Raiva bovina no Estado de São Paulo: modificações no ambiente natural e influência no perfil de saúde animal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-14042020-112940/ |
Resumo: | O presente trabalho visou descrever os casos de raiva bovina no Estado de São Paulo, nos anos de 1991 a 1997, enfocando a doença como parte de uma complexa cadeia de fatores essenciais para sua ocorrência, o marco teórico foi baseado nos ecossistemas de doenças transmissíveis. Utilizou-se para essa descrição indicadores de mortalidade, que foram retirados dos registros oficiais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral ( CATI), órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Foram utilizados ainda indicadores ecológicos, como evolução da cobertura natural, evolução da cobertura vegetal originária e evolução da cobertura vegetal reflorestada. Além dos indicadores econômicos relação pastagem e lavoura; e relação lavoura permanente e temporária. Para a construção desses indicadores foram utilizados os Censos Agropecuários da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE) dos anos de 1960, 1970, 1980, 1985 e 1995- 96. Concluiu-se que a mortalidade por raiva bovina no Estado de São Paulo está decaindo, conforme mostra a reta de tendência negativa. As microregiões do estado que apresentaram o maior número de casos de raiva foram o Vale do Paraíba Paulista e Serra e Litoral Norte Paulista, que, conjuntamente, foram responsáveis por 60% dos casos. Essas regiões também detêm a maior porcentagem de vegetação natural do estado, sendo regiões onde há o predomínio de lavouras permanentes, ao contrário das demais regiões do estado, onde tem-se uma nítida tendência para a lavoura temporária. O estado apresentou uma porcentagem de apenas 7,7% de matas naturais e de 3,5% de áreas ocupadas com reflorestamento. As microregiões do norte do estado apresentaram os menores percentuais de vegetação natural. No estado a área agropecuária predominante é a pastagem, como indica a relação pastagem e lavoura; nas áreas de lavoura há o predomínio das lavouras temporárias. Concluiu-se que as áreas que apresentaram o maior número de casos de raiva bovina foram as áreas que, por possuírem áreas de mata atlântica e de relevo propícias, favoreceram a manutenção dos morcegos hematófagos. |
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Raiva bovina no Estado de São Paulo: modificações no ambiente natural e influência no perfil de saúde animalNot availableAnimais (Mortalidade)Doenças Transmissíveis (Epidemiologia)Indicadores EconômicosNot availableRaiva (Epidemiologia)O presente trabalho visou descrever os casos de raiva bovina no Estado de São Paulo, nos anos de 1991 a 1997, enfocando a doença como parte de uma complexa cadeia de fatores essenciais para sua ocorrência, o marco teórico foi baseado nos ecossistemas de doenças transmissíveis. Utilizou-se para essa descrição indicadores de mortalidade, que foram retirados dos registros oficiais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral ( CATI), órgão da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Foram utilizados ainda indicadores ecológicos, como evolução da cobertura natural, evolução da cobertura vegetal originária e evolução da cobertura vegetal reflorestada. Além dos indicadores econômicos relação pastagem e lavoura; e relação lavoura permanente e temporária. Para a construção desses indicadores foram utilizados os Censos Agropecuários da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE) dos anos de 1960, 1970, 1980, 1985 e 1995- 96. Concluiu-se que a mortalidade por raiva bovina no Estado de São Paulo está decaindo, conforme mostra a reta de tendência negativa. As microregiões do estado que apresentaram o maior número de casos de raiva foram o Vale do Paraíba Paulista e Serra e Litoral Norte Paulista, que, conjuntamente, foram responsáveis por 60% dos casos. Essas regiões também detêm a maior porcentagem de vegetação natural do estado, sendo regiões onde há o predomínio de lavouras permanentes, ao contrário das demais regiões do estado, onde tem-se uma nítida tendência para a lavoura temporária. O estado apresentou uma porcentagem de apenas 7,7% de matas naturais e de 3,5% de áreas ocupadas com reflorestamento. As microregiões do norte do estado apresentaram os menores percentuais de vegetação natural. No estado a área agropecuária predominante é a pastagem, como indica a relação pastagem e lavoura; nas áreas de lavoura há o predomínio das lavouras temporárias. Concluiu-se que as áreas que apresentaram o maior número de casos de raiva bovina foram as áreas que, por possuírem áreas de mata atlântica e de relevo propícias, favoreceram a manutenção dos morcegos hematófagos.The aim of the present work was to describe the cases of bovine rabie in the State of São Paulo, Brazil, from 1991 to 1997, focusing the disease as part of a complex chain of essential factors for its ocurrence. The theoretical mark was based on the ecosystems of transmissible diseases. It was used for this depiction mortality indexes wich were drawn from the official registrations of Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). We still used ecological indexes like; the evolution of the natural covering, evolution of the original vegetable cobering and evolution of the reforested covering. In addition to economic indexes, relationship between the pasture and farming and relationship between the permanent and temporary farming. For the building of these indexes, the agricultural censuses of 1960, 1970, 1980 , 1985 and 1995- 96 were used as well. It was infered that the mortality for bovine rabies in state of São Paulo is decaying, according to the straight line of negative tendency. The microregions of the State that presented the largest number of cases of rage was the Paraíba Paulista Valley and Mountain Ridge and North Seaboard of São Paulo, that jointly were held responsible for 60% of the cases. These same areas withhold the largest percentage of natural vegetation of the State, being areas where there is the prevalence of permanent farmings, unlike the State where the temporary farming prevails. The Satte presented a percentage of just 7,7% of natural forests and of 3,5% of areas with reforestation. The microareas of the north of the state presented the smallest percentage of natural vegetation. In the State, the prevailing agricultural area is the pasture, as it indicates the relationship between pasture and farming; in the farming areas there is the preponderance of temporary farmings. It was ended that the areas that presented the largest number of cases of bovine rage were the areas that, for trhey still posses Atlantic forest areas, favor the upkeep of the henatophagous bats. Due the catle-breeding exploration in these areas those animals have at their disposal great amount of food, aiding their maintenance in this environment.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGermano, Pedro Manuel LealMaddarena, Edna Ferreira1999-01-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-14042020-112940/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-04-14T17:38:02Zoai:teses.usp.br:tde-14042020-112940Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-04-14T17:38:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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