A reencenação no cinema documentário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França, Andréa
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Matrizes (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/38282
Resumo: O artigo investiga o documentário na sua relação com a memória histórica, partindo do pressuposto que a memória no cinema é um campo complexo, contraditório e repleto de mal-entendidos. Explorar a memória no cinema é se deparar constantemente com perigos tais como a tentação de querer rever o passado tal qual foi, o risco de tomar o arquivo como prova cabal do passado e a tendência a confundir a memória com a lembrança. Na tradição do cinema documentário, constata-se que os procedimentos disponíveis para os documentaristas da memória histórica são as imagens de arquivo, as entrevistas com testemunhas e as reconstituições. Este último procedimento pode ser um meio e uma prática de tensionar as imagens do presente e da história, um método que, no cinema, traz um sentido de envolvimento, de imersão, que os documentos, os livros históricos e as imagens por si só, não permitem. Para discutir essas questões, serão analisados os filmes brasileiros Wilsinho Galiléia (Jão Batista de Andrade, 1978) e Serras da desordem (Andrea Tonacci, 2004).
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