Alterity and identity refusal: The construction of the image of the crack user

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Acioli Neto, Manoel de Lima
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Santos, Maria de Fátima de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Paidéia (Ribeirão Preto. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/paideia/article/view/88997
Resumo: O discurso veiculado tanto na imprensa quanto nas comunicações cotidianas tem situado o usuário de crack como dependente ou criminoso. O objetivo desse estudo foi analisar a construção da alteridade em torno da imagem do usuário de crack. Para isso, foram entrevistados 14 usuários de crack de diferentes localidades e realizada Análise Temática de Conteúdo das informações obtidas. Diante desses discursos, pode-se afirmar que a figura do usuário de crack se institui numa alteridade, em que o próprio indivíduo inserido nessa condição não se apropria. Desse modo, apesar dos usuários apresentarem que suas ações não se determinam em relação às normas decorrentes de suas redes interacionais, as representações hegemônicas de seus contextos de uso remetem essas atividades como verdades sobre o crack. Assim, mesmo vivenciando outras experiências com a droga, acreditam que seu uso remete ao âmbito do prazer destrutivo e da impossibilidade de ação voluntária.
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spelling Alterity and identity refusal: The construction of the image of the crack user Alteridad y rechazo de identidad: La construcción de la imagen del usuario del crack Alteridade e recusa identitária: A construção da imagem do usuário de crack O discurso veiculado tanto na imprensa quanto nas comunicações cotidianas tem situado o usuário de crack como dependente ou criminoso. O objetivo desse estudo foi analisar a construção da alteridade em torno da imagem do usuário de crack. Para isso, foram entrevistados 14 usuários de crack de diferentes localidades e realizada Análise Temática de Conteúdo das informações obtidas. Diante desses discursos, pode-se afirmar que a figura do usuário de crack se institui numa alteridade, em que o próprio indivíduo inserido nessa condição não se apropria. Desse modo, apesar dos usuários apresentarem que suas ações não se determinam em relação às normas decorrentes de suas redes interacionais, as representações hegemônicas de seus contextos de uso remetem essas atividades como verdades sobre o crack. Assim, mesmo vivenciando outras experiências com a droga, acreditam que seu uso remete ao âmbito do prazer destrutivo e da impossibilidade de ação voluntária. El discurso trasmitido tanto en la prensa como en las comunicaciones cotidianas han indicado el usuario de crack como dependiente o criminal. El objetivo de este estudio fue analizar la construcción de la alteridad en torno a la imagen del consumidor de crack. Para eso, fueron entrevistados 14 usuarios de crack de diferentes localidades y fue efectuado Análisis Temático de Contenido de las informaciones obtenidas. Ante esos discursos, se puede afirmar que la figura del consumidor de crack está estableciendo una alteridad, en la que el propio individuo insertado en esta condición no lo hace apropiado. De esa manera, a pesar de que los usuarios muestren que sus acciones no se determinan a partir de los estándares debido a sus redes de interacción, las representaciones hegemónicas de sus contextos de uso se refieren estas actividades como verdades acerca del crack. Así que incluso si el usuario experimentar otras experiencias con la droga, ellos creen que su uso se refiere al ámbito del placer destructivo y de la imposibilidad de acción voluntaria. The discourse disseminated in the media shows the user of crack as dependent or criminal. This study’s aim was to analyze the construction of otherness around the image of crack users. We interviewed 14 crack users in different places and the data were analyzed using Thematic Content Analysis. The participants’ reports suggest that the image of crack users is established based on alterity, in which the individual in this condition does not recognize him/herself. Thus, even though users contend that their actions are not determined by the standards provided by their interactional networks, hegemonic representations concerning their contexts of use attest that these activities concerning crack are just as they are perceived to be. Therefore, even though they have other experiences with the drug, these participants believe that the use of crack provides a destructive pleasure and impedes voluntary action. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto2014-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/paideia/article/view/8899710.1590/1982-43272459201413Paidéia (Ribeirão Preto); v. 24 n. 59 (2014); 389-396Paidéia (Ribeirão Preto); Vol. 24 No. 59 (2014); 389-396Paidéia (Ribeirão Preto); Vol. 24 Núm. 59 (2014); 389-3961982-43270103-863Xreponame:Paidéia (Ribeirão Preto. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/paideia/article/view/88997/91845Copyright (c) 2017 Paidéia (Ribeirão Preto)info:eu-repo/semantics/openAccessAcioli Neto, Manoel de Lima Santos, Maria de Fátima de Souza 2014-12-17T18:34:27Zoai:revistas.usp.br:article/88997Revistahttps://www.revistas.usp.br/paideiaPUBhttps://www.revistas.usp.br/paideia/oai||paideia@usp.br1982-43270103-863Xopendoar:2014-12-17T18:34:27Paidéia (Ribeirão Preto. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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