A reencenação no cinema documentário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Matrizes (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38282 |
Resumo: | O artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004). |
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A reencenação no cinema documentárioThe reenactments in the documentary filmdocumentary cinemahistorymemoryreenactmentcinema documentáriohistóriamemóriareencenaçãoO artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004).To explore the memory in the cinema is always a complex, contradictory and misleading issue. It constantly faces the risk of reviewing the past as it was, mobilizing documents as evidences of truth. The tradition of documentary cinema uses to deal of the historical memory through archive images, interviews with witness and reenactments. This last procedure, however, can be a way to stresses and confronts present and historical images. Through this technique cinema can engage a kind of involvement that, differently from the regular use of documents, entails temporal dimension, duration, immersion experience. This essay analyses the film Wilsinho Galileia (João Batista de Andrade, 1978) and Tonacci’s method of reenactment in Serra da Desordem (Andrea Tonacci, 2004), looking for its relationship to the image, to History and to the memory of its characters.Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação2011-12-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/3828210.11606/issn.1982-8160.v4i1p149-161MATRIZes; v. 4 n. 1 (2010); 149-161MATRIZes; Vol. 4 No 1 (2010); 149-161MATRIZes; V. 4 N. 1 (2010); 149-161MATRIZes; Vol. 4 No. 1 (2010); 149-161MATRIZes; Vol. 4 Núm. 1 (2010); 149-1611982-81601982-2073reponame:Matrizes (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38282/41097https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38282/41098França, Andréainfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-09-29T19:07:19Zoai:revistas.usp.br:article/38282Revistahttps://www.revistas.usp.br/matrizesPUBhttps://www.revistas.usp.br/matrizes/oaimatrizes@usp.br1982-81601982-2073opendoar:2023-01-12T16:39:20.806031Matrizes (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004). |
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