de uma questão polêmica, que divide opiniões nas cortes de justiça das diversas instâncias do judiciário brasileiro. Duas correntes doutrinárias se apresentam: a primeira defende a que a ação é pública condicionada a representação, na qual cabe à vítima autorizar o desencadeamento da ação em juízo. A segunda é a ação pública incondicionada, na qual o Ministério Público tem o poder/dever de propor a ação penal por meio da denúncia. Aos defensores da ação condicionada a representação, fica claro o posicionamento quanto o respeito à autonomia da vontade da mulher, permitindo reconciliações em seu âmbito familiar. Tal entendimento considera ilógico o Estado punir penalmente o agressor após reconciliação do casal. Já no posicionamento adepto à ação pública incondicionada, a defesa se faz perante a condição ainda hipossuficiente da mulher que sofre violência de gênero e encontra-se em uma situação de vitimização, assim, ela precisa de intervenção eficaz e atuante do Estado, em um momento em que não tem condições psico-sociais para tal. A pretensão precípua da elaboração deste artigo, nesse contexto, foi demonstrar como o assunto é polêmico e preocupante, já que a posição adotada pode interferir diretamente no convívio familiar refém da violência doméstica.Revista Direito & Dialogicidade2012-03-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276Revista Direito & Dialogicidade; v. 2, n. 1 (2011): Direitos Humanos, Constituição e Processoreponame:Direito & dialogicidadeinstname:Universidade Regional do Cariri (URCA)instacron:URCAporhttp://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276/175O Autor-Colaborador da Revista Direito & Dialogicidade, seja em qualquer categoria ou modalidade de submissão, se compromete em ceder os direitos autorais relativos a sua contribuição para o periódico, bem como sua publicidade no Portal de Periódicos da URCA que oferece acesso livre, a todos os navegantes da internet.Todos os artigos submetidos a este periódicos estão sobre uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.info:eu-repo/semantics/openAccessAragão, Déborah Sampaio; URCA2012-10-25T20:28:23Zoai:ojs.periodicos.urca.br:article/276Revistahttp://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/indexPUBhttp://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/oairevista.direito@urca.br||oderlania.leite@urca.br||cristovaoteixeira.adv@gmail.com|| patricio.melo@bol.com.br2178-826X2178-826Xopendoar:2012-10-25T20:28:23Direito & dialogicidade - Universidade Regional do Cariri (URCA)false
dc.title.none.fl_str_mv DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
title DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
spellingShingle DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
Aragão, Déborah Sampaio; URCA
DIREITO
LEI MARIA DA PENHA; AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO; AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
title_short DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
title_full DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
title_fullStr DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
title_full_unstemmed DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
title_sort DISCUSSÕES PROCESSUAIS ACERCA DA LEI MARIA DA PENHA: NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO PENAL
author Aragão, Déborah Sampaio; URCA
author_facet Aragão, Déborah Sampaio; URCA
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Aragão, Déborah Sampaio; URCA
dc.subject.por.fl_str_mv DIREITO
LEI MARIA DA PENHA; AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO; AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
topic DIREITO
LEI MARIA DA PENHA; AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO; AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
description A lei Maria da Penha foi criada no intuito de proteger à mulher quantos aos casos de violência doméstica, tendo em vista o crescente quantitativo de mulheres sujeitas a este tipo de agressão. Há uma grande discussão doutrinária quanto a natureza da ação penal a ser aplicada aos casos de lesão corporal. Trata-se de uma questão polêmica, que divide opiniões nas cortes de justiça das diversas instâncias do judiciário brasileiro. Duas correntes doutrinárias se apresentam: a primeira defende a que a ação é pública condicionada a representação, na qual cabe à vítima autorizar o desencadeamento da ação em juízo. A segunda é a ação pública incondicionada, na qual o Ministério Público tem o poder/dever de propor a ação penal por meio da denúncia. Aos defensores da ação condicionada a representação, fica claro o posicionamento quanto o respeito à autonomia da vontade da mulher, permitindo reconciliações em seu âmbito familiar. Tal entendimento considera ilógico o Estado punir penalmente o agressor após reconciliação do casal. Já no posicionamento adepto à ação pública incondicionada, a defesa se faz perante a condição ainda hipossuficiente da mulher que sofre violência de gênero e encontra-se em uma situação de vitimização, assim, ela precisa de intervenção eficaz e atuante do Estado, em um momento em que não tem condições psico-sociais para tal. A pretensão precípua da elaboração deste artigo, nesse contexto, foi demonstrar como o assunto é polêmico e preocupante, já que a posição adotada pode interferir diretamente no convívio familiar refém da violência doméstica.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-03-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276
url http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/276/175
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Revista Direito & Dialogicidade
publisher.none.fl_str_mv Revista Direito & Dialogicidade
dc.source.none.fl_str_mv Revista Direito & Dialogicidade; v. 2, n. 1 (2011): Direitos Humanos, Constituição e Processo
reponame:Direito & dialogicidade
instname:Universidade Regional do Cariri (URCA)
instacron:URCA
instname_str Universidade Regional do Cariri (URCA)
instacron_str URCA
institution URCA
reponame_str Direito & dialogicidade
collection Direito & dialogicidade
repository.name.fl_str_mv Direito & dialogicidade - Universidade Regional do Cariri (URCA)
repository.mail.fl_str_mv revista.direito@urca.br||oderlania.leite@urca.br||cristovaoteixeira.adv@gmail.com|| patricio.melo@bol.com.br
_version_ 1808858402949955584