Capital linguístico e circulação internacional: um estudo comparativo entre Argentina, Brasil e Chile
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | spa eng |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/194320 |
Resumo: | Embora a hipercentralidade do inglês tenha sido considerada característica central do sistema acadêmico mundial e tendência crescente no circuito acadêmico latino-americano, impulsionada pelas políticas científicas estatais e pelas crenças dos pesquisadores, até agora não se tentou observar até que ponto a publicação em inglês é efetivamente requisito para desenvolver uma carreira acadêmica na região. Intentamos contribuir para a compreensão dessa questão explorando os resultados de uma pesquisa que compara o uso de línguas estrangeiras em publicações e as experiências de aquisição de competência linguística em inglês de pesquisadores radicados na Argentina, Brasil e Chile. Os resultados mostram uma realidade mais complexa do que a avançada pela evidência da hipercentralidade do inglês. A bibliodiversidade e o multilinguismo parecem ser mais a norma do que a exceção entre esses pesquisadores. Identificou-se entre eles um fluxo constante de publicações na língua nacional, bem como o uso de outros idiomas. Dado que esses resultados variam segundo o campo disciplinar e em relação com a formação de doutores no exterior, o artigo propõe uma visão mais matizada da dinâmica das práticas editoriais no Cone Sul. |
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Capital linguístico e circulação internacional: um estudo comparativo entre Argentina, Brasil e ChileCapital lingüístico y circulación internacional: un estudio comparativo entre Argentina, Brasil y ChileLinguistic capital and international circulation: a comparative study between Argentina, Brazil and ChileHipercentralidade do inglêsCapital linguísticoMultilinguismoHyper centrality of EnglishLinguistic capitalMultilingualism Hipercentralidad del inglésCapital lingüísticoMultilingüismoEmbora a hipercentralidade do inglês tenha sido considerada característica central do sistema acadêmico mundial e tendência crescente no circuito acadêmico latino-americano, impulsionada pelas políticas científicas estatais e pelas crenças dos pesquisadores, até agora não se tentou observar até que ponto a publicação em inglês é efetivamente requisito para desenvolver uma carreira acadêmica na região. Intentamos contribuir para a compreensão dessa questão explorando os resultados de uma pesquisa que compara o uso de línguas estrangeiras em publicações e as experiências de aquisição de competência linguística em inglês de pesquisadores radicados na Argentina, Brasil e Chile. Os resultados mostram uma realidade mais complexa do que a avançada pela evidência da hipercentralidade do inglês. A bibliodiversidade e o multilinguismo parecem ser mais a norma do que a exceção entre esses pesquisadores. Identificou-se entre eles um fluxo constante de publicações na língua nacional, bem como o uso de outros idiomas. Dado que esses resultados variam segundo o campo disciplinar e em relação com a formação de doutores no exterior, o artigo propõe uma visão mais matizada da dinâmica das práticas editoriais no Cone Sul.Si bien la hipercentralidad del inglés ha sido considerada un rasgo central del sistema académico mundial y una tendencia creciente en el circuito académico latinoamericano, impulsada por las políticas científicas estatales y por las creencias de los investigadores, no se ha intentado hasta ahora observar hasta qué punto la publicación en inglés es efectivamente un requisito para desarrollar una carrera académica en la región. Intentamos aportar a la comprensión sobre esta cuestión explorando los resultados de una encuesta que compara el uso de lenguas extranjerasen las publicaciones y las experiencias de adquisición de competencia lingüística en inglés de investigadores radicados en Argentina, Brasil y Chile. Los resultados muestran una realidad más compleja que la adelantada por la evidencia de la hipercentralidad del inglés. La bibliodiversidad y el multilingüismo parecen ser más la norma que la excepción entre estos investigadores. Se identificó entre ellos un flujo constante de publicaciones en la lengua nacional, así como el uso de otras lenguas. Dado que estos resultados varían según el campo disciplinario y en relación con la formación de doctores en el extranjero, el artículo propone una visión más matizada de la dinámica de las prácticas de publicación en el Cono Sur.While the hyper centrality of English has been considered a central feature of the world academic system and an increasing tendency in the Latin American academic circuit, one that has been pushed by state scientific policies and by the beliefs of researchers, no attempt has been made so far to observe to which extent publication in English is indeed a requirement for developing an academic career in the region. We attempt to shed new light in this issue by exploring the results of a survey that compares the use of foreign languages in publications and the experiences of acquiring linguistic competence in English for researchers based in Argentina, Brazil and Chile. The results show a more complex reality than that advanced by the evidence of hyper centrality of English. Bibliodiversity and multilingualism seems to be more the norm than the exception among these researchers. A steady stream of publication in the national language was identified among them, as well as the use of other languages. As these results vary by disciplinary field and related to phd formation abroad, the article proposes a more nuanced view of the processes and dynamics of publication practices in the Southern Cone.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2022-12-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/19432010.11606/0103-2070.ts.2022.194320Tempo Social; Vol. 34 No. 3 (2022); 17-47Tempo Social; v. 34 n. 3 (2022); 17-47Tempo Social; Vol. 34 Núm. 3 (2022); 17-471809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPspaenghttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/194320/189992https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/194320/189993Copyright (c) 2022 Juan Ignacio Piovani, Fernanda Beigel, Ana Maria Almeidahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBeigel, FernandaAlmeida, Ana MariaPiovani, Juan IgnacioPiovani, Juan Ignacio2023-04-20T14:26:44Zoai:revistas.usp.br:article/194320Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-04-20T14:26:44Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Embora a hipercentralidade do inglês tenha sido considerada característica central do sistema acadêmico mundial e tendência crescente no circuito acadêmico latino-americano, impulsionada pelas políticas científicas estatais e pelas crenças dos pesquisadores, até agora não se tentou observar até que ponto a publicação em inglês é efetivamente requisito para desenvolver uma carreira acadêmica na região. Intentamos contribuir para a compreensão dessa questão explorando os resultados de uma pesquisa que compara o uso de línguas estrangeiras em publicações e as experiências de aquisição de competência linguística em inglês de pesquisadores radicados na Argentina, Brasil e Chile. Os resultados mostram uma realidade mais complexa do que a avançada pela evidência da hipercentralidade do inglês. A bibliodiversidade e o multilinguismo parecem ser mais a norma do que a exceção entre esses pesquisadores. Identificou-se entre eles um fluxo constante de publicações na língua nacional, bem como o uso de outros idiomas. Dado que esses resultados variam segundo o campo disciplinar e em relação com a formação de doutores no exterior, o artigo propõe uma visão mais matizada da dinâmica das práticas editoriais no Cone Sul. |
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