Vila Nova Esperança: uma demonstração de como a população periférica produz o espaço

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcante, Gisele Cristina
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14052024-140955/
Resumo: A presente dissertação discute a formação de loteamentos clandestinos a partir da análise do objeto de estudo, vila Nova Esperança, localizado na periferia da Zona Norte de São Paulo, buscando responder como esse tipo de formação se deu na localidade e indicar a complexidade que está atrelada a ele, considerando os aspectos sociais e físicos do lugar. Para além disso, destaca a percepção dos moradores frente a processo de formação e constituição do loteamento e como a soma das irregularidades impedem o estabelecimento de um endereço oficializado limitando e restringindo ações cotidianas atuais, como compras online. Para isso, foi feita revisão bibliográfica, trabalho de campo, vista do processo na Secretaria de Habitação de São Paulo e entrevistas com os moradores e lideranças comunitária. Frente aos levantamentos, identificou-se que os loteamentos clandestinos são uma prática que resiste ao tempo, escancarando a insuficiência das políticas públicas voltadas a moradia popular; que a associação que representava os moradores do objeto de estudo atuava de forma que se assemelhava mais a uma imobiliária do que uma organização popular que luta pelo direito à moradia digna; que há diferenças dentro do próprio loteamento, considerando que parte das casas têm acessos a infraestruturas que outras não; que os moradores mantêm a confiança de que por terem pagado pelo terreno a regularização fundiária vai acontecer e, por fim, que há variações no sentido de pertencimento ao lugar e a falta de endereço oficializado tem um peso importante nisso
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