ELA: A DELICADA DISTOPIA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Língua & Literatura (Online) |
Texto Completo: | http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/2213 |
Resumo: | O filme Ela (Spike Jonze, 2013) é uma ficção científica romântica que explora a relação amorosa entre humanos e a inteligência artificial. No filme, não obstante a representação de uma tecnologia e costumes próximos à nossa atualidade, o mundo harmônico e bem organizado que rodeia o protagonista é dotado com a atmosfera de um futurismo existencialmente distópico. A solidão, a melancolia e o cinismo apresentam-se como o mal-estar de uma sociedade intensamente mediada pela tecnologia. Embora a crítica social que o filme adota em seu tema seja recorrente no imaginário da ficção científica, o filme supera as expectativas convencionais do gênero. Mediante uma simbiose entre o gênero romântico e a ficção científica, o filme constrói suas particularidades a partir de uma estética irônica e se distancia conscientemente dos truísmos da distopia apocalíptica. No entanto, como este ensaio pretende sugerir, este distanciamento enfraquece a crítica. Assim, o propósito deste ensaio é, a partir da comparação entre o imaginário crítico da distopia apocalíptica e a distopia existencialista de Ela, levantar a seguinte hipótese: a construção estética irônica do discurso crítico do filme, enquanto diagnóstico social, apresenta-se também como um sintoma da sociedade contemporânea. |
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